segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Cristóvão de Aguiar: VOTO DE SAUDAÇÃO, proposto em 21-02-2006, pelo Grupo Parlamentar do Partido Socialista da Região Autónoma dos Açores.












VOTO
Legislatura VIII
Nº Entrada 551
Data entrada 21-02-2006
Titulo Voto de Saudação
Autores • PS
Assunto 40 anos de vida literária de Cristóvão de Aguiar.
Data apre. em plenário 21-02-2006
Resultado Aprovado por unanimidade

Voto de Saudação: "40 anos de Vida literária de Cristóvão de Aguiar"
A obra literária de Cristóvão de Aguiar destaca-se, no panorama da Literatura Portuguesa, por manter uma Relação de Bordo com as palavras, os lugares e as pessoas e por um enorme respeito pelo uso da Língua Portuguesa. Cristóvão de Aguiar é um Passageiro em Trânsito de Raiz Comovida. Nasceu em 1940, na freguesia do Pico da Pedra, ilha de São Miguel. Completou o curso complementar dos liceus em São Miguel, em 1960 e matriculou-se em Filologia Germânica na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Em 1964, interrompeu os estudos para cumprir serviço militar como oficial miliciano. Depois de dois anos na guerra na Guiné, regressou a Coimbra, onde concluiu o curso e ficou como professor de Inglês, na mesma Universidade. De entre a sua vasta obra destacam-se os títulos “Raiz Comovida I – A Semente e a Seiva“ (1978), que venceu o Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de Lisboa, “Relação de Bordo I – Diário ou nem tanto ou talvez muito mais” (1964-1988), vencedor do Grande Prémio da Literatura Biográfica da Associação Portuguesa de Escritores, “Raiz Comovida: Trilogia Romanesca (2003), Trasfega – Casos e Contos” (2003), vencedor do Prémio Literário Miguel Torga/Cidade de Coimbra e “Nova Relação de Bordo – Diário ou nem tanto ou talvez muito mais”. Além destas obras, é autor de muitos outros títulos, de entre os quais, destacamos: “Braço Tatuado”; “Ciclone de Setembro”, “Grito em Chamas”, “Passageiro em Trânsito”, “Marilha”, “Com Paulo Quintela à mesa da Tertúlia” e “A descoberta da Cidade”. Foi, ainda, o tradutor da obra de Adam Smith: “A Riqueza das Nações”. Em Setembro de 2001 o autor foi agraciado pelo Presidente da República com o grau de Comendador da Ordem do Infante Dom Henrique. Cristóvão de Aguiar trouxe para as páginas da Literatura Portuguesa a irreverência dos sentimentos num cruzamento de linhas escritas por lugares e tempos diferentes; assentados num modo de escrever exigente, não só em termos de aperfeiçoamento de estilo, mas também, do ponto de vista linguístico, dotando as suas obras de um rigoroso trabalho das palavras, enquanto pertença primeira da Língua Portuguesa. O Livro “Homenagem a Cristóvão de Aguiar 40 anos de vida literária”, editado pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, dirigido e coordenado por Ana Paula Arnaut, foi recentemente apresentado em Ponta Delgada. Dele podemos dizer que é um escrevivente. Escrevendo e vivendo ligado a Marilha. Palavra que, além de título de um dos seus livros, poderá ser também, para lá dos seus significados próprios, sinónimo de Pico da Pedra, São Miguel, Açores e Açorianos. Ao abrigo das disposições legais aplicáveis, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista propõe que a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, reunida em Sessão Plenária, no dia 21 de Fevereiro de 2006, emita um voto de congrutalção à passagem dos 40 anos de vida literária de Cristóvão de Aguiar, recentemente assinalados na sua ilha de São Miguel, aquando da apresentação na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada, do livro, intitulado: “Homenagem a Cristóvão de Aguiar 40 anos de vida literária”.
Horta, Sala das Sessões, 21 de Fevereiro de 2006

JS no Parlamento Sábado, Fevereiro 25, 2006

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Cyrano de Bergerac

Cyrano de Bergerac
Eugénio Macedo - 1995

TANTO MAR

A Cristóvão de Aguiar, junto
do qual este poema começou a nascer.

Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.

Manuel Alegre
Pico 27.07.2006