terça-feira, 5 de junho de 2012
Açores distingue Cristóvão de Aguiar. Diário de Coimbra, 5 de Junho de 2012
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Secção: Notícias, Prémios Fundamentação
segunda-feira, 28 de maio de 2012
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Insígnias Autonómicas de Reconhecimento para Cristóvão de Aguiar, dia 28 de Maio de 2012
A cerimónia oficial do Dia dos Açores, que decorre na próxima segunda-feira, dia 28 , Segunda-Feira do Espírito Santo, terá lugar, este ano, na Vila da Povoação, ilha de S. Miguel.

O Dia dos Açores, que se destina a comemorar a açorianidade e a Autonomia, foi instituído pelo parlamento açoriano em 1980 (Decreto Regional nº 13/80/A, de 21 de Agosto).
Serão homenageadas várias personalidades a título póstumo, e também figuras como Renato Moura, das Flores, o realizador da RTP Açores, Zeca Medeiros, ou o escritor Cristóvão de Aguiar, Ricardo Serrão Santos, que dirigiu o Departamento de Oceanografia e Pescas, na Horta, por mais de 14 anos, Luíz António de Assis Brasil (Porto Alegre), empresários como José da Costa Franco (estabelecimento comercial Riviera, em Ponta Delgada) e instituições como a Kairós ou a Federação de Bombeiros dos Açores.
(Fonte: Assembleia Legislativa Regional dos Açores)
Insígnia Autonómica de Reconhecimento
Destina-se a distinguir os actos ou conduta de excepcional relevância de cidadãos portugueses ou estrangeiros que:
- valorizem e prestigiem a Região no país ou no estrangeiro ou que para tal contribuam;
- contribuam para a expansão da cultura açoriana ou para o conhecimento dos Açores e da sua história;
- Distingam-se pelo seu mérito literário, científico, artístico ou desportivo.
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Secção: AÇORES, COIMBRA, Cultura, curiosidades, JUSTIÇA, Prémios Fundamentação
sexta-feira, 4 de março de 2011
Video da Atribuição dos Prémios Gulbenkian 2011
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Secção: Notícias, Política, Prémios Fundamentação, PROFESSOR AGUIAR-CONRARIA
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Portugueses distinguidos com bolsas de estímulo à investigação
Em 2010, o Programa abrangeu áreas como Geometria Diferencial, Física das Nanoestruturas, Novos Materiais na Química e Ciências da Terra.
Aos investigadores é atribuída uma bolsa no valor de 2500 euros e a cada uma das instituições onde desenvolvem os seus trabalhos dez mil euros.
Entre as instituições distinguidas estão o Centro de Álgebra da Universidade de Lisboa, a Universidade de Aveiro, o Centro de Química da Universidade do Minho, o Centro de Geofísica da Universidade de Évora e o Instituto Dom Luiz, da Universidade de Lisboa.
A sessão em que serão distinguidos investigadores e instituições será presidida pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago, na Fundação Calouste Gulbenkian.
Na mesma sessão serão ainda distinguidos dois investigadores no âmbito do Programa para a Internacionalização das Ciências Sociais.
Este programa destina-se a investigadores portugueses e estrangeiros, com idade inferior a 40 anos, que trabalhem em instituições portuguesas.
No concurso de 2010 foram admitidos artigos publicados, ou aceites para publicação, em revistas internacionais de referência entre os anos de 2006 e 2008.
Aos investigadores Nina Wiesehomeier, autora de "Presidents, Parties, and Policy Competition", publicado em 2009 na Revista The Journal of Politics, e Luís Francisco Aguiar-Conraria, autor de "Referendum design, quorum rules and turnout", publicado em 2009 na Revista Public Choice, será atribuída uma distinção no valor de cinco mil euros.
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Secção: Notícias, Prémios Fundamentação, PROFESSOR AGUIAR-CONRARIA
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
A TABUADA DO TEMPO - FUNDAMENTAÇÃO DO JURI PARA A ATRIBUIÇÃO DO PRÉMIO LITERÁRIO MIGUEL TORGA - 2006
A TABUADA DO TEMPO. A lenta narrativa dos dias.
Cristóvão de Aguiar
Prémio de Narrativa Miguel Torga - Cidade de Coimbra, 2006.
A aparente insignificância de cada instante do dia ou da noite é transcendida por Cristóvão de Aguiar com a paixão de quem vive esses momentos como se fossem os últimos, os definitivos da sua vida: ungindo-os, - como se de um feito religioso se tratasse - com o amor, numa sacralização invasora que inclui quer o erotismo ( Ela), quer o humanismo ( o Outro, feito bicho – o Isquininho, o Adonis - ou feito Homem).
E a memória, desencadeada pela sensualidade do aroma de uma flor, ou do toque aveludado de uma pele ou de um objecto, das cores da terra, do ar, da água, ou do inquietante tilintar de uma bigorna, lança as pontes dos emotivos encontros e desencontros que vivificam a sua infância, o longe, o sentimento de momentâneas ausências que o tempo foi transformando em definitivas.
São, no entanto, as páginas dedicadas à própria escrita as que consubstanciam a oração mais intensa que percorre esta Tabuada do Tempo. Oração diversificada em metáforas referidas à palavra (“o seu coração de magma batendo na chaga esquerda do peito”) ou ao escritor (“barco á deriva, com estragos na quilha”). Poucas vezes nos é dado assistir a uma luta tão agónica para atingir a perfeição da palavra como esta a que o escritor aqui se entrega. É na sua inatingível procura que se debate, convicto de que a sua salvação como ser humano encarna-se nela e convicto também de que a sua sina vai ser a de nunca atingir nem uma nem outra.
O humor franco e aberto que perpassa estas páginas e que consegue os seus mais originais registos na escatologia manifestada em frases (“ventosidades silentes ou sonorosas”) ou vertida em histórias (a referente a dona Prudência e o Ti Zé Peidão), estabelece um contraponto na expressão, refreando o ímpeto desse sentimento de incompletude que percorre o livro e que parte da solidão para desaguar na solidão, após a penosa travessia feita no deserto por uma afectividade, por uma criatividade e por uma autenticidade absolutamente invulgares numa época como a nossa, em que impera a forma mais banal e inócua das narrativas light.
Cada frase desta Tabuada do tempo transforma-se numa revelação estilística, com descobertas lexicais e sintácticas que, iludindo a divagação, partem da procura no cerne da língua portuguesa, identificando o estilo de um autor que mostra nesta obra o ponto mais alto da sua maturidade literária.
Eloísa Alvarez
Universidade de Coimbra, 18.06.06.
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Secção: A Tabuada do Tempo, Prémios Fundamentação
TRASFEGA - Fundamentação da atribuição do Prémio Literário Miguel Torga/Cidade de Coimbra, 2002.
Estamos convictos, após a leitura destes doze contos, de que Francisco Carreiro [pseudónimo com que Cristóvão de Aguiar concorreu ao Prémio Literário Miguel Torga/Cidade de Coimbra] faz parte daquela cada vez mais rara estirpe dos genuínos contadores de histórias. De que, vista a sua extraordinária capacidade de efabulação, estas histórias podiam ser apenas o início de muitos outros volumes arquitectados pela mesma imaginação prodigiosa e, ainda, de que cada um dos personagens que as povoam leva em si o germe de muitos outros possíveis relatos que podem um dia vir a ser escritas por ele.
No livro fica gravada uma reflexão pessoal sobre o que é ser homem no Portugal contemporâneo, dentro de uma filosofia humanista em que o autor, o narrador, as personagens, e a ambiência formam um núcleo indissociável da problemática da condição humana, com a crítica ao belicismo, à exploração do homem pelo homem, à sua emigração, à falsidade dos códigos morais imperantes. O seu posicionamento leva-o a constituir-se em testemunha desconfortavelmente invulgar da História contemporânea portuguesa. E é nesta reflexão que se instaura a temática, a começar por “Trasfega”, a história inicial, em que o autor, em permanente diálogo com o espírito da terra açoriana, com essa Ilha que faz parte dele, desce, numa viagem vertiginosa, às funduras da sua condição de homem-escritor sem renunciar a ser ele próprio, mesmo quando se descobre como um nó-cego de contradições. Aspecto igualmente a destacar é a denúncia da alienação do povo na época do Estado Novo, inserida no dramatismo arrepiante da história de “Liberto”, que encerra o volume, e na condenação da guerra colonial nas imagens delirantes, fortemente impressivas, que envolvem o surrealismo do pesadelo do ex-combatente na guerra da Guiné, em “A noite e a sombra”. O estilo, que transmite a fluência do discurso oral, percorre todos os registos conotativos da linguagem: a malícia mordaz em que assenta o diálogo amoroso e que envolve a sua crítica ao tradicional estatuto do sacerdócio; a ironia de raiz popular impressa no desfecho de “A Prenda”, contrapartida irreverente do milagre das bodas de Cana; a intensidade lírica que envolve a ligação do narrador à terra, aos homens, ao sentimento. Foi a valorização dos elementos referidos que nos levaram a dar o nosso voto a Trasfega.
Eloísa Alvarez - in "homenagem a Cristóvão de Aguiar 40 anos de vida literária.
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Secção: Prémios Fundamentação, Trasfega
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Professor Albano Martins, Fundamentação da atribuição do Grande Prémio APE/CMP a Relação de Bordo I

O Júri, que aqui represento e de que, por deferência, fui designado porta-voz, decidiu, por unanimidade, atribuir o Grande Prémio de Literatura Biográfica, para o biénio de 1998/1999, ao volume Relação de Bordo, de Cristóvão de Aguiar, por duas razões fundamentais. Em primeiro lugar, pela qualidade humana da referida obra, que se apresenta simultaneamente como um vasto e rico repositório de experiências, assinaladas por um vinco de inegável autenticidade, e como documento de irrecusável alcance, se olhado na perspectiva da ética das relações, dos gestos, das atitudes, e do sentido da própria vida. Como documento, dizemos, no sentido rigoroso do termo, isto é, o do que se oferece como ensinamento ou lição e, também, como testemunho e memória emblemática. Em segundo lugar, pela qualidade literária de uma escrita onde poesia e prosa se aliam, se cruzam, se entrelaçam, se harmonizam, urdindo um tecido de irradiantes tonalidades e, não raro, de efeitos de surpreendente beleza.
Julgo, por isso, que a obra – esta obra – de Cristóvão de Aguiar exigiria – diria mesmo: reclama – uma análise de que eu, reduzido, por natural inclinação, à condição de leitor atento e obrigado, não disponho, e da qual beneficiariam não apenas a obra em questão, mas o seu autor.
Relação de Bordo, diz o título. E, se a palavra “bordo” logo inequivocamente indicia a ideia de viagem, o substantivo “relação”, esse, inscreve-se numa área de complexa variabilidade semântica. É que a “relação” tanto pode ser o relato (derivado regressivo do verbo relatar), isto é, a narração de algo, de acontecimentos vividos ou, tão-só, observados, como a lista ou rol dos objectos, instrumentos e pertences, próprios ou alheios, necessários a determinada actividade ou simplesmente oferecidos à curiosidade, à observação e à análise. E pode, ainda, ser a ligação – o relacionamento, o trato, o comércio – com os outros, com as coisas, com o mundo. De todos os referidos conteúdos participa, a meu ver, esta “Relação” de Cristóvão de Aguiar, já que o autor se não apresenta como simples narrador dos acontecimentos que se inscrevem na órbita do seu dia-a-dia existencial, mas porque eles, acontecimentos, lhe fornecem ocasião e pretexto para pôr em evidência, mas também em confronto, comportamentos, práticas, sensibilidades, mentalidades, diferentes modos de olhar a realidade, o tempo, o mundo, os homens. De se olhar a si próprio como peça duma engrenagem em constante mutação, de se auscultar e explicar, sem tibiezas, aos olhos dos outros. De se conhecer e compreender nos próprios movimentos ondulatórios da sua personalidade e nas interacções que os motivam e determinam. Se há aqui efabulação, é no sentido etimológico do termo, isto é, de fala ou discurso a partir de algo. Daquilo que, no caso, se institui ou elege como motivo de registo, de ponderação e reflexão. De auto-reflexão também.
Porque, é preciso dizê-lo, o autor não se constitui mero narrador de acontecimentos de que é, umas vezes, protagonista, outras, participante, observador, outras, ainda, mediador. E é por isso, também, que não é fortuita ou insignificante a selecção dos episódios trazidos à colação. Dela (porque nem tudo o que acontece tem igual significado e importância) releva uma personalidade que tanto se anuncia e afirma na “arqueologia dos afectos” (“Arqueologia de um afecto” é o título de um dos poemas incluídos no livro), como nas pulsões oriundas dum quotidiano itinerante onde cabem e, por vezes, coabitam a ternura e os amores, os traumas, os temores e os tremores, as raivas, as aversões e as repulsas.
Da obra e do autor (porque o autor é aqui a sua obra, ou vice-versa) acentuarei, pois, e ainda, se me permitem: a coragem de se encarar ou enfrentar ao espelho; de se retratar em carne viva; de trazer à superfície, expondo-os na praça pública, o lodo, a enxúndia, a náusea e o nojo acumulados nos interstícios do tempo e da memória. Acentuarei o diálogo de si com o outro, que é o próprio, não lhe ocultando – e não lhe perdoando, às vezes – as pequenas perversidades, as fraquezas, as fragilidades e misérias a que humanamente está sujeito e a que não logra furtar-se. Direi, enfim, que se trata de um documento de rara grandeza e duma nobreza e pungência raras a que não pode ficar-se indiferente, a menos que se tenha entorpecida a mente e embotada a sensibilidade.Testemunho de um tempo – nosso tempo – e dos agentes da história – a pequena e a grande história –, esta Relação de Bordo é, em síntese, um compromisso (mas também, às vezes, um ajuste de contas) do autor consigo mesmo, com o mundo, com a mesma história. Um compromisso com a vida, no que ela tem de verdadeiramente substantivo, estimulante e significante. De nobre, sim, mas também de obsceno, algumas vezes. Demasiadas vezes, porventura.
“Diário ou nem tanto ou talvez muito mais”, assim vem subtitulada esta Relação de Bordo, que tem como âmbito cronológico o período compreendido entre os anos de 1964 e 1988.
Diário, isto é, nas palavras do autor, “a tineta de assentar tudo o que vai acontecendo” ou, por outras palavras, também suas, “esta empreitada de ir assentando e assuntando (...) as coisas mais importantes da minha vida e dos que me estão mais próximos”. Está assim, julgo eu, explicado aquele “nem tanto” do subtítulo, já que o termo “diário” aponta para o registo, dia-a-dia, de tudo o que vai acontecendo, e não apenas “o mais importante”. Mas o livro é também, e não “talvez”, muito mais do que isso. É também autobiografia, livro de memórias, de confissões, ensaio, crónica, reportagem, sátira, poema. Um complexo mosaico onde lirismo, e drama, e tragédia, e comédia (a tragédia e a comédia existenciais) alternam, umas vezes, outras se enlaçam, se enredam, construindo uma teia em cujas cerradas malhas o leitor se vê, também ele, envolvido, enredado, comprometido, sem remissão e sem apelo.
Dito isto, afigura-se-me irrelevante, além de inoportuno, falar de modelos. Cristóvão de Aguiar não esconde a sua admiração por Miguel Torga, que diz ser o seu “escritor preferido”, achando mesmo “natural” que a sua “escrita tenha sido grandemente influenciada” pela dele, que considera, diz, “inimitável”. O mais cómodo – o mais fácil – seria trazer de imediato à colação, do referido autor, A Criação do Mundo e o Diário, obras, sem dúvida, de referência obrigatória (incontornáveis, como agora se diz), quando se questiona a existência, entre nós, duma verdadeira literatura autobiográfica. Mas poderiam citar-se, além de Torga, Raul Brandão e as suas Memórias; O Mundo à Minha Procura e as Páginas, de Ruben A.; a Conta Corrente, de Vergílio Ferreira; os Cadernos de Lanzarote, do Nobel português José Saramago; Na Água do Tempo, de Luísa Dacosta; e, mais recentemente, Tudo o que não escrevi, de Eduardo Prado Coelho. É irrelevante, insistimos, porque di-lo algures Eduardo Lourenço, “ninguém nasce de si mesmo”. E porque, como lembra José Régio, “só o que de algum modo nos pertence pode influenciar-nos profundamente”.
Terminarei com uma nota pessoal: numa época em que tantos aprendizes de feiticeiro da escrita, guindados ao pódio, se vêem promovidos ou auto-promovem a candidatos a nobéis de ocasião; numa época em que a língua se vê diariamente maltratada em tantos – em todos os – lugares onde devia ser respeitada e protegida, é reconfortante (é-o, realmente, para mim) encontrar alguém para quem o exercício da escrita é simultaneamente um acto de cultura, de liberdade, de coragem, de inteligência, de lucidez, de higiene (de purificação ou catarse, se preferirem), de aprendizagem e de conhecimento. De conhecimento dos outros, sim, mas também, ou sobretudo, de si próprio. O que torna, desde logo, o referido exercício um acto necessário e, por isso, imperativo. E, por isso, indispensável. E, por isso, inadiável. Alguém com soberana mestria e soberana dignidade, se entrega à dura “lavoura das palavras” para, com elas, limpar o “muito lixo” acumulado no “armazém da memória”. Cristóvão de Aguiar sabe, com efeito, que “a palavra gerada, amadurecida e parida na maternidade do verbo” traz coladas pústulas de sangue e outras aderências que, a bem da higiene, da verdade e da estética, é necessário remover a todo o custo. Sabia-o já, muitos séculos antes de nós, o velho Sá de Miranda, ao confessar ao seu amigo Pêro de Andrade Caminha, num conhecido soneto, que nunca se cansava de “lamber” os seus versos “como ursa os filhos mal proporcionados”.
Obrigado, Cristóvão de Aguiar. Estou certo de que a “memória curta dos dias” – isto é, dos homens – não irá “atirar para um cesto cheio de esquecimento” a sua obra. A garantia é ela própria, a sua obra, que a fornece. E os premiados somos nós.
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Secção: Prémios Fundamentação, Relação de Bordo I
TANTO MAR
do qual este poema começou a nascer.
Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.
Manuel Alegre
Pico 27.07.2006


