SALTUS LANCIENSES: JOSÉ MANUEL LOUSA GOMES: José Manuel Lousa Gomes nasceu no Soito a 23 de Novembro de 1912, “mas só ali vivi até Setembro d 1930”, como refere no seu livro MEMÓRIAS...
sábado, 11 de novembro de 2017
SALTUS LANCIENSES: JOSÉ MANUEL LOUSA GOMES
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Secção: Soito / Sabugal, Soito Sabugal
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Munumento Comemorativo do 8.º centenário do Nascimento de Santo António. Uma escultura de Eugénio Macedo e uma iniciativa de José Manuel de Aguiar e Arlindo Pereira das Neves. 1996
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Secção: COIMBRA, Cultura, curiosidades, escultura, Notícias, Santo António, Soito Sabugal
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Sabugal: Eugénio Macedo marca presença na Escola Secundária
Na próxima sexta-feira, 18 de Maio, o mestre escultor, pintor e paisagista
Eugénio Macedo, com inúmeras obras dispersas por todo o concelho sabugalense,
vai estar presente num colóquio na Escola Secundária do Sabugal.
O mestre Eugénio Macedo é autor de imensas obras no concelho
do Sabugal, entre elas a Estátua do “Bombeiro”, no Sabugal; Escultura de Nossa
Senhora da Graça; D. Sancho, em Alfaiates; Monumento ao Agricultor, em Vila Boa;
Estátua de São Bartolomeu, nas Quintas de São Bartolomeu; Painel que representa
a freguesia, em Vale das Éguas, Painel granítico em relevo com motivo religioso,
em Malcata, entre muitas outras. Este colóquio dirige-se aos alunos, mas está igualmente aberto a todos aqueles que queiram participar. Terá início às 9h30, na Sala 9 da Escola Secundária do Sabugal, onde será feita uma pequena apresentação, explicação das suas obras, debate e oficina, com encerramento previsto para as 12h30.
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Secção: Cinco Quinas, Cultura, Eugénio Macedo, Notícias, Soito / Sabugal, Soito Sabugal
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Soito, Sabugal, Guarda. Festa da Nossa Senhora da Granja em que o meu tio Jaime Meirinho Gomes foi mordomo, nos idos anos setenta. Fotografia 1, da esquerda para a direita: meu Avô João Maria Gomes, o meu irmão Artur João, o meu tio e padrinho Manuel Meirinho Gomes, eu próprio com uma garrafa de Cristalina na mão. Em cima do atrelado parece-me ser o "Mingo" que morava no Forte. Fotografia 2: Medalha do Batalhão N.º 1 da Guarda Fiscal, em homenagem ao meu padrinho que foi 1.º na classe de Sargento-Mor do Batalhão N.º1 da Guarda Fiscal.
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Secção: Nostalgia, Soito / Sabugal, Soito Sabugal
terça-feira, 13 de julho de 2010
CAPEIA ARRAIANA: "há tourada na aldeia", filme/documentário do realizador Pedro Sena Nunes foi apresentado ontem em Coimbra, no âmbito do Seminário Internacional "SABEReseArtes" como investigação, uma iniciativa do Núcleo de Estudos sobre Ciência, Tecnologia e Sociedade do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.
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Secção: Aldeia da Ponte, Aldeia Velha, Alfaiates, Capeia Arraiana, Forcalhos., Soito / Sabugal, Soito Sabugal
terça-feira, 27 de abril de 2010
O Éden, óleo sobre tela, por Eugénio Macedo, Soito, 1996.
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Secção: Eugénio Macedo, Soito Sabugal
Última Ceia, escultura em madeira de mogno, Nelo 1994. Eugénio Macedo.
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Secção: 1994, Escultura em Madeira, Eugénio Macedo, Soito Sabugal
sábado, 9 de janeiro de 2010
sábado, 17 de outubro de 2009
Vila Boa - Sabugal. O moumento ao Agricultor de mestre Eugénio Macedo, em fase de acabamento. Outubro de 2009.
Clique aqui para ver execução integral da obra
Repare-se na delicadeza de formas, na leveza, na harmonia e beleza de que é capaz o cinzel deste Mestre.
É mais uma obra que muito valoriza a estatuária sabugalense.
Intencionalmente não a descrevo e mesmo a sua publicação é um incentivo para que os leitores a vão visitar ao vivo, no local onde se encontra. (Vila Boa – Sabugal.)
Depois, aproveitem para respirar o bom ar e degustem as iguarias gastronómicas nos variados restaurantes da região.
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Secção: Eugénio Macedo, Soito Sabugal, Vila Boa
domingo, 11 de outubro de 2009
sábado, 10 de outubro de 2009
domingo, 17 de maio de 2009
Carlos Paião, últimas imagens Festas de São Cristóvão, Soito-Sabugal 1988.
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Secção: A Arte do Ferro. F.M.F., Cinco Quinas, Soito Sabugal, Videos
quinta-feira, 30 de abril de 2009
domingo, 26 de abril de 2009
"Baú da Memória... O Soito de Antigamente", de Eugénio dos Santos Duarte, 25 de Abril de 2009.

Ti Eugénio lança livro – “Baú da Memória” Lançamento será no dia 25 de Abril, no Auditório Municipal do Sabugal.
Eugénio dos Santos Duarte, natural do Soito, irá lançar no dia 25 de Abril, no Auditório Municipal do Sabugal, o seu livro “Baú da Memória – O Soito de Antigamente”.
Trata-se de um livro, em edição do autor, com mais de 160 páginas, que foca, particularmente, factos e vivências do autor, no século XX, ou que lhe foram transmitidos oralmente, por familiares ou pessoas com quem conviveu, no Soito.
Entre os temas focados no livro estão a antiga Banda Filarmónica do Soito, as malhas e as ceifas, as inspecções militares, os retiros, os legionários, “correr o boi”, os casamentos, etc., etc.
Para além destes temas, no livro, surgem episódios de algumas figuras carismáticas da terra como o Zé Manel Moiteira, o Ilívio Corracha, os Rendeiros, o sargento Palhas, o Chico Viriato Lopes, o Dr. Alfredo Lopes, o Ti Patrício, etc.
A obra é enriquecida com várias fotografias de acontecimentos e figuras do Soito de antigamente.
O livro contém, ainda, um glossário com expressões usadas no Soito de antigamente, bem como letras de canções que se cantavam na meninice do autor.
O livro será apresentado pelo do director jornal “Cinco Quinas”, António Rito Pereira, também natural do Soito.
Recorde-se que Eugénio dos Santos Duarte nasceu no Soito e tem apenas a 4.ª Classe do Ensino Primário, mas, sempre foi uma pessoa interessada em saber mais. Aprendeu com o seu pai a profissão de carpinteiro. Devido à sua profissão conviveu com pessoas do Soito, de diversa condição social.
O lançamento do livro insere-se nas comemorações do Dia da Liberdade, organizadas pela Empresa Municipal Sabugal + e Câmara Municipal do Sabugal.O autor, que sempre foi um opositor ao Estado Novo, nasceu, também, num dia 25 de Abril, mas do ano de 1927, pelo que a data escolhida para o lançamento coincide com o dia do seu aniversário. É, portanto, um dia que o autor recorda com dupla emoção.
Por: J.M.A.Duarte, in Cinco Quinas online 23 de Abril de 2009.
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Secção: Cultura, Livros, Soito Sabugal
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
II Concentração Internacional Porsche Fans Portugal no concelho do Sabugal. 29 e 30 de Novembro de 2008.

«A vida é feita de nadas: de grandes serras paradas à espera de movimento» (Miguel Torga)
A II Concentração Internacional Porsche Fans Portugal organizada pelo Porsche Fans Portugal vai percorrer o concelho do Sabugal no fim-de-semana de 29 e 30 de Novembro.
Os participantes jantar, a primeira refeição em terras raianas, está marcado para o RaiHotel seguido de um passeio a pé pela noite sabugalense.
No sábado a concentração está marcada para às 10 horas no Largo do Castelo do Sabugal com um briefing para todos os participantes seguido de uma recepção e boas-vindas por um representante da Câmara Municipal do Sabugal.
Às 11 horas a caravana parte em direcção ao complexo das Termas do Cró estando prevista uma breve paragem para visita ao local. O passeio continua em direcção a Ruivós com paragem para um Porto de Honra na sede da Associação dos Amigos local.
A Aldeia Histórica de Vilar Maior é a paragem seguinte com visita ao Museu e Igreja Matriz. O almoço está marcado para o Restaurante «Beto Martins» no Soito.
Às 15 horas será dada a partida para o primeiro carro da Prova de Regularidade que irá unir as Praças de Touros do Soito e de Aldeia da Ponte.
Após o reagrupamento de todos os participantes será tempo de rumar à Sacaparte para disputar uma prova de Slalom no parque de estacionamento com entrada livre.
No final um pequeno pulo até Espanha onde a caravana será recebida pelo Alcalde de La Albergueria de Argañan e presenteada com uns petiscos à moda espanhola.
O jantar está marcado para o Restaurante Robalo (Sabugal) com entrega de prémios (colaboração da Habisabugal) relativa à prova de regularidade e slalom. A noite será livre para passear pelo Sabugal.
No domingo, 30 de Novembro, a caravana sairá do RaiHotel às 10 horas com destino a à aldeia acastelada de Vila do Touro. A comitiva fará uma visita ao miradouro da capela da Senhora do Mercado (séc. XIV) e portal do Castelo de Vila do Touro.
Saída em direcção a Águas Belas e descida pelas belas paisagens da encosta em direcção a Quarta-feira no sopé do imponente Monte de São Cornélio com paragem para um pequeno passeio a pé pela aldeia e visita à queijaria tradicional local.
E é chegada a hora de subir até à Aldeia Histórica de Sortelha onde os participantes serão recebidos para um Porto de Honra com visita ao Castelo Medieval finalizando, assim, a passagem pelos cinco castelos da raia sabugalense.
Os Porsche (e os Ferrari) rumam, de seguida, ao Sabugal fazendo uma passagem de agradecimento e despedida pelas ruas principais da sede do concelho seguindo depois em direcção a ao Viveiro das Trutas de Quadrazais para onde está marcado o almoço de domingo.
Após a refeição será feita uma distribuição de lembranças e o encerramento da II Concentração Internacional Porsche Fans Portugal e o regresso a casa de todos os participantes.
A título de curiosidade podemos acrescentar que a poucos dias do fecho das inscrições os espanhóis do TodoPorsche Clube de Madrid tinha confirmados 14 Porsches e quatro Ferraris e o SoloPorsche de Madrid um Porsche.
Organização
Porsche Fans Portugal
As inscrições podem ser feitas na página oficial do Porsche Fans Clube Portugal:
http://www.porschefansportugal.net/eventos-porsche-fans-portugal-f16/ii-concentracao-i-porsche-fans-29-30-nov-sabugal-t1543.htm
Capeia Arraiana (media partner): http://capeiaarraiana.wordpress.com
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Secção: Notícias, Soito Sabugal
sábado, 20 de setembro de 2008
Entrevista de Mestre Eugénio Macedo, artista multifacetado e autor do "ferro" Soito (S8), ao Semanário Nova Guarda. Edição de 10-09-2008



Escultor reside actualmente
em Figueira de Castelo Rodrigo
Eugénio Macedo tem milhares de obras espalhadas pelo País.
Eugénio Macedo, escultor, passa a vida entre Portugal e o Brasil, mas no nosso País, escolheu o Sabugal e Figueira de Castelo Rodrigo como locais centrais na sua vida.
No primeiro, o Soito foi ponto de paragem por uma avaria no carro, que o deixou nesta terra durante alguns anos. Agora a residir em Figueira, justifica-se dizendo que ali encontra tudo o que precisa para a sua profissão.
Nova Guarda (NG) – Quem é o Eugénio Macedo?
Eugénio Macedo (EM) – Um amigo meu disse-me que eu sou uma pessoa complicadíssima. José Manuel, filho de Cristóvão de Aguiar me disse que eu sou uma daquelas pessoas muito complicadas. Não sei quem é o Eugénio.
NG – É uma pessoa que vive a arte?
EM – A arte para mim é o quê? Eu sou formado em publicidade e vim para Portugal para trabalhar para a TVI, como câmara e cenógrafo, mas desisti da ideia. Já passei por vários processos. A arte para mim é um acidente de percurso. Não me considero um artista.
NG – Onde é que nasceu?
EM – Outra pergunta complicada. A minha certidão de nascimento diz que foi em Angola., mas não. O meu pai era um dos indivíduos que fazia parte do Partido Comunista e ele foi dado como arquivo morto. Boa parte dos documentos desapareceram. A minha certidão de nascimento diz que é Angola, mas eu nem sei onde é que é Angola. Sei que é um país na África. Eu sou português.
NG – Como é que se classifica enquanto escultor?
EM – Sempre como uma pessoa criativa. Como me formei em publicidade e design, depois desenvolvi então a fotografia, no Rio de Janeiro, na Associação Carioca de Artes Plásticas, onde fiz alguns trabalhos lá.
Eu vim fazer umas férias em direcção a Espanha, o meu carro avariou-se ali no Soito, numa época de festas. Não havia mecânicos para concertar o carro e fiquei por lá. Olhei para muitos lados e só via pedra, e escolhi a pedra. Foi quando fiz aquele touro que está em frente à Praça, no Soito. Mas foi um percurso acidental, não foi nada premeditado.
NG – Foi ai que começou?
EM – Foi, foi assim que me pegaram. Eu não peguei a arte, a arte é que me pegou. Eu não considero aquilo que eu faço uma arte, considero uma capacidade extra.
NG – Há quanto tempo é escultor?
EM – Desde os 14 anos.
NG – E ainda se lembra da primeira peça?
EM – Lembro. Foi um Cristo feito em cimento. Aquilo não foi propriamente uma peça. Foi um ensaio. Daí descobri que tinha vocação para fazer aquilo. Comecei-me a dedicar e trabalhei para a Globo, a fazer cenários, e fui descobrindo materiais e outras maneiras. Trabalhei muitas vezes para escolas de samba, para fazer os carros alegóricos e fui vendo que tinha talento para manipular os materiais, mas nunca me considerei um escultor.
NG – Mas gosta de ser escultor?
EM – Se colocares na balança são mais os desagrados que os agrados. Pelo desconforto de trabalhar este tipo de material. É insalubre e muitas vezes não nos permite ir até onde a gente quer, ora por questões orçamentais, ora porque as pessoas não entendem muito bem. Não vejo com muitas vantagens ter este tipo de actividade.
NG – Quando é que se decidiu vir para Figueira de Castelo Rodrigo?
EM – Ainda não me decidi. Aquilo que faltava aqui, em Figueira de Castelo Rodrigo, era um aeroporto, para ficar completo. Ainda não decidi ficar.
NG – Faz a vida entre Brasil e Portugal. Onde gosta de estar?
EM – Gosto mais da Raia, principalmente do sabugal. Aqui é mais por causa do comodismo. Tenho tudo o que preciso aqui à mão. Não me sinto mal em estar em Figueira mas não estou entre o céu e o paraíso. Adapto-me, pois permite estar perto das matérias-primas quase todas. Sinto-me bem, mas para ter condições de criar, não.
NG – Qual foi o trabalho que mais gostou de fazer?
EM – Nenhum. Ainda não tenho a obra-prima. Mas espero lá chegar um dia.
NG – Mas alguns dos que já fez identificam-se consigo?
EM – Nenhum. Há muitos em que as pessoas já vêm com as ideia pré-concebidas. Entro no desafio de dizer que é possível fazer, mas não tem a ver comigo. O maior consumo das obras aqui é da arte sacra. A arte sacra é muito boa e muito bonita quando é em madeira. Em pedra não te permite dar aquela graça, aquele ar angelical na peça. As peças de madeira são de estrema beleza, mais finas, a pedra raramente permite isso.
NG – Chateia-o fazer aquilo que as pessoas lhe pedem?
EM – Acontece em todas as profissões. Eu costumo dizer que quem vai ao médico não escolhe a doença. Aqui acontece. As pessoas perguntam se dá para fazer isto, se dá para fazer aquilo. Depois a questão económica tem um peso muito grande.
NG – Identifica-se com alguma forma de trabalhar a pedra?
EM –Hoje quase que não existe uma técnica para esculpir, a ferramenta leva-te quase lá.
Eu gosto de trabalhar com o Photoshop e muitas vezes eu desenho aí a peça para ver qual é o efeito que ela vai ter, e dá para brincar com isso. Antes tínhamos de enquadrar no local o efeito que a obra ia dar. Hoje não vejo qualquer desafio.
NG – Já houve quem lhe deixasse expressar-se numa obra?
EM – É muito raro. Em trinta anos de carreira, apareceram dois ou três clientes que devem ter dito que a criação era da minha responsabilidade. Mas dá gozo trabalhar assim, por dois motivos, fazer jus a esse voto de confiança e depois tentar superar. Mas é raro. São peças muito caras e normalmente as pessoas vêm já com a ideia pré-concebida e não dá para alterar.
NG – Mas no final não gosta das peças que faz?
EM – Não. Eu acho que quanto menos eu gosto da peça, fico à vontade, porque sei que vai ficar boa para os outros. O meu gosto é estranho.
NG – Já está por cá há 15 anos. Por onde tem a sua obra?
EM – Não tenho um mapa para isso. Tenho um registo mais completo das obras que tenho, por exemplo, em Espanha, França ou Brasil, do que aqui, em Portugal. Algumas pessoas amigas têm o registo das minhas peças e queria até fazer um livro, mas ainda vai demorar algum tempo.
NG – Tem peças por todo o país?
EM – Sim. Muito poucas pelo Algarve, mas tenho por todo o país. Onde tenho mais é certamente no distrito da Guarda e de Castelo Branco, mas em particulares, há mais em Lisboa. Obras públicas é mais por aqui. São milhares de peças.
NG – Tem ideia de quantas já fez?
EM – Passam alguns milhares. Eu tive uns dez anos em que tive um processo criativo muito bom e desenvolvi muito. Desde a pintura até à escultura e fotografia, o que dá muitas obras.
NG – Trabalha num ritmo muito acelerado, como consegue?
EM – Às vezes consigo fazer três ou quatro peças num só dia. Um amigo meu que colaborou comigo durante algum tempo, quando eu começava a ficar aflito dizia para eu continuar a tirar pedra, que havia de sair alguma coisa e no final ficava sempre alguma coisa. É a mesma coisa que dizer que tenho que ir para Lisboa e apanhar a auto-estrada para o Porto. Tu vais chegar a Lisboa de qualquer maneira, só que a volta é maior. Dentro da obra é a mesma coisa. Tu pensas uma coisa, e ela corre de outra maneira, mas que até facilita e que até fica melhor. É assim, há dias em que consegues fazer três, quatro ou cinco peças por dia. Há outras vezes em que tens dias que não sai nada.
NG – Gosta de passar por uma peça e dizer que é sua?
EM – Eu digo mas olho para o lado. As pessoas olham e são simpáticas, dizem que ficou bonito, mas eu sei que não era aquilo que eu queria, pois há factores nas obras públicas que limitam muito. É a questão dos orçamentos e quando estamos limitados a um orçamento é complicado de se fazer.
NG – Quanto é que já valeu uma obra sua?
EM – Bem, houve uma que custou 50 mil euros, feita para a zona do Sabugal.
NG – Há alguma peça que gostasse de fazer para caracterizar a Guarda?
EM – Tenho, tenho o desenho, de uma peça fantástica, que já fiz aí há uns dez anos, mas não sei se tenho condições para executá-la, ou de a colocar na Guarda, mas tenho-a desenhada. Pode ser que seja possível, um dia.
NG – Existem peças, que não as tendo construído, passe por algum sitio e diga, isto ficava bem aqui?
EM – Muitas. Eu sonho acordado e por onde eu passo e digo muitas vezes, para mim, que isto ficava bem aqui ou ali. Um artista que seja artista, tem obrigação de mudar mentalidades e alterar o espaço onde vivem. Todos têm essa obrigação mas o artista mais, e ainda há muito para fazer.
NG – Como muita da sua obra é pública, a verdade é que as pessoas gostam do seu trabalho?
EM – Pois. Toda a gente gosta, todo o mundo aplaude e ninguém diz que não. Eu fico em dúvida. Ou são muito simpáticos ou a minha obra é muito boa.
NG – Gosta desta terra?
EM – Gosto muito. São pessoas espectaculares. Foi preciso me afastar para ver realmente o valor. Estava muito envolvido e não conseguia fazer um exame, mas são realmente pessoas adoráveis. Ainda não consegui criar um perfil para definir esta gente, mas agradeço o apoio e carinho que todos me dão, com um abraço especial ao Manuel Rasteiro, presidente da Junta do Sabugal, José Manuel Campos, da Junta de Foios, e Octávio Vinhas, de Quadrazais.
NG – Não é um homem que se prenda, pois não?
EM – Eu tenho medo de fazer a minha sepultura antes do tempo. Não sou contra quem tenha alguma coisa que o prenda, tem a ver com a minha personalidade, que é complicada. Infelizmente não tenho algo que me prenda. Não digo que seja uma coisa boa.
NG – O seu futuro passa por Figueira, por Portugal?
EM – Vou ser simpático e dizer que não. Isto é uma relação entre Portugal e eu, de amor e ódio.
Por: José Paiva
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Secção: Cultura, Eugénio Macedo, HISTÓRIA DE PORTUGAL, Soito Sabugal
sexta-feira, 13 de junho de 2008
domingo, 1 de junho de 2008
Video da Capeia Arraiana no Campo Pequeno, Lisboa, 31 de Maio de 2008
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sexta-feira, 30 de maio de 2008
Fernando Monteiro Fernandes, Soito-Sabugal, 2007.
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Secção: A Arte do Ferro. F.M.F., Soito Sabugal
segunda-feira, 26 de maio de 2008
O Mestre Eugénio Macedo está de regresso a Portugal.
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Secção: Eugénio Macedo, HISTÓRIA DE PORTUGAL, Soito Sabugal
TANTO MAR
do qual este poema começou a nascer.
Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.
Manuel Alegre
Pico 27.07.2006













