domingo, 9 de setembro de 2007

A TABUADA DO TEMPO - RECOMENDAÇÃO DE LEITURA DO PROFESSOR CARLOS FIOLHAIS - In Primeiro de Janeiro et in Blogue De Rerum Natura

Cristóvão de Aguiar, “A Tabuada do Tempo - A lenta narrativa dos dias”, Almedina. O escritor açoriano (da pequena povoação, Pico da Pedra, em São Miguel, de onde também é natural o escritor e crítico Onésimo Teotónio Almeida) volta ao estilo dos seus “Diários de Bordo”, que é do melhor que de escrita diarística se publica entre nós (o autor ganhou já, por um dos “Diários", o Grande Prémio de Literatura Biográfica da Associação Portuguesa de Escritores, e esta “Tabuada do Tempo” valeu-lhe, pela segunda vez, o Prémio Miguel Torga da cidade de Coimbra). Curiosamente, depois de ter andado por outras editoras como a Caminho e a Dom Quixote, o autor regressa ao editor que lhe publicou nos anos 60 o seu primeiro livro, antes de ele embarcar para a guerra colonial. Cristóvão de Aguiar está agora reformado, mas durante muitos anos foi professor de inglês na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Fui seu aluno e com ele aprendi muitas expressões idiomáticas de língua inglesa, tendo-me até preparado para a minha primeira viagem a Inglaterra. E corrigiu os primeiros textos que publiquei em jornais. Como sou amigo dele (esta nota serve para confirmar a regra de que os críticos tendem a falar dos livros dos amigos), já me fez aparecer numa das suas páginas diarísticas!

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Cyrano de Bergerac

Cyrano de Bergerac
Eugénio Macedo - 1995

TANTO MAR

A Cristóvão de Aguiar, junto
do qual este poema começou a nascer.

Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.

Manuel Alegre
Pico 27.07.2006