terça-feira, 4 de setembro de 2007

A TABUADA DO TEMPO, CRÍTICA DE PAULA ALEXANDRA ALMEIDA

Há muito tempo que não me acontecia isto com um livro.

O Cristóvão de Aguiar é um escritor açoriano há muito radicado em Coimbra. Publica desde 1965 mas nunca tinha lido nada dele. Por força de uma entrevista, ofereceram-me o último livro "A Tabuada do Tempo. A lenta narrativa dos dias".

É um diário. Mas não é um diário contínuo. Ou seja, há dias que são seguidos, mas outros há que correspondem a anos diferentes. É um diário de dias não sequencial. A escrita é bonita. Com uma certa poesia.

Mas dizia eu que há muito tempo que não me acontecia isto com um livro. Espero ansiosamente por um bocadinho livre para ler mais umas páginas, aguardo o fim do dia e dos compromissos para pegar nele e percorrer mais uns dias...

Tenho que me lembrar de agradecer ao meu editor ter-me encomendado a entrevista.


"Janeiro, 3
[…] Vou-me agora em cata dos passos que hei-de percorrer, na esperança de que eles pouco a pouco me devolvam o quinhão de música a que tenho direito. Depois escrevo. Se o não fizer, não cai o mundo das alturas."

Publicada por caracois in blogue 1001 páginas

1 comentário:

Anónimo disse...

Esta ilustre jornalista de Coimbra, não conhecia Cristóvão de Aguiar...
Fez bem em reconhecê-lo.
Quantos de vós não conheceis, também, tendo se calhar, uma opinião formada a respeito do escritor?
Por que é que com tantos e tamanhos elogios este escritor ainda não é conhecido?

Cyrano de Bergerac

Cyrano de Bergerac
Eugénio Macedo - 1995

TANTO MAR

A Cristóvão de Aguiar, junto
do qual este poema começou a nascer.

Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.

Manuel Alegre
Pico 27.07.2006