Foto: José Luis Mendes in http://www.olhares.com/Jseven
Eu, Cristóvão Colombo,
Por graça do Senhor
Navegador,
Demandei terra estranha
Ao serviço de Espanha...
Meus dedos
Navegam no mar...
Cinco barcos, cinco destinos,
Em busca da mulher
Das ilhas da memória...
Rompi mares, rompi velas
Em naus de madeira!
Sou de certa maneira
Um Colombo, navegador...
Tenho o mar das ilhas
Na poça das minhas mãos...
Meus dedos são barcos
Rompendo destinos...
Descobri terras,
Plantei padrões de pedra
No cimo das descobertas,
E tornei-me o Senhor
Dos ventos marítimos
E das naus de sal...
Cristóvão Colombo,
Por graça do senhor
Navegador,
Demandou terra estranha
Ao serviço de Espanha...
Eu, que também sou navegador
(Ou talvez ainda muito mais...)
Eu, que sou o Senhor
Do mar das ilhas da memória...
E dos ventos
E das naus
(Eu, que sou dos Cortes Reais...)
Descobri por engano
Uma terra estranha,
- Tal qual o Colombo
Ao serviço de Espanha
Cristóvão de Aguiar, in Mãos Vazias - 1965 e in Antologia da Poesia Açoriana, organizada por Pedro da Silveira, Livraria Sá da Costa, Lisboa, 1977.
Poema publicado no blogue "De Viagem", gerido por Marta Dutra, em 18 de Junho de 2007.
domingo, 2 de setembro de 2007
Navegador do Mar das Ilhas - in "Mãos Vazias", de Cristóvão Aguiar - 1965
Publicado por Lapa às 11:17:00
Secção: Mãos Vazias, Poemas
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TANTO MAR
A Cristóvão de Aguiar, junto
do qual este poema começou a nascer.
Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.
Manuel Alegre
Pico 27.07.2006
do qual este poema começou a nascer.
Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.
Manuel Alegre
Pico 27.07.2006
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