quinta-feira, 25 de setembro de 2008

O Escritor Dias de Melo in "Relação de Bordo, diário ou nem tanto ou talvez muito mais" (1964-1988), de Cristóvão de Aguiar.







"Coimbra, 24 de Maio de 1979
[...]O escritor Dias de Melo, homem açoriano da Ilha do Pico, que trouxe para o conto, o romance, a crónica, a luta desatinada dos homens das Ilhas que formam o triângulo: Pico, São Jorge e Faial, dando dignidade humana ao homem que vai ganhando a vida e sempre a morte tanto no mar como em terra, ou em ambos, baleeiros e camponeses e outra gente sem condição, e que renegou sempre nos seus livros o turístico folclore literário -- esse escritor confessou-me na sua gigantesca humildade, numa carta sobre Raiz Comovida I: "Continuo sem encontrar palavras que lhe digam quanto Raiz Comovida me emocionou. Bastará talvez que saiba isto: o Ti Pascoal, impondo ao narrador o dever -- o compromisso -- de contar ao mundo aquelas realidades, teve influência enorme no prefácio, a que chamo "Compromisso", com que abro o meu livro Vinde e Vede [...] Mas, Cristóvão de Aguiar, Você foi mais longe do que eu. Você quebrou todas as amarras que ainda me prendiam. Regozijo-me -- sinceramente, muito sinceramente me regozijo por isso!" A Ilha do Pico, no seu mistério tamanho, ora se revelando escondendo ora se escondendo revelando-se, também tem o condão de fermentar e extravasar do peito de quem possui a estrela de a merecer instituída em seus olhos."

In Relação de Bordo (1964-1988),de Cristóvão de Aguiar, páginas 225 e 226.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Faleceu hoje um Grande Escritor Açoriano: Dias de Melo. "Ficará para a posteridade como um símbolo do homem do mar" - Cristóvão de Aguiar.

Quarta-feira, 24 de Set de 2008
O escritor Dias de Melo, hoje falecido, aos 83 anos, "ficará para a posteridade como um símbolo do homem do mar", disse à Lusa o escritor e seu conterrâneo Cristóvão de Aguiar.
"É um escritor baleeiro que deu um retrato real da vida do baleeiro. Aliás, ele próprio tinha essa experiência, chegou a ser baleeiro", lembrou.
Na sua opinião, a obra literária de Dias de Melo "ficará como documento para a posteridade".
Falecido hoje de manhã no hospital de Ponta Delgada, José Dias de Melo nasceu na Calheta do Nesquim, ilha do Pico, a 08 de Abril de 1925.
Professor primário, foi colaborador assíduo da imprensa regional e nacional e um profundo conhecedor da temática baleeira e da emigração.
Iniciou a sua carreira literária na década de 1950 com o livro de poemas "Toadas do Mar e da Terra".
Da sua obra, Cristóvão de Aguiar destacou a trilogia "Pedras Negras", "Mar Rubro" e Mar P'la Proa" e o livro de contos "Milhas contadas".
"Dias de Melo marca, sem dúvida, a literatura portuguesa de significação açoriana", obervou.
Dias de Melo foi condecorado com a Ordem do Infante e, pelas Lajes do Pico, com o título de Cidadão Honorário do concelho.
Recentemente, o presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, presidiu a uma sessão pública de homenagem a Dias de Melo que incluiu o lançamento de uma nova edição da sua trilogia.

sábado, 20 de setembro de 2008

Entrevista de Mestre Eugénio Macedo, artista multifacetado e autor do "ferro" Soito (S8), ao Semanário Nova Guarda. Edição de 10-09-2008








Escultor reside actualmente
em Figueira de Castelo Rodrigo

Eugénio Macedo tem milhares de obras espalhadas pelo País.
Eugénio Macedo, escultor, passa a vida entre Portugal e o Brasil, mas no nosso País, escolheu o Sabugal e Figueira de Castelo Rodrigo como locais centrais na sua vida.
No primeiro, o Soito foi ponto de paragem por uma avaria no carro, que o deixou nesta terra durante alguns anos. Agora a residir em Figueira, justifica-se dizendo que ali encontra tudo o que precisa para a sua profissão.













Nova Guarda (NG) – Quem é o Eugénio Macedo?
Eugénio Macedo (EM) – Um amigo meu disse-me que eu sou uma pessoa complicadíssima. José Manuel, filho de Cristóvão de Aguiar me disse que eu sou uma daquelas pessoas muito complicadas. Não sei quem é o Eugénio.

NG – É uma pessoa que vive a arte?
EM – A arte para mim é o quê? Eu sou formado em publicidade e vim para Portugal para trabalhar para a TVI, como câmara e cenógrafo, mas desisti da ideia. Já passei por vários processos. A arte para mim é um acidente de percurso. Não me considero um artista.

NG – Onde é que nasceu?
EM – Outra pergunta complicada. A minha certidão de nascimento diz que foi em Angola., mas não. O meu pai era um dos indivíduos que fazia parte do Partido Comunista e ele foi dado como arquivo morto. Boa parte dos documentos desapareceram. A minha certidão de nascimento diz que é Angola, mas eu nem sei onde é que é Angola. Sei que é um país na África. Eu sou português.

NG – Como é que se classifica enquanto escultor?
EM – Sempre como uma pessoa criativa. Como me formei em publicidade e design, depois desenvolvi então a fotografia, no Rio de Janeiro, na Associação Carioca de Artes Plásticas, onde fiz alguns trabalhos lá.
Eu vim fazer umas férias em direcção a Espanha, o meu carro avariou-se ali no Soito, numa época de festas. Não havia mecânicos para concertar o carro e fiquei por lá. Olhei para muitos lados e só via pedra, e escolhi a pedra. Foi quando fiz aquele touro que está em frente à Praça, no Soito. Mas foi um percurso acidental, não foi nada premeditado.

NG – Foi ai que começou?
EM – Foi, foi assim que me pegaram. Eu não peguei a arte, a arte é que me pegou. Eu não considero aquilo que eu faço uma arte, considero uma capacidade extra.

NG – Há quanto tempo é escultor?
EM – Desde os 14 anos.

NG – E ainda se lembra da primeira peça?
EM – Lembro. Foi um Cristo feito em cimento. Aquilo não foi propriamente uma peça. Foi um ensaio. Daí descobri que tinha vocação para fazer aquilo. Comecei-me a dedicar e trabalhei para a Globo, a fazer cenários, e fui descobrindo materiais e outras maneiras. Trabalhei muitas vezes para escolas de samba, para fazer os carros alegóricos e fui vendo que tinha talento para manipular os materiais, mas nunca me considerei um escultor.

NG – Mas gosta de ser escultor?
EM – Se colocares na balança são mais os desagrados que os agrados. Pelo desconforto de trabalhar este tipo de material. É insalubre e muitas vezes não nos permite ir até onde a gente quer, ora por questões orçamentais, ora porque as pessoas não entendem muito bem. Não vejo com muitas vantagens ter este tipo de actividade.

NG – Quando é que se decidiu vir para Figueira de Castelo Rodrigo?
EM – Ainda não me decidi. Aquilo que faltava aqui, em Figueira de Castelo Rodrigo, era um aeroporto, para ficar completo. Ainda não decidi ficar.

NG – Faz a vida entre Brasil e Portugal. Onde gosta de estar?
EM – Gosto mais da Raia, principalmente do sabugal. Aqui é mais por causa do comodismo. Tenho tudo o que preciso aqui à mão. Não me sinto mal em estar em Figueira mas não estou entre o céu e o paraíso. Adapto-me, pois permite estar perto das matérias-primas quase todas. Sinto-me bem, mas para ter condições de criar, não.

NG – Qual foi o trabalho que mais gostou de fazer?
EM – Nenhum. Ainda não tenho a obra-prima. Mas espero lá chegar um dia.

NG – Mas alguns dos que já fez identificam-se consigo?
EM – Nenhum. Há muitos em que as pessoas já vêm com as ideia pré-concebidas. Entro no desafio de dizer que é possível fazer, mas não tem a ver comigo. O maior consumo das obras aqui é da arte sacra. A arte sacra é muito boa e muito bonita quando é em madeira. Em pedra não te permite dar aquela graça, aquele ar angelical na peça. As peças de madeira são de estrema beleza, mais finas, a pedra raramente permite isso.

NG – Chateia-o fazer aquilo que as pessoas lhe pedem?
EM – Acontece em todas as profissões. Eu costumo dizer que quem vai ao médico não escolhe a doença. Aqui acontece. As pessoas perguntam se dá para fazer isto, se dá para fazer aquilo. Depois a questão económica tem um peso muito grande.

NG – Identifica-se com alguma forma de trabalhar a pedra?
EM –Hoje quase que não existe uma técnica para esculpir, a ferramenta leva-te quase lá.
Eu gosto de trabalhar com o Photoshop e muitas vezes eu desenho aí a peça para ver qual é o efeito que ela vai ter, e dá para brincar com isso. Antes tínhamos de enquadrar no local o efeito que a obra ia dar. Hoje não vejo qualquer desafio.

NG – Já houve quem lhe deixasse expressar-se numa obra?
EM – É muito raro. Em trinta anos de carreira, apareceram dois ou três clientes que devem ter dito que a criação era da minha responsabilidade. Mas dá gozo trabalhar assim, por dois motivos, fazer jus a esse voto de confiança e depois tentar superar. Mas é raro. São peças muito caras e normalmente as pessoas vêm já com a ideia pré-concebida e não dá para alterar.

NG – Mas no final não gosta das peças que faz?
EM – Não. Eu acho que quanto menos eu gosto da peça, fico à vontade, porque sei que vai ficar boa para os outros. O meu gosto é estranho.

NG – Já está por cá há 15 anos. Por onde tem a sua obra?
EM – Não tenho um mapa para isso. Tenho um registo mais completo das obras que tenho, por exemplo, em Espanha, França ou Brasil, do que aqui, em Portugal. Algumas pessoas amigas têm o registo das minhas peças e queria até fazer um livro, mas ainda vai demorar algum tempo.

NG – Tem peças por todo o país?
EM – Sim. Muito poucas pelo Algarve, mas tenho por todo o país. Onde tenho mais é certamente no distrito da Guarda e de Castelo Branco, mas em particulares, há mais em Lisboa. Obras públicas é mais por aqui. São milhares de peças.

NG – Tem ideia de quantas já fez?
EM – Passam alguns milhares. Eu tive uns dez anos em que tive um processo criativo muito bom e desenvolvi muito. Desde a pintura até à escultura e fotografia, o que dá muitas obras.

NG – Trabalha num ritmo muito acelerado, como consegue?
EM – Às vezes consigo fazer três ou quatro peças num só dia. Um amigo meu que colaborou comigo durante algum tempo, quando eu começava a ficar aflito dizia para eu continuar a tirar pedra, que havia de sair alguma coisa e no final ficava sempre alguma coisa. É a mesma coisa que dizer que tenho que ir para Lisboa e apanhar a auto-estrada para o Porto. Tu vais chegar a Lisboa de qualquer maneira, só que a volta é maior. Dentro da obra é a mesma coisa. Tu pensas uma coisa, e ela corre de outra maneira, mas que até facilita e que até fica melhor. É assim, há dias em que consegues fazer três, quatro ou cinco peças por dia. Há outras vezes em que tens dias que não sai nada.

NG – Gosta de passar por uma peça e dizer que é sua?
EM – Eu digo mas olho para o lado. As pessoas olham e são simpáticas, dizem que ficou bonito, mas eu sei que não era aquilo que eu queria, pois há factores nas obras públicas que limitam muito. É a questão dos orçamentos e quando estamos limitados a um orçamento é complicado de se fazer.

NG – Quanto é que já valeu uma obra sua?
EM – Bem, houve uma que custou 50 mil euros, feita para a zona do Sabugal.

NG – Há alguma peça que gostasse de fazer para caracterizar a Guarda?
EM – Tenho, tenho o desenho, de uma peça fantástica, que já fiz aí há uns dez anos, mas não sei se tenho condições para executá-la, ou de a colocar na Guarda, mas tenho-a desenhada. Pode ser que seja possível, um dia.

NG – Existem peças, que não as tendo construído, passe por algum sitio e diga, isto ficava bem aqui?
EM – Muitas. Eu sonho acordado e por onde eu passo e digo muitas vezes, para mim, que isto ficava bem aqui ou ali. Um artista que seja artista, tem obrigação de mudar mentalidades e alterar o espaço onde vivem. Todos têm essa obrigação mas o artista mais, e ainda há muito para fazer.

NG – Como muita da sua obra é pública, a verdade é que as pessoas gostam do seu trabalho?
EM – Pois. Toda a gente gosta, todo o mundo aplaude e ninguém diz que não. Eu fico em dúvida. Ou são muito simpáticos ou a minha obra é muito boa.

NG – Gosta desta terra?
EM – Gosto muito. São pessoas espectaculares. Foi preciso me afastar para ver realmente o valor. Estava muito envolvido e não conseguia fazer um exame, mas são realmente pessoas adoráveis. Ainda não consegui criar um perfil para definir esta gente, mas agradeço o apoio e carinho que todos me dão, com um abraço especial ao Manuel Rasteiro, presidente da Junta do Sabugal, José Manuel Campos, da Junta de Foios, e Octávio Vinhas, de Quadrazais.

NG – Não é um homem que se prenda, pois não?
EM – Eu tenho medo de fazer a minha sepultura antes do tempo. Não sou contra quem tenha alguma coisa que o prenda, tem a ver com a minha personalidade, que é complicada. Infelizmente não tenho algo que me prenda. Não digo que seja uma coisa boa.

NG – O seu futuro passa por Figueira, por Portugal?
EM – Vou ser simpático e dizer que não. Isto é uma relação entre Portugal e eu, de amor e ódio.
Por: José Paiva

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Museu do Sabugal: Colecção Arqueológica 2008. Mais uma excelente iniciativa da Câmara do Sabugal e da Empresa Municipal Sabugal +.

Autores:

André Tomás dos Santos
Raquel Vilaça
Pedro C. Carvalho
Iñaki Martín Viso
Luís Rêpas
Miguel Soromenho
Marcos Osório (catálogo)
Ricamente apresentado e com inúmeras ilustrações a cores, o volume Museu do Sabugal – Colecção Arqueológica constituirá, doravante, um guia indispensável para quem deseje saber dos vestígios arqueológicos naquele concelho beirão.
Fruto da colaboração entre a Câmara local e a Empresa Municipal Sabugal +, data de Março de 2008 e tem textos de André Tomás Santos (Pré-História), Raquel Vilaça (Proto-História), Pedro C. Carvalho (Época Romana), Iñaki Martín Viso (Época Medieval: reino de Leão), Luís Repas (Época Medieval: reino de Portugal), e Miguel Soromenho (Época Moderna). É de Marcos Osório a responsabilidade do catálogo.
Tem o ISBN: 978-989-95684-0-2; a edição é de Pro-Raia (Associação de Desenvolvimento Integrado da Raia Centro Norte) e do Município do Sabugal. 184 preciosas páginas, terminando com bibliografia complementar e índice dos sítios arqueológicos donde procedem as peças.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Tirem a venda da Justiça. Mário Crespo

O infinito disparate do tribunal de Loures de tratar da mesma maneira o militar da GNR que tentava deter um grupo de assaltantes e os próprios assaltantes ilustra o maior problema de Portugal nesta fase da sua vida democrática.
Se juízes e procuradores em Loures não conseguem distinguir entre crime e ordem mantendo as suas decisões num limbo palavroso de incoerências politicamente correctas e medos de existir, nada nos defende da desordem. A disléxica significância actual do estatuto de 'arguido' que permite na mesma penada dar rótulos idênticos a criminosos e agentes da ordem pública é um absurdo em qualquer norma civilizada.
Esta justiça, ou ausência dela, faz de Portugal um país perigoso para se viver em 2008. O militar da GNR chamado para restabelecer a ordem e o 'pai' foragido da prisão que levou o filho num assalto não podem ser tratados da mesma maneira por um justiça que meramente cumpre rituais de burocracia. A cegueira da crise na justiça está a originar que a mensagem pública que surge destas decisões agudize a sensação de insegurança e fragilize a capacidade do Estado de manter a ordem pública.
Chegou a altura de retirar a venda da justiça em Portugal para ela ver para onde está a levar o país, aplicada como tem sido num sinistro cocktail de sabores do PREC, heranças do totalitarismo, inseguranças políticas, ambiguidades e ignorâncias cobertas por mantos diáfanos de academia-faz-de-conta.Nesta rapsódia de dissonâncias que é a interpretação apriorística e receosa de normas mal definidas, mantém-se sem conclusão o julgamento da Casa Pia que nestes anos todos perdeu qualquer hipótese de juízo sério. Não se consegue entregar Esmeralda a quem lhe garanta a infância normal a que tem direito porque Esmeralda teve o azar de nascer num país onde o Direito não é normal. Caímos no ridículo internacional com a instrução desastrada e provinciana do caso McCann onde tudo falhou. Da letra da lei, à sua interpretação, à sua aplicação. E agora em Loures diz-se ao país que é a mesma coisa tentar manter a ordem em condições extremas e levar um filho num assalto depois de se ter fugido da prisão. É tudo arguido com a mesma medida de coação.
O que a Judicatura e a Procuradoria de Loures mostraram ao País não foi que a justiça é cega. Foi a cegueira da justiça em Portugal. Disseram que é a mesma coisa ser-se um cidadão militar agente da lei e um foragido apanhado em flagrante, armado com calibres letais e disfarçado com identidades falseadas.
A continuar assim teremos que bramir (BRANDIR) armas em público como os mais fundamentalistas intérpretes da Constituição americana dizem que podem. E temos que ir dormir a condomínios privados porque a cidade e as zonas rurais estão a saque dos grupos que nomadizam armados à espera de uma aberta, e nós teremos que nos defender.
Precisamos de procuradores capazes, juízes justos e de um ministro da Justiça que consiga administrar os meios do Estado. Obviamente não os temos no actual quadro do funcionalismo público. Por favor subcontratem. Estrangeiros mesmo, que os há muito bons, porque a coisa aqui está preta.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

54-Câmara Municipal (Criminal) de Coimbra mantém, impune e descaradamente, Stand/sucateira-ILEGAL aberto ao público sem qualquer licenciamento...

















Legenda: Documento falsificado, enviado ao MP de Coimbra para encobrir o licenciamento ilegal da cabovisão por parte da Câmara Municipal (CRIMINAL) de Coimbra.
Onde está escrito PT é, de facto, EDP. As águas pluviais do IC2 vazam directamente para a parede DE UM POSTO DE ELECTRICIDADE DE ALTA TENSÃO PONDO EM PERIGO A SEGURANÇA PÚBLICA.
Onde se diz TV CABO DEVE LER-SE CABOVISÃO.
POR OUTRO LADO, o Ministério Público de COIMBRA ACEITOU ESTE DOCUMENTO FALSIFICADO E AFIRMOU QUE O DENUNCIANTE É QUE NÃO TINHA CREDIBILIDADE...

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Cavaco Silva aplica "veto político" à nova lei do divórcio. Muito bem Senhor Presidente.

Cavaco Silva quer alterações à nova lei do divórcio.
O Presidente da República utilizou o chamado "veto político" para devolver à Assembleia da República o diploma que altera o Regime Jurídico do Divórcio. Fica assim sem promulgação de Cavaco Silva a nova lei sobre o divórcio que, desta forma, terá de ser novamente avaliada pelos deputados.

Cavaco Silva não promulgou o diploma que altera o Regime Jurídico do Divórcio que, assim sendo, regressa à Assembleia da República para que seja alvo de uma apreciação por parte dos deputados.

Na mensagem que enviou aos deputados e que justifica a devolução, o chefe do Estado explica que decidiu devolver à Assembleia da República o Decreto nº232/X que aprova o Regime Jurídico do Divórcio, solicitando que o mesmo seja objecto de nova apreciação, já que tem "como altamente aconselhável, a todos os títulos, que sejam levados em linha de conta alguns dos efeitos a que o novo regime jurídico do divórcio pode conduzir, designadamente as suas implicações para uma indesejável desprotecção do cônjuge ou do ex-cônjuge que se encontre numa situação mais fraca – geralmente, a mulher –, bem como, indirectamente, dos filhos menores":

Face a essa situação, Cavaco silva considera que "para não agravar a desprotecção da parte mais fraca, o legislador deveria ponderar em que medida não seria preferível manter-se, ainda que como alternativa residual, o regime do divórcio culposo, a que agora se põe termo de forma absoluta e definitiva".

Considera ainda o Presidente da República que "é no mínimo singular que um cônjuge que viole sistematicamente os deveres conjugais previstos na lei possa de forma unilateral e sem mais obter o divórcio e, sobretudo, possa retirar daí vantagens aos mais diversos níveis, incluindo patrimonial".

Cavaco Silva nos argumentos que apresenta pega mesmo em exemplos para explicar que face à nova lei "doravante, à mulher vítima de maus-tratos, por exemplo, só restará a via de, após o divórcio, intentar uma acção de responsabilidade contra o seu ex-marido, com todos os custos financeiros e até psicológicos daí inerentes".

No extenso documento com doze pontos, Cavaco Silva apresenta como última justificação para a recusa de promulgação da nova lei sobre o divórcio o facto de, no seu entender, ser "extremamente controverso, por aquilo que implica de restrição à autonomia privada e à liberdade contratual, o disposto no artigo 1790º, segundo o qual 'em caso de divórcio nenhum dos cônjuges pode, na partilha, receber mais do que receberia se o casamento tivesse sido celebrado segundo o regime da comunhão de adquiridos'".

Com a devolução do diploma à Assembleia da República esta pode afectuar as alterações que agora são propostas ou pura e simplesmente confirmar o seu voto por maioria absoluta dos deputados em efectividade de funções, caso em que o Presidente da República terá de promulgar o diploma no prazo de oito dias a contar da sua recepção.
RTP.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Estudo pioneiro de Luís Aguiar-Conraria e de Pedro Magalhães prevê PS sem maioria absoluta. In Semanário Sol, 15-08-2008.

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Tenho acompanhado no "PODIUM SCRIPTAE " a luta pela legalidade contra a corrupção do que vergonhosamente se passa na "sucateira/stand" junto à Estação Velha.
Parece-me que os cidadãos, honestos, do nosso Distrito e até do País se sentem cada vez mais revoltados com a corrupção que graça e aumenta no nosso país, receio que como é costume e à "portuguesa", perante a inoperância, assim me parece, dos poderes judiciais, se considere a corrupção um mal imbatível e por isso inevitável e assim normal.
Aqui na minha aldeia a Câmara Municipal de Cantanhede "oferece" um terreno "baldio" de cerca de um hectare a um construtor civil, já fiz queixa no IGAT mas por incrível que pareça esta instituição, que eu julgava ter como função a defesa do património, limitou-se a pedir explicações à Câmara e esta defendeu-se dizendo fundamentalmente que era uma questão de "venire contra factum proprio" se tentassem repor a situação anterior, o IGAT respondeu-me que só os tribunais poderiam tratar da questão e mais nada fizeram, no meu entender de cidadão leigo em questões judiciais deveria ser o próprio IGAT a fazer seguir o processo por serem entendidos nestas matéria, mas não desilusão total quando também mantenho estas instituições a funcionar com os meus imposto e de todos aqueles que os pagam.

Os meus parabéns e um abraço de solidariedade pelo que tem feito magistralmente e com coragem na denuncia da corrupção. Desculpe a extensão da mensagem.

Um abraço
Carlos Rebola

Cyrano de Bergerac

Cyrano de Bergerac
Eugénio Macedo - 1995

TANTO MAR

A Cristóvão de Aguiar, junto
do qual este poema começou a nascer.

Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.

Manuel Alegre
Pico 27.07.2006