sábado, 8 de setembro de 2007

CRISTÓVÃO DE AGUIAR ENTREVISTADO POR ANTÓNIO MANUEL RODRIGUES DO DIÁRIO DE COIMBRA


FELIZ ANIVERSÁRIO NATALÍCIO CRISTÓVÃO DE AGUIAR



Cristóvão de Aguiar completa hoje 67 anos de idade.
Ainda é um jovem que está aí para as curvas e para escrever muitos livros!

terça-feira, 4 de setembro de 2007

A TABUADA DO TEMPO, CRÍTICA DE PAULA ALEXANDRA ALMEIDA

Há muito tempo que não me acontecia isto com um livro.

O Cristóvão de Aguiar é um escritor açoriano há muito radicado em Coimbra. Publica desde 1965 mas nunca tinha lido nada dele. Por força de uma entrevista, ofereceram-me o último livro "A Tabuada do Tempo. A lenta narrativa dos dias".

É um diário. Mas não é um diário contínuo. Ou seja, há dias que são seguidos, mas outros há que correspondem a anos diferentes. É um diário de dias não sequencial. A escrita é bonita. Com uma certa poesia.

Mas dizia eu que há muito tempo que não me acontecia isto com um livro. Espero ansiosamente por um bocadinho livre para ler mais umas páginas, aguardo o fim do dia e dos compromissos para pegar nele e percorrer mais uns dias...

Tenho que me lembrar de agradecer ao meu editor ter-me encomendado a entrevista.


"Janeiro, 3
[…] Vou-me agora em cata dos passos que hei-de percorrer, na esperança de que eles pouco a pouco me devolvam o quinhão de música a que tenho direito. Depois escrevo. Se o não fizer, não cai o mundo das alturas."

Publicada por caracois in blogue 1001 páginas

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Júri do Labjovem integra o Escritor Cristóvão de Aguiar e o Pintor José Nuno da Câmara Pereira, entre outras personalidades.

INICIATIVA DA ASSOCIAÇÃO BURRA DE MILHO
"José Nuno da Câmara Pereira e Cristóvão de Aguiar são algumas das personalidades que integram o júri do concurso Labjovem, um projecto da Associação Cultural Burra de Milho que visa servir de plataforma a jovens criadores açorianos."

In Diário Insular - 6 Julho de 2007

domingo, 2 de setembro de 2007

Onésimo Teotónio Almeida, crítica à "A Tabuada do Tempo"

Agradeço-te o exemplar do teu livro A Tabuada do Tempo. De novo proporcionas aos teus leitores uma escrita muitíssimo apurada e um deveras interessante diário. Embora continues a fixar-te obsessivamente no triângulo Coimbra / S. Miguel / Bristol (apontei-te essa marca ao Relação de Bordo, e apesar da extensão do volume que ultrapassa as 300 páginas, não cansa.
Achei o autor do diário mais brando, menos perturbado pelos seus demónios. A morte do teu pai, agora presente só como memória, torna as evocações mais suaves. De qualquer modo, esse abrandamento não se confina à figura do teu pai.
Conseguiste sem dúvida colocar o teu diário entre os notáveis portugueses do género,[...]

Onésimo T. Almeida
Agosto de 2007

Navegador do Mar das Ilhas - in "Mãos Vazias", de Cristóvão Aguiar - 1965

Foto: José Luis Mendes in http://www.olhares.com/Jseven











Eu, Cristóvão Colombo,
Por graça do Senhor
Navegador,
Demandei terra estranha
Ao serviço de Espanha...

Meus dedos
Navegam no mar...
Cinco barcos, cinco destinos,
Em busca da mulher
Das ilhas da memória...
Rompi mares, rompi velas
Em naus de madeira!

Sou de certa maneira
Um Colombo, navegador...
Tenho o mar das ilhas
Na poça das minhas mãos...
Meus dedos são barcos
Rompendo destinos...
Descobri terras,
Plantei padrões de pedra
No cimo das descobertas,
E tornei-me o Senhor
Dos ventos marítimos
E das naus de sal...

Cristóvão Colombo,
Por graça do senhor
Navegador,
Demandou terra estranha
Ao serviço de Espanha...

Eu, que também sou navegador
(Ou talvez ainda muito mais...)
Eu, que sou o Senhor
Do mar das ilhas da memória...
E dos ventos
E das naus
(Eu, que sou dos Cortes Reais...)
Descobri por engano
Uma terra estranha,
- Tal qual o Colombo
Ao serviço de Espanha


Cristóvão de Aguiar, in Mãos Vazias - 1965 e in Antologia da Poesia Açoriana, organizada por Pedro da Silveira, Livraria Sá da Costa, Lisboa, 1977.


Poema publicado no blogue "De Viagem", gerido por Marta Dutra, em 18 de Junho de 2007.

sábado, 1 de setembro de 2007

José Medeiros Ferreira – in Bicho Carpinteiro, a respeito de uma entrada da "Relação de Bordo (1964 - 1988)"

“A melhor descrição de um abalo de terra que conheço é a de Cristovão de Aguiar na sua Relação de Bordo sobre o de 1969 com os animais do jardim zoológico a espantarem-se antes dos humanos sentirem qualquer coisa.”

in "Relação de Bordo I" Págs. 80-82 (Lisboa, 28 de Fevereiro de 1969)

Cyrano de Bergerac

Cyrano de Bergerac
Eugénio Macedo - 1995

TANTO MAR

A Cristóvão de Aguiar, junto
do qual este poema começou a nascer.

Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.

Manuel Alegre
Pico 27.07.2006