"Deste púlpito de rocha, a imaginação pára de trabalhar. Fica atónita em face de tamanha grandeza. Ao voltar as costas, porém, apanhei num relance toda a dimensão trágica das gentes destas praias. Uma velha embuçada num xaile negro, encostada a um muro caiado de um branco de noiva, comungava o sol da tarde que declinava. Exactamente por cima da sua cabeça, a sombra projectada do cruzeiro completava o quadro fantasmagórico - a mulher ficou ali crucificada naquela cruz de sombra."
Cristóvão de Aguiar, páginas 103 in fine e 104.
domingo, 16 de dezembro de 2007
Sítio da Nazaré, 20 de Dezembro de 1970. In Relação de Bordo 1964 - 1988
Publicado por Lapa às 11:16:00
Secção: Nazaré, Relação de Bordo I, Textos avulsos
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TANTO MAR
A Cristóvão de Aguiar, junto
do qual este poema começou a nascer.
Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.
Manuel Alegre
Pico 27.07.2006
do qual este poema começou a nascer.
Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.
Manuel Alegre
Pico 27.07.2006
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