AIDA BAPTISTA
Sexta-feira passada deitei-me com Cristóvão de Aguiar e deixei-me invadir por toda a profundidade da escrita da sua “Nova Relação de Bordo”. Já a tinha comprado há bastante tempo, mas aqui me penitencio por me não ter disponibilizado ainda para com ela conviver. Os textos de Cristóvão de Aguiar não foram escritos para serem lidos em intervalos de lazer ou para descansar os olhos das rotineiras canseiras a que diariamente nos entregamos. Não! A sua escrita exige muita daquela preguiça que descarrega neurónios saturados, vasculha a mente suja de preocupações e prepara-a para uma leitura atenta e muito cuidada. Tão cuidada quanto o apreço em que ele tem o leitor, ao surpreender-nos com o que faz de melhor e mais bonito - escrever. Preciso de todos estes preliminares para me poder concentrar, ler e voltar atrás, sublinhar, tomar notas e repetir mentalmente muitas das frases, comendo-lhe as sílabas das palavras, uma a uma, como as cerejas. Se as conversas são como as cerejas - umas atrás das outras -, a escrita também. Se não era assim, passa a ser a partir de agora. Decretei-o eu, hoje!
Numa dessas colheitas de leitura sôfrega e sumarenta, deparei com este cacho
Sexta-feira passada deitei-me com Cristóvão de Aguiar e deixei-me invadir por toda a profundidade da escrita da sua “Nova Relação de Bordo”. Já a tinha comprado há bastante tempo, mas aqui me penitencio por me não ter disponibilizado ainda para com ela conviver. Os textos de Cristóvão de Aguiar não foram escritos para serem lidos em intervalos de lazer ou para descansar os olhos das rotineiras canseiras a que diariamente nos entregamos. Não! A sua escrita exige muita daquela preguiça que descarrega neurónios saturados, vasculha a mente suja de preocupações e prepara-a para uma leitura atenta e muito cuidada. Tão cuidada quanto o apreço em que ele tem o leitor, ao surpreender-nos com o que faz de melhor e mais bonito - escrever. Preciso de todos estes preliminares para me poder concentrar, ler e voltar atrás, sublinhar, tomar notas e repetir mentalmente muitas das frases, comendo-lhe as sílabas das palavras, uma a uma, como as cerejas. Se as conversas são como as cerejas - umas atrás das outras -, a escrita também. Se não era assim, passa a ser a partir de agora. Decretei-o eu, hoje!
Numa dessas colheitas de leitura sôfrega e sumarenta, deparei com este cacho
“Apetece passear os pensamentos à beira deste mar baboso de tanto tropeçar de sono e de sonho contra as pedras do anteparo da marina e da Avenida …”।
1 comentário:
Grande livro.
Enviar um comentário