quinta-feira, 10 de julho de 2008

Missing the Sea, by Cristóvão de Aguiar and translated from the Portuguese by Diniz Borges

Cristóvão de Aguiar was born in Pico da Pedra, S. Miguel, Açores. He studied in Coimbra, where he has taught English. Besides poetry, he has also published various works of fiction and memoirs. He is also represented in various literary anthologies. He still resides in the university city of Coimbra.


Missing the Sea

Ships leave the island,
Ships arrive at the island…
—The island is a ship
that ran ashore
in the middle of the ocean
and covered itself with sea mist
and penetrated it self with ocean smell
and became accustomed to being
the ridge of a wave…
I left on a ship…
now I feel the emptiness
of missing the sea…
without the sea, all is borders
and the borders choke me…

(Author, Cristóvão de Aguiar)

(Translated from the Portuguese by Diniz Borges in On a Leaf of Blue—published by University of California, Berkeley)

terça-feira, 8 de julho de 2008

Figueira da Foz, O MAR, Relação de Bordo 1964-1988, de Cristóvão de Aguiar.

Figueira da Foz, 22 de Novembro de 1970.
O mar. O eterno búzio da minha infância, segredando-me não sei o quê de esquecidas lembranças. Em frente dele, sinto-me aliviado. Acodem-me aventuras sonhadas noutros lugares e tempos, em que viver cabia dentro do sonho. Até o mar me tiraram.

Figueira da Foz, 27 de Fevereiro de 1977.
Primeiro fim-de-semana passado no campismo. Gostámos todos. A Natureza é milagreira. À noite, os sons vindos do mar encantaram-me. Durante tantos anos habituado a adormecer ao som embalador daquele monstro, soube-me bem revivê-lo.

Cristóvão de Aguiar, in Relação de Bordo (1964-1988).

domingo, 6 de julho de 2008

Polícias-espiões para complementar ordenado, DN Online, por LICÍNIO LIMA

Judiciária surpreendida. Há polícias que, nas horas vagas, trabalham em escritórios de detectives privados para compor o ordenado. Toda a gente sabe. Mas, desta vez, além de quatro agentes da PSP, foi apanhado um inspector que pertencia à 'secreta' da Polícia Judiciária a usar equipamentos da casa
Inspector que espiava pertencia à 'secreta' da PJ
Para complementar o ordenado, polícias e agentes das forças de segurança realizam nas horas vagas serviços de espionagem para escritórios de detectives privados, profissão que, em Portugal, continua por legislar. Quatro agentes da PSP e um inspector da Polícia Judiciária (PJ) foram apanhados em flagrante.

Embora ilegal, esta actividade suplementar dos agentes é sobejamente conhecida, mas os superiores hierárquicos têm fechado os olhos.

"Todos os dias recebo telefonemas de agentes de todas as polícias e forças de segurança a oferecerem os seus préstimos", confessou ao DN Mário Costa, um conhecido detective privado. "É que uma vigilância a uma pessoa durante dois dias pode render 400 euros e a maioria dos elementos da PSP ganha pouco mais do que 800 euros", explicou. Entre fazer um gratificado num banco e um serviço para um detective privado, os polícias preferem este, adiantou.

Para Mário Costa, não fora a rivalidade entre a PSP e a PJ, nunca este caso seria publicitado. "Foi a inveja, pois toda a gente sabe, há muito tempo, que muitos polícias , nas horas vagas, viram detectives privados", vincou, frisando: "Obviamente que não vamos contratar uma velhinha para uma vigilância." E garantiu: "Não há nenhum detective que não receba telefonemas de polícias a pedir trabalho para as horas vagas."

Apanhados

Desta vez, porém, a divisão de investigação criminal da PSP de Lisboa foi para o terreno e apanhou quatro colegas da mesma corporação a prestar aquele tipo de serviços, e também um elemento da PJ.

A presença de um inspector constituiu uma surpresa, uma vez que pertencia ao Departamento Central de Prevenção e Apoio Tecnológico (DCPAT), uma espécie de "secreta" da Judiciária (ver caixa ao lado), e porque usava equipamentos do seu serviço. Entretanto, foi afastado de funções.

Esta investigação começou com a queixa de uma pessoa junto da PSP que afirmava estar a sua vida a ser alvo de devassa. Os agentes começaram a averiguar e concluíram que alguém tinha contratado um detective privado para a seguir. Foi, então, descoberto que para aquele detective trabalhavam vários polícias, quatro da PSP e um da PJ, e também funcionários de empresas de operadoras telefónicas. Todos foram constituídos arguidos.

Para avançar nas investigações, a PSP foi ao DCPAT da PJ fazer buscas na secretária do inspector. A diligência foi dirigida por um magistrado do Ministério Público, João Guerra, o mesmo que investigou o caso Casa Pia. As revistas, quer à secretária quer ao computador, foram realizadas por elementos da Judiciária. As buscas estenderam-se à residência, sendo que, aqui, coube à PSP vasculhar os pertences do inspector.

Conhecendo-se a rivalidade entre a PSP e a PJ, esta investigação caiu muito mal na Gomes Freire, sede da Judiciária. "Foi humilhante", comentou uma fonte ligada ao processo. O director nacional suspendeu de funções o inspector em causa, afastando-o de todo o serviço, tendo desmantelado, também, a brigada a que pertencia. "Os colegas acabaram prejudicados, o que significa uma tremenda injustiça", comentou Carlos Anjos, presidente da estrutura sindical da PJ.

Detectives sem lei

Além dos processos disciplinares, os agentes são também alvo de um processo-crime. A actividade de detective privado não está ainda legalizada em Portugal. Quem a exerce incorre numa pena que pode ir até dois anos de prisão ou a pesadas multas.|

segunda-feira, 30 de junho de 2008

43- Câmara municipal de Coimbra...Cabovisão; Estradas de Portugal; Câmara municipal de Coimbra...

A Câmara continua a encobrir o licenciamento da cabovisão num terreno particular...? em zona de estrada...anteriormente expropriado por utilidade pública?, quer a nascente I C2, quer a poente- Estrada camarária..., da sucateira ilegal, à estação velha em Coimbra.
O denunciante é que não tem credibilidade?...
Só faltava mais esta...
A cadeia não se fez para os cães...

Obrigado Brasil. Vocês são os meus melhores visitantes...

domingo, 29 de junho de 2008

O PODIUM SCRIPTAE APOIA A ESPANHA NA FINAL DO EUROPEU DE FUTEBOL 2008.


Plantilla
Porteros
1 Iker Casillas
13 Andrés Palop
23 Pepe Reina

Defensas
2 Raúl Albiol
3 Fernando Navarro
4 Carlos Marchena
5 Carles Puyol
11 Joan Capdevila
15 Sergio Ramos
18 Álvaro Arbeloa
20 Juanito

Centrocampistas
6 Andrés Iniesta
8 Xavi Hernández
10 Cesc Fàbregas
12 Santi Cazorla
14 Xabi Alonso
19 Marcos Senna
22 Rubén de la Red

Delanteros
7 David Villa
9 Fernando Torres
16 Sergio García
17 Daniel Güiza
21 David Silva »

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Exposição “Palavras da Terra” na Biblioteca Pública e Arquivo Regional em Ponta Delgada 2006 e um pouco por todo o Planeta.

Fotografia: GaCS/BPARPD
















A literatura é uma outra forma de paisagem. Mas nem por isso a geografia verdadeira lhe é indiferente. Muitos dos nossos autores escreveram sobre Portugal, e recriaram nas suas obras uma geografia literária tão colorida e variada como a outra.

É desses contrastes que esta exposição pretende falar - por imagens e por palavras. Tão diverso como o Norte e o Sul, as terras altas e as terras baixas, o litoral e o interior, é o retrato de Portugal que cada autor nos deixou - bucólico, sarcástico, nostálgico ou visionário.

Ao ler os seus escritores portugueses, descubra nos seus livros a outra paisagem da sua terra.

Minho : Camilo Castelo Branco, Júlio Dinis, Pedro Homem de Melo, Guerra Junqueiro.
Trás-os-Montes : Teixeira de Pascoaes, Trindade Coelho, Miguel Torga.
Douro Litoral : Ruben A., José Régio, António Nobre, Raul Brandão, Agustina Bessa-Luís.
Douro : João de Araújo Correia, Agustina Bessa-Luís, Eça de Queiroz.
Beira Litoral : Camilo Pessanha, João José Cochofel, Eça de Queiroz, Manuel Alegre.
Beira Interior : Branquinho da Fonseca, Aquilino Ribeiro, Vergílio Ferreira.
Estremadura : José Rodrigues Miguéis, Sebastião da Gama, David Mourão-Ferreira, Fernando Pessoa (Álvaro Campos).
Ribatejo : Almeida Garrett, Soeiro Pereira Gomes, Rebelo da Silva.
Alentejo : Manuel da Fonseca, Fialho de Almeida, Florbela Espanca, Urbano Tavares Rodrigues.
Algarve : Raul Brandão, Lídia Jorge, Manuel Teixeira Gomes, João Lúcio.
Madeira : João Brito Câmara, Edmundo Bettencourt, Helena Marques.
Açores : Antero de Quental, Vitorino Nemésio, Natália Correia, Cristovão de Aguiar.

Responsável Científica : Clara Crabbé Rocha
Design : José Brandão / Mónica Mendes (Atelier B2)
Fotografia : Nuno Calvet
Produzido : Instituto Português do Livro e das Bibliotecas / 1998

É constituída por 25 cartazes plastificados.

BRASIL:
Minas Gerais :Em comemoração ao Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas - dia 10 de junho - foi aberta a exposição Palavras da Terra, no Anexo Prof. Francisco Iglesias, da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa. Ela fica em cartaz até o dia 4 de julho, e a entrada é franca.
FRANÇA:
Paris.
ALGARVE:
Faro.
SENEGAL:
Dacar.
Visita guiada à exposição Palavras da Terra
A exposição «Palavras da Terra» esteve aberta ao público de 28 de Março a 24 de Abril, na Biblioteca do CLP/IC da Faculdade de Letras e Ciências Humanas da Universidade Cheikh Anta Diop (UCAD) de Dacar.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

ÍNDICE ONOMÁSTICO, do livro Miguel Torga o Lavrador das Letras, Almedina 2007. "Um pequeno livro, mas rico em testemunho"

Índice onomástico:
Fernando Aires 49
Luís Albuquerque 30
Manuel Alegre 51
António Alferes 47
Henri Frédéric Amiel 68
António Arnaut 21, 56
Agustina Bessa-Luís 31
Edmundo Bettencourt 81
Senhor Botelho 28
Bertold Brecht 67
Luís de Camões 59
António Campos 21
Martins de Carvalho 40, 61, 85
Raul Carvalho 51
Camilo Castelo Branco 31
Cardeal Cerejeira 84
Miguel de Cervantes 61
Natália Correia 44,45
Luísa Dacosta 49
Júlio Dinis 37
Eurípedes 67
Serafim Ferreira 54
Vergílio Ferreira 37
Branquinho da Fonseca 81
Irmão Francisco 33
Almeida Garrett 37, 69
Johann Wolfgang Von Goethe 67
Álvaro Guerra 21
Artur João 26
Ben Johnson 67
Silva Júnior 21
Immanuel Kant 67
Manuel Laranjeira 49
Garcia Lorca 67
Filho Luís 76
Viriato Madeira 21
José Manuel de Aguiar 16, 24
Molière (Pseudónimo de Jean-Baptiste Poquelin) 67
José Eduardo Moniz 38
Joaquim Namorado 30
Vitorino Nemésio 31,34, 37, 42, 50
Friedrich Nietzsche 67
Fernando Pessoa 44
Loja das Pintas 28
Carlos Pinto 17
Eduardo Prado Coelho 52
Eça de Queirós 13, 37
Antero Quental 59
Paulo Quintela 25, 26, 28, 31, 32, 34, 35, 36, 51, 61, 62, 63, 64
José Régio 62, 67, 68, 69
Carlos Reis 33, 34
António Resende 54
Aquilino Ribeiro 37
Adolfo Correia Rocha 57, 61, 80
Nelly Sachs 67
Mário do Sacramento 30
Jorge Sampaio 39
José Saramago 55
May Sarton 68
João Gaspar Simões 31
Mário Soares 25, 39
Sófocles 67
General Spínola 26
Miguel de Unamuno 61
Fernando Vale 39
Paula Valente 17
Padre Valentim 27, 66
Paul Valery 35
Gil Vicente 67
Virginia Woolf 68

PS ─ Não introduzi, neste índice, o nome de Miguel Torga, porque aparece mais de cem vezes. Além disso, o livro é sobre ele.

Cyrano de Bergerac

Cyrano de Bergerac
Eugénio Macedo - 1995

TANTO MAR

A Cristóvão de Aguiar, junto
do qual este poema começou a nascer.

Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.

Manuel Alegre
Pico 27.07.2006