

Escrito por Paula Alexandra Almeida
30-Jan-2008
É um livrinho pequeno mas rico em testemunho.
Em “Miguel Torga. O lavrador das letras. Um percurso partilhado”, com chancela da Almedina, o escritor açoriano Cristóvão de Aguiar reúne excertos das suas publicações diarísticas - “Relação de Bordo”, I e II, e “A Tabuada do Tempo - A lenta narrativa dos dias” -, nos quais existem referências a Miguel Torga, fruto da convivência e do intercâmbio que ambos mantiveram durante mais de um ano.
“Os laços afectivos e literários que me enleiam à obra do poeta e escritor Miguel Torga datam de há mais de quarenta anos”, refere, recordando as primeiras impressões da obra do médico, fruto de leituras ainda na Ilha de S. Miguel, enquanto jovem.
Na altura leitor assíduo de Eça de Queiroz, Cristóvão de Aguiar confessa que, “pelo pouco que havia lido, notara logo que o estilo de Miguel Torga era totalmente distinto do cinzelado nas obras do pobre homem da Póvoa de Varzim - mais enxuto, descarnado e de uma seriedade granítica. Ali não se vislumbrava pingo de ironia”.
Foi já em Coimbra, onde se instalou na década de 60, que Cristóvão de Aguiar descobriu verdadeiramente a obra do transmontano. “Só em Coimbra, após a guerra colonial, e já numa idade mais amadurecida, me encafuei de tal forma na obra torguiana, que ainda hoje, passados todos estes anos, continuo a frequentá-la com uma assiduidade de devoto que ainda não esfriou a sua fé”, admite.
“Esta paixão deve ter tido origem não só na prosa apurada com que o escritor lavra cada página de cada livro e me fascina pela simplicidade trabalhada até à placenta da palavra, mas também no facto de a ambiência espelhada nos “Contos” e sobretudo em “A Criação do Mundo” ser idêntica, ou muito semelhante, ao pequeno grande mundo da Ilha onde fui nado e criado”, justifica.
Ainda hoje, confessa ainda o escritor, “a (re)leitura dos livros de Miguel Torga invade-me de uma paz rústica, genuíno oásis neste mundo barulhento, e transmuda-se num conchego caldeado de uma ansiedade mansa”. Torga, acrescenta, “é uma personalidade rebelde e inquieta e reflecte-a como poucos em toda a sua vasta obra”.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
Cristóvão de Aguiar recorda momentos vividos com Miguel Torga, In CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS
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MUSEU DO SABUGAL, EXPOSIÇÃO DO ESCULTOR FERNANDO MONTEIRO FERNANDES.
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Secção: A Arte do Ferro. F.M.F., Soito Sabugal
sábado, 2 de fevereiro de 2008
8- Carlos Encarnação, Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, seriamente comprometido com "stand Ilegal".
CÂMARA ENCOBRE INSTALAÇÕES DA CABOVISÃO E ACEITA PROJECTO DE ARQUITECTURA FALSO ONDE CONSTA QUE NO MESMO LOCAL ESTÁ A TV CABO, quando é a CABOVISÃO QUE OBTEVE O LICENCIAMENTO URBANO DENTRO DESTE DEPÓSITO ILEGAL DE VEÍCULOS E SUCATAS.
Carlos Encarnação, presidente da Câmara Municipal de Coimbra, não instaurou qualquer processo aos proprietários desta aberração à entrada de Coimbra, apesar de ter sido formalmente notificado em Agosto de 2006 e Outubro de 2007.
O que existe é um pedido de licenciamento por parte de um dos proprietários, em que a Câmara aceitou como boas, declarações falsas e aceitou um projecto de arquitectura referente a uma casa de habitação, onde se afirma que este stand ilegal possui água e luz dos SMASC e da EDP.
Projecto falseado onde se incluem uma instalações da TV CABO, Vide Foto, quando na verdade, lá se encontra a CABOVISÃO, que obteve junto dessa autarquia o licenciamento com o mesmo artigo matricial que agora é apresentado para este Stand Ilegal e que põe em perigo a segurança dos prédios contíguos, é um atentado ambiental e urbanístico.
A Câmara Municipal de Coimbra não pode ignorar estes factos oportunamente denunciados.
Estamos, na minha modesta mas segura opinião, perante um caso de grave incumprimento da legislação em vigor e que deve ser causa de perda de mandato.
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Secção: CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA URBANISMO, COIMBRA, ILEGALIDADES
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
O Escultor Fernando Monteiro Fernandes, expõe no Museu do Sabugal
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Vai estar patente ao público, na sala de exposições temporárias do Museu do Sabugal, de 02 de Fevereiro a 02 de Março de 2008, uma exposição de trabalhos em ferro forjado da autoria de Fernando Monteiro Fernandes.
Fernando Monteiro trabalha o ferro com mestria na sua oficina na vila do Soito e apresenta-nos um conjunto de obras escultóricas dotadas de imensa originalidade e denotando uma incrível inspiração, talento e trabalho valoroso.
A exposição será inaugurada no dia 02 de Fevereiro de 2008, pelas 16h00 e estará aberta a todos quantos queiram participar e homenagear o artista.
Pode ser visitada de terça a sexta-feira das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30. Encerra à segunda-feira e feriados. Relembramos que a entrada para as exposições temporárias é gratuita.
In Cinco Quinas, N.º 83 - Ano VIII - Fevereiro de 2008.
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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Cristóvão de Aguiar Homenageado pela Calendário de Letras na Festa do Livro entre 8 e 24 de Fevereiro de 2008 na Cidade do Porto.

Porto: 100 mil livros em saldo a partir de 8 de Fevereiro
Mais de 100 mil livros vão estar à venda no Mercado Ferreira Borges, no Porto, entre 08 e 24 de Fevereiro, na feira «Festa do Livro», disse hoje à Lusa Francisco Curralo, da Calendário de Letras, que organiza o evento.
«Mais de uma centena de editoras estarão representadas nesta feira, que será constituída não só por livros já descatalogados, mas também por livros bastante recentes que já não têm lugar nos escaparates das livrarias», disse aquele responsável.
Francisco Curralo explicou que «o comércio livreiro actual obriga a uma grande rotatividade nos livros oferecidos pelas livrarias para venda, o que retira prematuramente da vista dos leitores excelentes livros, apenas escassos meses após a sua edição».
«Por outro lado, o comércio está na época dos saldos e os livros também não escapam à tendência«, acrescentou Francisco Curralo.
O responsável referiu que todos os livros oferecidos nesta iniciativa terão descontos que vão desde os 30 aos 80 por cento sobre o preço original.
«Aconselho todos os interessados a que não deixem de ir à feira nos primeiros dias, porque, embora haja reposições ao longo dos 17 dias, há sempre livros que esgotam entre os mais apetecíveis», disse Francisco Curralo.
Durante a Festa do Livro, a Calendário de Letras vai homenagear o escritor açoriano Cristóvão de Aguiar, autor de uma vasta obra de que se destaca a trilogia de romances «Raiz Comovida», estando o escritor convidado a vir ao Porto para participar na homenagem.
Nascido na Ribeira Grande, Ilha de S. Miguel, em 1940 Cristóvão de Aguiar terminou a licenciatura em Filologia Germânica na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, em 1968, já depois de ter participado na guerra colonial, na Guiné, entre 1965 e 1967.
Foi professor no ensino secundário de Leiria, tradutor na Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra (1972) e redactor da revista Vértice (1967-82).
É desde 1972 leitor de Língua Inglesa na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, onde reside.
Como escritor recebeu o prémio Ricardo Malheiros (A Semente e a Seiva, 1978) e o Grande Prémio de Literatura Biográfica APE/CMP (Relação de Bordo, 1999), e o Prémio Nacional Miguel Torga, pelo livro «Trasfega».
Foi agraciado em 2001 com a Ordem do Infante D. Henrique.
«Ciclone de Setembro«, »Grito em Chamas«, »Passageiro em Trânsito«, »O Braço Tatuado«, »Marilha«, »À Mesa da Tertúlia«, »A Descoberta da Cidade e outras histórias«, »Emigração e Outros Temas Ilhéus« e a tradução de A Riqueza das Nações, de Adam Smith, são algumas das suas obras.
Em 2005 foi homenageado pelos quarenta anos de vida literária pela Faculdade de Letras em conjunto com a Reitoria da Universidade de Coimbra, publicando o livro »Homenagem a Cristóvão de Aguiar - 40 anos de vida literária«.
O programa cultural completo da »Festa do Livro«, que será anunciado nos próximos dias, inclui ainda uma homenagem a uma editora do Porto, cujo nome será divulgado nessa ocasião.
In Diário Digital / Lusa
30-01-2008 16:39:00
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quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Paulo Quintela e Cristóvão de Aguiar, por Bárbara Borges.
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terça-feira, 29 de janeiro de 2008
segunda-feira, 28 de janeiro de 2008
domingo, 27 de janeiro de 2008
MEMÓRIAS DO ROCK PORTUGUÊS, 3.ª EDIÇÃO, DE ARISTIDES DUARTE, Professor, Jornalista, Bloguista e Melómano.
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Prefácio de António Manuel Ribeiro (UHF)
Faz-nos falta a memória para sabermos do hoje.
Há tarefas que são profundamente necessárias à nossa vida colectiva destes dias e, no entanto, permanecem ignoradas, esquecidas, até porque os tempos de aperto aconselham a sobrevivência desesperada. Mas, como no exemplo recorrente do deserto (para mim um local sempre purificador, um espelho), a imagem que não é miragem mostra que há vida e beleza para usufruir.
Tudo isto a propósito da responsabilidade que é prefaciar este compêndio do conhecimento musical português moderno do João.
Era uma história que faltava fazer, com lucidez jornalística, usando os traços fortes da síntese (a crítica fica para depois, para quem adquire a obra e a ouve), delineando a história do Pop/Rock luso com raízes antes da revolução política de Abril de 1974 até aos nossos dias. Primeiro, os movimentos, as modas musicais suscitadas em cada época; depois as biografias dos artistas e dos grupos; e por fim a escolha e (aí sim) a crítica discográfica com toda a vontade de mostrar e nenhuma de destruir.
Conheci o João através de uns recortes que regularmente recebia de uma empresa especializada em analisar e tratar notícias. Naturalmente o material recebido era sobre os UHF. Várias vezes parei para analisar o que um sujeito, desterrado na fria, forte e farta Guarda, escrevia sobre nós e sobre os meus colegas de aventura nos finais dos anos 70. Acreditem que, por várias vezes, fiquei espantado com a minúcia dos factos relatados. Glória a este homem que tem memória, pensei amiúde; aplausos para este melómano do Rock português e periféricos, reafirmo. Ainda bem que todo esse trabalho e toda essa paixão preocupada correram para este livro que agora começais a abrir.
Mais tarde encontrei o João Aristides Duarte ligado ao mundo dos espectáculos na sua região: fazia-o por hobby; importava-lhe que o artista contratado para a festa na terrinha tivesse obra de valor e qualidade cénica. Habituei-me, nesta profissão a que pertenço há tanto tempo, que não está felizmente tudo adquirido: há sempre, um pouco por aí, como as belezas naturais que as promoções turísticas formatadas esquecem, qualquer coisa de bom, de intrinsecamente nosso, por descobrir – o João é um artífice desses.
É preciso também referir neste ponto da prosa que ele é professor primário, por isso ocupado, por isso a sentir na pele e no carácter o reboliço destes tempos de encruzilhada social. Manter ao longo de oito anos uma crónica regular de pesquisa e análise do que se fez (história) na música portuguesa moderna, mantendo actualizada a escuta do que se faz no presente (há cada vez mais discos com edição de autor difíceis de encontrar), é obra! Tiro-lhe o chapéu, naturalmente.
“Memórias do Rock Português” vem completar a amostragem da nossa música popular iniciada com “Escrítica Pop” (Ed. Assírio & Alvim, 1982, com reedição em 2003), de Miguel Esteves Cardoso; “A Arte Eléctrica de Ser Português – 25 Anos de Rock’n Portugal” (Ed. Bertrand, 1984), de António A. Duarte; “Musa Lusa” (Ed. Hugin, 1997), de Jorge Lima Barreto; “Os Melhores Álbuns da Música Popular Portuguesa” (Ed. Jornal Público, 1998), de vários autores; e “Música Ligeira Portuguesa” (Ed. Círculo de Leitores, 1998), de Luís Pinheiro de Almeida e João Pinheiro de Almeida. É, naturalmente, o mais completo de todos, não só por ser o último mas também porque cuidou de ir atrás no tempo, cruzando nomes, projectos alternativos com elementos de bandas estabelecidas (uma peculiaridade muito nossa), desenhando na areia do deserto, onde quase sempre a música vive (cada um de per si), os trilhos das fugas dos músicos em busca de novas e noivas experiências.
Obrigado, senhor professor, pelo seu tempo, por este cuidado e pela coragem de reunir o seu conhecimento sobre nós em livro.
António Manuel Ribeiro (UHF)
Músico
Fevereiro de 2006
O PODIUM SCRIPTAE RECOMENDA ESTA GRANDE ENCICLOPÉDIA DO ROCK PORTUGUÊS.
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Secção: Livros, Soito Sabugal
TANTO MAR
do qual este poema começou a nascer.
Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.
Manuel Alegre
Pico 27.07.2006










