quinta-feira, 30 de agosto de 2007

CRISTÓVÃO DE AGUIAR ULTIMA CONCLUSÃO DO LIVRO "CHARLAS SOBRE A LÍNGUA PORTUGUESA"

Cristóvão de Aguiar, ultima a concepção do livro "Charlas Sobre a Língua Portuguesa".
As "Charlas" são lições e apontamentos sobre os erros mais comuns praticados pelos falantes da Língua Portuguesa. Foram publicadas, individualmente, em diversos jornais, a saber: Diário de Coimbra, Diário Insular, Comarca de Arganil, Nova Guarda, Correio dos Açores e Ilha Maior. Tiveram grande aceitação dos leitores e os mais rasgados elogios.
No livro, o autor dá exemplos práticos dos erros mais facilmente cometidos pelos falantes em geral e formula a sua correcção em textos de leitura agradável e didáctica.
Cristóvão de Aguiar, com a publicação deste livro, consolida e reforça a faceta de pedagogo na sua obra literária, sendo este mais um contributo muito válido para a Língua Portuguesa, por parte deste Autor.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

PASSAGEIRO EM TRÂNSITO - CRÍTICA DE ELOÍSA ALVAREZ

Eloísa Alvarez
18 de Março 2001

Ayer, sábado, acabé de leer tu Passageiro em Trânsito y, como es mi costumbre y respondiendo también a lo que me pedías, quiero decirte que, con el subtítulo que le diste, preveías ya la sensación de extrañeza del eventual lector ante un libro de estructura provisional y, sobre todo, tan inestable como la superficie de ese océano que invade los laberintos de tu alma y de tus huesos. Sensación que procede también de la dificultad de identificar un género literario en que se armonizan memorialismo, biografismo y ficción, en torno de ese tu "yo", que es el punto de convergencia y de irradiación de las sucesivas oleadas de hechos, y, mayoritariamente, de palabras. Y el lector no está acostumbrado a semejantes innovaciones literarias.
No sé si me interesó especialmente la sobreposición erótica Isla – Mujer, ni si el desgarrar las fotografías puede representar un comienzo y un final narrativos. Tampoco importa mucho.
Lo que sí te digo es que en tu Passageiro... se integran relatos deslumbrantes, hechos humor y ternura (Joe Perry y su viuda; el Ecce Homo; Antília) que parecen querer desgajarse del marco en que el autor los encerró y alcanzar la vida autónoma que merecen. Estas historias me hicieron pensar en un realismo mágico, pero no en el latino-americano, sino en otro, más levemente diluído pero tan profundamente perturbador como aquél, y que tal vez pueda entroncar con un "sentir la realidad", más cercano a las brumas atlánticas de vuestra literatura azoreana y que, en caso de existir, tal vez goce de un canon estético que la identifique. Pero tú sabes mucho más de ésta que yo.
Y también sentí de nuevo Ia seducción de tu lengua, magma en ebullición que roba nuestra mirada y la fija en las pequenas y múltiples incandescencias azoreanas (qué bonita palabra: emarouviado), en los expresivos neologismos que creas a partir del sentimiento (estrenoitados), o del hibridismo lingüístico (tan refrescante y deliciosa que debe saber aquella biínha, bebida entre afectos azor-americanos).
Con lo que, también te digo, no envidiaría al traductor que alguna vez se atreva a dar una versión de tu Passageiro ... en otra lengua que no sea la de Cristóvão de Aguiar. Tendría que reiventar una lengua a partir de la que tú has ido creando.

A TABUADA DO TEMPO - FUNDAMENTAÇÃO DO JURI PARA A ATRIBUIÇÃO DO PRÉMIO LITERÁRIO MIGUEL TORGA - 2006

A TABUADA DO TEMPO. A lenta narrativa dos dias.

Cristóvão de Aguiar

Prémio de Narrativa Miguel Torga - Cidade de Coimbra, 2006.



A aparente insignificância de cada instante do dia ou da noite é transcendida por Cristóvão de Aguiar com a paixão de quem vive esses momentos como se fossem os últimos, os definitivos da sua vida: ungindo-os, - como se de um feito religioso se tratasse - com o amor, numa sacralização invasora que inclui quer o erotismo ( Ela), quer o humanismo ( o Outro, feito bicho – o Isquininho, o Adonis - ou feito Homem).
E a memória, desencadeada pela sensualidade do aroma de uma flor, ou do toque aveludado de uma pele ou de um objecto, das cores da terra, do ar, da água, ou do inquietante tilintar de uma bigorna, lança as pontes dos emotivos encontros e desencontros que vivificam a sua infância, o longe, o sentimento de momentâneas ausências que o tempo foi transformando em definitivas.
São, no entanto, as páginas dedicadas à própria escrita as que consubstanciam a oração mais intensa que percorre esta Tabuada do Tempo. Oração diversificada em metáforas referidas à palavra (“o seu coração de magma batendo na chaga esquerda do peito”) ou ao escritor (“barco á deriva, com estragos na quilha”). Poucas vezes nos é dado assistir a uma luta tão agónica para atingir a perfeição da palavra como esta a que o escritor aqui se entrega. É na sua inatingível procura que se debate, convicto de que a sua salvação como ser humano encarna-se nela e convicto também de que a sua sina vai ser a de nunca atingir nem uma nem outra.
O humor franco e aberto que perpassa estas páginas e que consegue os seus mais originais registos na escatologia manifestada em frases (“ventosidades silentes ou sonorosas”) ou vertida em histórias (a referente a dona Prudência e o Ti Zé Peidão), estabelece um contraponto na expressão, refreando o ímpeto desse sentimento de incompletude que percorre o livro e que parte da solidão para desaguar na solidão, após a penosa travessia feita no deserto por uma afectividade, por uma criatividade e por uma autenticidade absolutamente invulgares numa época como a nossa, em que impera a forma mais banal e inócua das narrativas light.
Cada frase desta Tabuada do tempo transforma-se numa revelação estilística, com descobertas lexicais e sintácticas que, iludindo a divagação, partem da procura no cerne da língua portuguesa, identificando o estilo de um autor que mostra nesta obra o ponto mais alto da sua maturidade literária.
Eloísa Alvarez

Universidade de Coimbra, 18.06.06.

TRASFEGA - Fundamentação da atribuição do Prémio Literário Miguel Torga/Cidade de Coimbra, 2002.

Estamos convictos, após a leitura destes doze contos, de que Francisco Carreiro [pseudónimo com que Cristóvão de Aguiar concorreu ao Prémio Literário Miguel Torga/Cidade de Coimbra] faz parte daquela cada vez mais rara estirpe dos genuínos contadores de histórias. De que, vista a sua extraordinária capacidade de efabulação, estas histórias podiam ser apenas o início de muitos outros volumes arquitectados pela mesma imaginação prodigiosa e, ainda, de que cada um dos personagens que as povoam leva em si o germe de muitos outros possíveis relatos que podem um dia vir a ser escritas por ele.
No livro fica gravada uma reflexão pessoal sobre o que é ser homem no Portugal contemporâneo, dentro de uma filosofia humanista em que o autor, o narrador, as personagens, e a ambiência formam um núcleo indissociável da problemática da condição humana, com a crítica ao belicismo, à exploração do homem pelo homem, à sua emigração, à falsidade dos códigos morais imperantes. O seu posicionamento leva-o a constituir-se em testemunha desconfortavelmente invulgar da História contemporânea portuguesa. E é nesta reflexão que se instaura a temática, a começar por “Trasfega”, a história inicial, em que o autor, em permanente diálogo com o espírito da terra açoriana, com essa Ilha que faz parte dele, desce, numa viagem vertiginosa, às funduras da sua condição de homem-escritor sem renunciar a ser ele próprio, mesmo quando se descobre como um nó-cego de contradições. Aspecto igualmente a destacar é a denúncia da alienação do povo na época do Estado Novo, inserida no dramatismo arrepiante da história de “Liberto”, que encerra o volume, e na condenação da guerra colonial nas imagens delirantes, fortemente impressivas, que envolvem o surrealismo do pesadelo do ex-combatente na guerra da Guiné, em “A noite e a sombra”. O estilo, que transmite a fluência do discurso oral, percorre todos os registos conotativos da linguagem: a malícia mordaz em que assenta o diálogo amoroso e que envolve a sua crítica ao tradicional estatuto do sacerdócio; a ironia de raiz popular impressa no desfecho de “A Prenda”, contrapartida irreverente do milagre das bodas de Cana; a intensidade lírica que envolve a ligação do narrador à terra, aos homens, ao sentimento. Foi a valorização dos elementos referidos que nos levaram a dar o nosso voto a Trasfega.

Eloísa Alvarez - in "homenagem a Cristóvão de Aguiar 40 anos de vida literária.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

TRASFEGA (CASOS E CONTOS) Prémio Literário Miguel Torga 2002

Um prémio a condizer com a obra premiada


Sottomayor
In A Capital
23 de Julho de 2003








(…)O paralelo pode parecer despropositado e, no entanto, Torga paira por sobre a obra do escritor açoriano. Claro que sabemos que os abalos telúricos não são fenómenos habituais em Trás-os-Montes nem os vulcões foram exactamente o substrato do Marão. Mas o apego à terra, a lonjura (ditada num lado pela insularidade e noutro pela interioridade), a cultura própria, as figuras que perpassam, uma espécie de honradez colectiva, a crueldade de uma troça em que o mesmo povo bom é também mestre, são os mesmos.

As narrativas de Trasfega são, pois, antes de mais um testemunho de portugalidade. São vividas em São Miguel ou na Terceira como o seriam, sem esforço aparente, em Trás-os-Montes ou nalguns pontos do Alentejo. O espírito profundo de um povo, nos seus arroubos de gigante corajoso e nas suas cobardias de medroso mesquinho, captado magistralmente pelo Torga dos Contos da Montanha ou mesmo, servindo-se da fábula, dos Bichos, permanece vivo neste volumezinho de casos de contos, passado quase todo em terras do meio do mar, como que a mostrar à evidência a raiz comum. Em vez da Maria Lionça, do Lopo ou do Leproso das Fragas do Marão, temos aqui, noutras longitudes, retratos como o de José Maiato, o “Língua de Fogo”, ou de Mestre Libório e da sua ciência espertalhona que consistia em dizer à mulher o contrário do que pretendia, para assim obter o desejado.

Claro que “espírito” é uma coisa e “estilo” é bem outra. Cristóvão de Aguiar tem o seu, bem próprio e usa um português de lei, que, se o termo não deu azo a interpretações malévolas e despropositadas – diríamos “à antiga”, quando os sujeitos, os predicados e os complementos viviam em estranha harmonia e formavam frases com sentido, sonoridade e até musicalidade quando fosse necessária...

Mais qualidades não serão necessárias, de momento, para demonstrar a afinidade entre o poeta que serviu de “padrinho” ao prémio e o “afilhado” que lhe fez jus. Ficou aberto o apetite para ler melhor a obra publicada por Cristóvão de Aguiar e esperar com interesse pelos novos trabalhos.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

CRISTÓVÃO DE AGUIAR: VOTO DE CONGRATULAÇÃO, proposto em 27-06-2006 pelo PS na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.








VOTO
Legislatura VIII
Nº Entrada 2026
Data entrada 27-06-2006
Titulo Voto de Congratulação
Autores • PS
Assunto Atribuição do Prémio Miguel Torga ao escritor açoriano Cristovão de Aguiar.
Data apre. em plenário 27-06-2006
Resultado Aprovado por unanimidade

Voto de Congratulação: "Prémio Literário Miguel Torga"

Na passada semana recebemos a notícia, Cristóvão de Aguiar ganhou o Prémio Literário Miguel Torga – Cidade de Coimbra 2006 com o livro “A Tabuada do Tempo”. Esta é a segunda vez que o escritor da ilha de São Miguel, cidadão açoriano, é galardoado com este prémio bienal, isto porque já em 2002, o havia ganho com a obra “Transfega”. Cristóvão de Aguiar é licenciado em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. O seu primeiro livro foi lançado em 1965, pouco tempo antes de prestar serviço militar na Guerra Colonial na Guiné. Ao longo da sua carreira escreveu várias obras de poesia e prosa, tendo recebido os prémios Ricardo Malheiros da Academia de Ciências de Lisboa e o Grande Prémio da Literatura Biográfica da Associação Portuguesa de Escritores. Em 2001, foi agraciado pelo então presidente da República Jorge Sampaio com a Ordem do Infante D. Henrique; em 2005 foi homenageado pela Faculdade de Letras em conjunto com a Reitoria da Universidade de Coimbra, que publicaram o livro: “Homenagem a Cristóvão de Aguiar- 40 anos de vida literária”. Há pouco tempo e, nesta Assembleia, onde todos os dias, também, celebramos a nossa língua portuguesa, o autor Cristóvão de Aguiar foi referido; tendo-se esta mesma Assembleia congratulado pela passagem de 40 anos da sua vida literária. Na altura, relembro aqui, dissemo-lo: “Passageiro em Trânsito de Raiz Comovida”. Hoje, repetimo-lo, não sem antes, reafirmar também, que a sua “Relação de Bordo” com as palavras, os lugares e as pessoas, porque próxima e mais que chegada ao coração, é a prova de que Cristóvão de Aguiar respeita e usa como ninguém a Língua Portuguesa, dignificando-a. Assim soubéssemos todos: picar a pedra das palavras, de modo a torná-las grandes como as ribeiras. Cristóvão de Aguiar é condutor de uma “epopeia sem reis”, tal como escreveu “Aos Poetas”, Miguel Torga, rogando-lhes que fossem:
“ (…) homens de tamanho natural!/ Homens de toda a terra sem fronteiras!/ De todos os feitios e maneiras,/ Da cor que o sol lhes deu à flor da pele!/Crias de Adão e Eva verdadeiras!/ Homens da torre de Babel!/ Homens do dia a dia/ Que levantem paredes de ilusão!/ Homens de pés no chão,/ Que se calcem de sonho e de poesia/ Pela graça infantil da vossa mão!”
Ao abrigo das disposições legais aplicáveis, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista propõe que a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, reunida em Sessão Plenária, no dia 27 de Junho, emita um voto de congratulação ao escritor Açoriano pela atribuição do Prémio Miguel Torga, Cidade de Coimbra 2006. Horta, Sala das Sessões, 27 de Junho de 2006

Mariana Matos
JS no Parlamento Quarta-feira, Junho 28, 2006

Cristóvão de Aguiar: VOTO DE SAUDAÇÃO, proposto em 21-02-2006, pelo Grupo Parlamentar do Partido Socialista da Região Autónoma dos Açores.












VOTO
Legislatura VIII
Nº Entrada 551
Data entrada 21-02-2006
Titulo Voto de Saudação
Autores • PS
Assunto 40 anos de vida literária de Cristóvão de Aguiar.
Data apre. em plenário 21-02-2006
Resultado Aprovado por unanimidade

Voto de Saudação: "40 anos de Vida literária de Cristóvão de Aguiar"
A obra literária de Cristóvão de Aguiar destaca-se, no panorama da Literatura Portuguesa, por manter uma Relação de Bordo com as palavras, os lugares e as pessoas e por um enorme respeito pelo uso da Língua Portuguesa. Cristóvão de Aguiar é um Passageiro em Trânsito de Raiz Comovida. Nasceu em 1940, na freguesia do Pico da Pedra, ilha de São Miguel. Completou o curso complementar dos liceus em São Miguel, em 1960 e matriculou-se em Filologia Germânica na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Em 1964, interrompeu os estudos para cumprir serviço militar como oficial miliciano. Depois de dois anos na guerra na Guiné, regressou a Coimbra, onde concluiu o curso e ficou como professor de Inglês, na mesma Universidade. De entre a sua vasta obra destacam-se os títulos “Raiz Comovida I – A Semente e a Seiva“ (1978), que venceu o Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de Lisboa, “Relação de Bordo I – Diário ou nem tanto ou talvez muito mais” (1964-1988), vencedor do Grande Prémio da Literatura Biográfica da Associação Portuguesa de Escritores, “Raiz Comovida: Trilogia Romanesca (2003), Trasfega – Casos e Contos” (2003), vencedor do Prémio Literário Miguel Torga/Cidade de Coimbra e “Nova Relação de Bordo – Diário ou nem tanto ou talvez muito mais”. Além destas obras, é autor de muitos outros títulos, de entre os quais, destacamos: “Braço Tatuado”; “Ciclone de Setembro”, “Grito em Chamas”, “Passageiro em Trânsito”, “Marilha”, “Com Paulo Quintela à mesa da Tertúlia” e “A descoberta da Cidade”. Foi, ainda, o tradutor da obra de Adam Smith: “A Riqueza das Nações”. Em Setembro de 2001 o autor foi agraciado pelo Presidente da República com o grau de Comendador da Ordem do Infante Dom Henrique. Cristóvão de Aguiar trouxe para as páginas da Literatura Portuguesa a irreverência dos sentimentos num cruzamento de linhas escritas por lugares e tempos diferentes; assentados num modo de escrever exigente, não só em termos de aperfeiçoamento de estilo, mas também, do ponto de vista linguístico, dotando as suas obras de um rigoroso trabalho das palavras, enquanto pertença primeira da Língua Portuguesa. O Livro “Homenagem a Cristóvão de Aguiar 40 anos de vida literária”, editado pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, dirigido e coordenado por Ana Paula Arnaut, foi recentemente apresentado em Ponta Delgada. Dele podemos dizer que é um escrevivente. Escrevendo e vivendo ligado a Marilha. Palavra que, além de título de um dos seus livros, poderá ser também, para lá dos seus significados próprios, sinónimo de Pico da Pedra, São Miguel, Açores e Açorianos. Ao abrigo das disposições legais aplicáveis, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista propõe que a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, reunida em Sessão Plenária, no dia 21 de Fevereiro de 2006, emita um voto de congrutalção à passagem dos 40 anos de vida literária de Cristóvão de Aguiar, recentemente assinalados na sua ilha de São Miguel, aquando da apresentação na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada, do livro, intitulado: “Homenagem a Cristóvão de Aguiar 40 anos de vida literária”.
Horta, Sala das Sessões, 21 de Fevereiro de 2006

JS no Parlamento Sábado, Fevereiro 25, 2006

Cyrano de Bergerac

Cyrano de Bergerac
Eugénio Macedo - 1995

TANTO MAR

A Cristóvão de Aguiar, junto
do qual este poema começou a nascer.

Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.

Manuel Alegre
Pico 27.07.2006