quarta-feira, 21 de novembro de 2007

CRISTÓVÃO DE AGUIAR, PANFLETÁRIO. ... 1969

CLICAR NO TÍTULO PARA VER CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO 25 DE ABRIL

In Diário de Coimbra.

Marilha, Diário de Coimbra, 22-04-2005


terça-feira, 20 de novembro de 2007

MARILHA, DIÁRIO INSULAR, 20-04-2005

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sábado, 17 de novembro de 2007

COMEÇA HOJE A PUBLICAÇÃO, NESTE BLOGUE, DO LIVRO "MIGUEL TORGA NA OBRA DE CRISTÓVÃO DE AGUIAR", DE JOSÉ MANUEL DE AGUIAR.

Coimbra, 15 de Novembro de 1973
Hoje conheci Miguel Torga em carne e osso. A meio da tarde, fui ao seu consultório de otorrino, no Largo da Portagem. Acompanharam-me o Álvaro Guerra, o António Campos e o António Arnaut. Ninguém estava doente. O assunto que nos levava ali era bem outro. De ordem político-cultural. Uma livraria que se há-de chamar “Encontro” e que se destina a actividades culturais e oposicionistas, cuja sede eu acabara de arrendar por cinco mil escudos mensais, na Rua Oliveira Matos, junto às escadas monumentais e à Associação Académica. Já há muito que ansiava por este encontro. Desde que vim para esta cidade, há mais de treze anos, que o via passar na Baixa, rumo à Coimbra Editora. Foi o primeiro grande escritor que vi de perto, na rua, entre o comum dos mortais. Fiquei impressionado. O primeiro livro que dele li, era ainda aluno do Liceu de Ponta Delgada, foi o Traço de União, exemplar que ainda conservo e me custou vinte e dois escudos e cinquenta centavos. Encomendei-o no Bureau de Turismo Terra Nostra ao senhor Silva Júnior. Para ser mais exacto, dirigi-me lá com o Viriato Madeira, que, por sua vez, pediu que lhe mandassem vir o romance Vindima. Três semanas mais tarde, chegaram os livros do Continente. Cada um leu o seu e depois trocámos os exemplares. Nessa altura, tanto eu como o Viriato líamos e relíamos Eça de Queirós, de maneira que nos fez bem o salto para uma literatura mais telúrica, um estilo mais enxuto, uma prosa precisa e muito pouco esparramada. Ficámos por aí em matéria de literatura torguiana. Só a partir de 1967, no regresso da guerra colonial, é que eu viria a entrar na obra de Torga. E nela ficar até hoje, encantado.
Não deixa de ser curioso o motivo por que me aproximei da obra desse grande escritor transmontano. As tertúlias que ao tempo assiduamente frequentava não se perdiam de amores pelo poeta de Orfeu Rebelde. Dele se dizia cobras e lagartos e contavam-se histórias em que ele saía sempre mal ferido. De tanto lhe baterem, tive vontade de lhe visitar a obra. Comecei pel’A Criação do Mundo. Depois foi a vez do Diário, e assim por diante. Deslumbrei-me. Fiquei visita íntima dos seus livros, que me não canso de reler. Hoje conheci-o pessoalmente. Chegou ao consultório um pouco mais tarde do que a hora combinada. Pediu desculpas e justificou o atraso com o facto de a sua perdigueira ter acabado de parir cinco cachorros e ele ter ficado a assisti-la. E contou com tal vivacidade e colorido os pormenores do parto, que parecia estarmos a ouvir ler um conto inédito de Bichos pela boca do próprio autor… Falou depois do Quinto Dia de A Criação do Mundo, anunciado há mais de trinta anos e ainda em original, que levantou da secretária apinhada para nos mostrar: “Já o reescrevi mais de trinta vezes”, disse, “e ainda não está como quero, sou muito lento na escrita”. Enclausurado no meu silêncio, bebia-lhe as palavras, gota a gota. A dada altura, olha para o relógio e exclama, aflito: “O comboio já chegou e eu que me tinha esquecido de ir buscar minha Mulher, que vem de Lisboa”. Despiu a bata, disse-nos que esperássemos um pouco, enquanto ia à Estação Nova, ali a dois passos. Saiu a correr como se fosse um adolescente que acaba de cometer uma falta e quer repará-la. Mal saiu do consultório, aproximei-me da secretária e folheei o original do Quinto Dia. Tive a mesma sensação que um dia, menino da catequese, experimentei, ao pegar no cálix das consagrações. Um dos meus companheiros chamou-me logo a atenção – ih, estás bem amanhado! – para o acto profanador que acabara de praticar, ao tocar num objecto sagrado, privilégio que pertencia aos iniciados e eleitos…
(Cristóvão de Aguiar)

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

terça-feira, 13 de novembro de 2007

EUGÉNIO MACEDO ESCULPINDO O SANTO ANTÓNIO, NUM TERRENO EMPRESTADO, NO SOITO SABUGAL, 1996 - MAIO.

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Nos próximos dias publicarei pinturas de Eugénio Macedo inspiradas em textos da obra de Cristóvão de Aguiar, e não só, que lhe li, sentados ao lume, em serões de frio, arte e sonho.

domingo, 11 de novembro de 2007

1996-PORTUGAL MONUMENTO COMEMORATIVO DO 8.º CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE SANTO ANTÓNIO, POR LAPA, ARLINDO NEVES E MESTRE EUGÉNIO MACEDO.

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"Por sua vez, a escultura deve-se ao empenho dos senhores Dr. José Manuel de Aguiar (Advogado), e Arlindo Pereira das Neves, que tiveram o apoio monetário e material dos habitantes de Tovim, Picoto, Casal do Lobo, Dianteiro, Roxo, Casal da Misarela, Cova do Ouro e Vale de Canas, bem como da Junta de Freguesia dos Olivais. [...]
Eugénio Macedo:
O escultor, tem espalhada a sua obra, a maioria na Região Centro, e ainda, em Braga e França. Neste país salienta-se: Monumento ao Obelix; Napoleão de Bonaparte.
Trabalha, sobretudo, o granito. Procede a restauro de monumentos e está representado em inúmeras colecções particulares e de instituições. Debruça-se, também, sobre trabalhos em pintura, vitral, e arte sacra. Autor da estátua de Santo António, em Vale de Canas, monumento comemorativo do oitavo centenário do nascimento do taumaturgo português."

(in Estátuas de Coimbra, págs. 43 a 46, 2005 - GAAC, 229 págs. do Dr. Mário Nunes, Historiador, Escritor e Vereador da Cultura da Câmara Municipal de Coimbra)

Este evento protagonizado pelo lapa não teve direito a qualquer menção, depreciativa que fosse, no diário a Tabuada do Tempo, de Cristóvão de Aguiar, que se reporta ao ano de 1996. Sublinho esta omissão! Santos da Casa... Até seria muito interessante o diálogo sobre este assunto com a sua mãe, a minha avó da América. Sempre nos teria trazido um testemunho não desprezível nesta matéria...

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

CONTINUO À ESPERA QUE ME SEJA ENDEREÇADO O CONTRATO DE EDIÇÃO DO LIVRO SOBRE MIGUEL TORGA, UMA VEZ QUE A ALMEDINA O ENDEREÇOU À PESSOA ERRADA.

A Editora Almedina, admito que por lapso, enviou o contrato do livro Miguel Torga O Lavrador das Letras um percurso partilhado ao Dr. errado.
O livro foi enviado pelo Dr. Dias de Aguiar, LAPA NESTE BLOGUE,que sou eu, à editora Almedina, se ela enviou o contrato a um autor errado, o que me transcende de todo, e se após ter conhecimento deste facto o ignora também está a incorrer em responsabilidade civil, depois de ter tomado conhecimento da reivindicação da autoria da obra, que foi enviada à mesma pessoa a quem enviei o livro para apreciação.
Portanto, se tiver que processar alguém por via desta autoria a Editora Almedina também não está isenta de responsabilidade, não julgue que isto é um mero litígio inter partes , de terceiros, do qual é alheia.
Espero uma satisfação moral adequada e um pedido de desculpas, pois não sou obrigado a intentar uma providência cautelar para evitar a saída do livro, nestas circunstâncias, uma vez que tenho prazos mais longos para fazer valer os meus direitos, dos quais não abdicarei e que terão consequências bem mais danosas para o “Autor FORMAL” usurpante destes direitos de autor que ORA reivindico, e para a editora que não poderá ignorar estes factos dos quais farei prova plena, EM DEVIDO TEMPO E QUANDO ME APROUVER, dentro dos prazos que me são legalmente concedidos.
Além de não ter sido respeitado, não admito ser arredado desta grande obra que realizei E DA QUAL TENHO MUITO ORGULHO.
Se o livro não for editado por que sou eu o autor, fica inequivocamente demonstrado que esta edição é um embuste do qual a editora Almedina não se pode eximir.

ESTE LIVRO VEM ANUNCIADO NA REVISTA OS MEUS LIVROS DE 6 DE OUTUBRO DE 2007. (CLICAR TÍTULO PARA VER ANÚNCIO)

A MORADA PARA ENVIAR A RECTIFICAÇÃO ALTERAÇÃO DO CONTRATO DE EDIÇÃO É: ESTRADA DE EIRAS, 126, 3.º-A, 3025-069 COIMBRA.

ATENTAMENTE O AUTOR, JOSÉ MANUEL GOMES DIAS DE AGUIAR:

terça-feira, 6 de novembro de 2007

O PORQUÊ DESTE TRABALHO "MIGUEL TORGA NA OBRA DE CRISTÓVÃO DE AGUIAR", POR LAPA

Apesar de todos os factos que mencionei, no post anterior, entendo como é patente no trabalho que apresento neste blogue a distinção entre o cidadão em questão e a sua obra, que é de indiscutível mérito.
Assim, ao idealizar, realizar, truncar e fazer, enfim, o livro de Miguel Torga na obra de Cristóvão de Aguiar, foi com o intuito de dar a conhecer Miguel Torga, através do testemunho de Cristóvão de Aguiar, que considero importante e, essencialmente, com ele dar a conhecer a escrita de Cristóvão de Aguiar, apresentada de forma objectiva, sem os inúmeros devaneios que imprime nas suas obras, destinadas não sei a que entidade mítica e que levam os leitores menos prevenidos a abandonar a sua leitura porque se torna muito densa e desfasada da azáfama dos nossos tempos.
Cortei, trunquei, simplifiquei, separei o trigo do joio. Com o objectivo, agora confesso-o, de fazer um livro pequeno 80 páginas, simples, que se leia, acessível a todos, desde o estudante do ensino secundário ao professor universitário e também de, através dele e do seu tema, internacionalizar a obra de Cristóvão de Aguiar. Um pequeno livro, didáctico, simples mas substancial, sobre Miguel Torga, internacionalmente conhecido e traduzido, (Já recebi convites para traduzir o livro). Em simultâneo, estaria sempre a difundir a cultura e língua portuguesas, através destes dois grandes escritores de pendor universal.
Agora a parte mundana, as vendas. Um livro desta temática teria como objectivo mínimo de vendas a irradiação de um livro do Torga. Pelo menos 50.000 exemplares.
E seria o primeiro livro com escritos de Cristóvão de Aguiar a ser traduzido.
Este trabalho de internacionalização da obra de Cristóvão de Aguiar seria complementado como está a ser com este blogue que tem um arquivo temático digitalizado já substancial onde se encontram os principais feitos deste escritor e que valem por si só.
É evidente, que com este meu trabalho empenhado Cristóvão de Aguiar só beneficiaria ao alargar a irradiação da sua obra, e nunca se comprometeria com o eventual insucesso da minha aposta.
Se fosse bem-sucedido neste trabalho, ganharia Portugal, a Língua Portuguesa, os escritores em causa e eu a justa retribuição do mérito da minha dedicação, ou a condenação caso fosse mal sucedido, mas Cristóvão de Aguiar seria sempre beneficiado ou, pelo menos, nunca sairia prejudicado.

Lamentavelmente,
lapa

Advertência/esclarecimento.

Até agora, neste blogue, limitei-me, de forma objectiva, a citar críticos e literatos que se pronunciaram ou escreveram sobre a obra de Cristóvão de Aguiar.
Nunca emiti aqui qualquer juízo pessoal, sem fundamento, acerca da obra.
É claro que quando eu me pronunciar fundamentadamente sobre o que sei, e digo-vos não ser pouco, acerca da obra e da personalidade do autor, como ele de forma acintosa se refere na sua obra, e não só, aos seus familiares e amigos, que foi perdendo ao longo da vida, as guerras que não se importou de causar aos seus filhos só para prosseguir os seus interesses imediatos, ficareis a conhecer a verdadeira personalidade desde grande escritor da língua portuguesa, sem ironia, mas também os danos que causou à sua família restrita e alargada que, como facilmente compreenderão, se viu privada dos mais elementares direitos de lealdade, fidelidade, assistência, cooperação, etc., por parte do cidadão Cristóvão de Aguiar.
As patifarias que fez aos filhos e suas companheiras, bem patentes na sua obra diarística, isto só para, ainda, não trazer nenhuma novidade da minha lavra…
Ontem recebi um telefonema de um colega "advogado" que me telefonou de forma muito indelicada proferindo ameaças, tendo-se recusado a comunicar o assunto que motivou o seu desgarrado e mal-educado, telefonema. Tenho várias testemunhas.
Devo dizer-vos que um dia contratei os serviços desse "advogado" e fiquei de tal forma horrorizado com o seu procedimento que ainda hoje me serve de exemplo daquilo que não quero ser.
Isto no seguimento de outro telefonema daquele que respeito e venero como o melhor Advogado do país, que após longa conversa comigo, não aceitou intentar uma acção contra mim.
Isto promete...

Outro Email

Cristóvão e José Manuel

Pelo que entendo este livro resulta, essencialmente, da recolha de textos publicados em livros da autoria de Cristóvão de Aguiar. A iniciativa e recolha deveram-se a José Manuel Aguiar.
Assim parece-me que das duas uma:
1) ou iniciativa e o trabalho de recolha merecem crédito, e nesse caso o livro é da responsabilidade de José Manuel Aguiar, pelo que o seu nome deveria estar na capa, no mínimo, como organizador ou responsável pela recolha,
2) ou então, se a iniciativa e a recolha não merecem crédito, somos obrigados a concluir que este livro é um mero copy-paste de textos já publicados. Então isto não pode ser considerado um livro novo e apresentá-lo como tal, como me parece estar a ser feito, é uma fraude.
Já agora, pergunto. Se este livro é uma recolha de textos publicados em outras editoras, imagino que essas editoras tenham de o ter autorizado. Elas não disseram nada a este respeito? Quem é que teve a iniciativa de as contactar? O Cristóvão de Aguiar ou o José Manuel Aguiar?
Ao José Manuel admiro a frontalidade, do Cristóvão choca-me a facilidade com que prescinde de um filho, como aliás, há uns meses, quase prescindia do novo neto.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

EMAIL RECEBIDO A TÍTULO DESTA CONTENDA

Aquilo que vos proponho e' que mandem fazer uma tira destacável ao livro, que diga: "Organizacao e Recolha de Jose Manuel Aguiar", ou algo parecido. E' uma solucao barata, que se faz rapidamente em qq tipografia e, penso, nao violenta nenhuma das partes. Façam desta sugestao o que quiserem.

R: É uma solução possível para a primeira edição, mas não contempla a questão dos direitos de autor.

domingo, 4 de novembro de 2007

Coimbra, 26 de Maio de 1984

Com a idade que tem, uns escassos dezassete anos, teve já experiências que dariam para encher, pelo menos, duas vidas inteiras de qualquer pessoa da minha geração ou da anterior.[...]

Cristóvão de Aguiar, in Relação de Bordo (1964-1988), referindo-se ao seu filho José Manuel.


Não confundir honestidade, trabalho, experiência, sageza e inteligência com demência.
A calúnia é o supremo argumento dos prevaricadores!
O respeitinho é muito lindo...
Sem mais delongas.

Tempus Fugit

Lapa

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

ESCLARECIMENTO SOBRE A AUTORIA DO LIVRO "MIGUEL TORGA, O LAVRADOR DAS LETRAS, UM PERCURSO PARTILHADO NO PRIMEIRO CENTENÁRIO DO SEU NASCIMENTO"

Eu, José Manuel de Aguiar, sou o autor deste livro.
Porque tive a ideia, a iniciativa e o trabalho de extrair tudo quanto é publicado, à excepção de umas pequenas correcções e pelo PREFÁCIO efectuados pelo autor formal do livro que é Cristóvão de Aguiar.
A motivação da realização deste livro deveu-se ao facto de eu ter constatado que Cristóvão de Aguiar não foi sequer convidado no âmbito das comemorações do centenário do nascimento de Miguel Torga promovidas pela Câmara Municipal de Coimbra, que atribuiu pela segunda vez o Prémio Literário Miguel Torga Cidade de Coimbra ao referido autor este ano.
Como os estimados visitantes deste blogue já puderam constatar Cristóvão de Aguiar, um dos expoentes máximos da literatura portuguesa, segundo o Professor Aníbal Pinto de Castro e outros literatos muito mais entendidos do que eu, foi acintosamente excluído das respectivas comemorações.
Sendo que, eu, sem falsa modéstia, sou o mais profundo conhecedor e admirador da obra de Cristóvão de Aguiar e sabendo que este tem na sua obra diarística, e não só, inúmeras peças literárias sobre Miguel Torga, entendi por bem reuni-las num livro, que deveria ser da minha autoria, uma vez que fui eu que tive a ideia e o trabalho de o realizar. Mas não, como os santos da casa não fazem milagres e como não consigo obter o respeito que me seria devido pelo meu Pai. Não só ele é autor do livro, como também aceitou que pessoas totalmente alheias ao mesmo se pronunciassem, com acolhimento por parte do autor formal do livro, quanto ao título do mesmo.
Passo a explicar:
Quando concebi e idealizei o livro, foi com o intuito de dar a conhecer ao público em geral os belos textos sobre Miguel Torga que Cristóvão de Aguiar tinha escrito na sua obra e demonstrar à saciedade a brutal injustiça que este "escritor maldito" estava a ser vítima. Se bem o pensei, melhor o fiz, deitei mãos à obra, durante as minhas férias, compilei todos os textos da obra enviei para os jornais de Letras e outros que decidiram entrevistar Cristóvão de Aguiar, no ambito das comemorações do centenário. Cristóvão passou de excluído a protagonista do centenário do nascimento de Miguel Torga... Vide intróito da semana comemorativa do centenário promovida pelo Correio da Manhã e pelo Jornal de Letras, Artes e Ideias, Campeão das Províncias, todos de Agosto de 2007.
Quando acabei o livro pensei chamar-lhe aquilo que ele é: "Miguel Torga na Obra de Cristóvão de Aguiar". Tout Court.
No entanto, como ainda não consegui obter o respeito do meu Pai, não só ele é o autor do livro, como também, o título escolhido é enganoso e não reflecte de forma alguma o que lá está escrito e o que presidiu à sua concepção.
Vejamos:
O livro intitula-se "Miguel Torga O Lavrador das Letras, um Percurso Partilhado, no centenário do seu nascimento"
Este título foi sugerido pela tradutora de Miguel Torga para a língua espanhola, a saber Professora Eloísa Alvarez, tudo com o meu veemente protesto. Não só porque engana o leitor, como também porque pode demonstrar arrogância de Cristóvão de Aguiar em ter a veleidade de afirmar, ele próprio, que tem um percurso partilhado com o grande Miguel Torga.
Este título estaria correcto se o livro fosse da autoria de Eloísa Alvarez que sendo conhecedora da obra de Miguel Torga o poderia afirmar, se essa é a sua opinião, mas nunca deveria ter sugerido tal título a Cristóvão de Aguiar, nem muito menos este o deveria ter aceitado com o agravante desta professora não ter tido sequer a curiosidade de ler o livro. Um livro com 83 páginas, muito fácil de traduzir para a língua espanhola, da qual essa professora é especialista...
Concluindo, o título deste livro é enganoso e foi sugerido e aceite pelo "Autor" por uma pessoa que não teve a curiosidade, sequer, de ler o livro e que eu, pessoalmente, só lhe reconheço competência para o traduzir.
Aqui fica a verdade, doa a quem doer!

Ainda assim, recomendo o livro, com estas ressalvas, porque é mesmo bom senão não o teria feito.

José Manuel Gomes Dias de Aguiar

PS: Pergunta: Se eu resolvesse fazer um livro sobre por exemplo: "Fernando Vale na obra de Miguel Torga"
Quem era o autor do livro? Era Miguel Torga?
Penso que não!

Cyrano de Bergerac

Cyrano de Bergerac
Eugénio Macedo - 1995

TANTO MAR

A Cristóvão de Aguiar, junto
do qual este poema começou a nascer.

Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.

Manuel Alegre
Pico 27.07.2006