terça-feira, 29 de abril de 2008

Porto, 10 de Maio de 2008, às 17h00, Cristóvão de Aguiar na PRIMAVERA COM LIVROS.





PRIMAVERA COM LIVROS

Dia Mundial do Livro comemorado no Porto com inauguração de uma grande exposição/venda de livros na Praça da Liberdade.
A Calendário de Letras com o apoio do PortoLazer vai uma vez mais promover a iniciativa “Primavera com Livros”, exposição/venda que decorrerá na Praça da Liberdade no Porto, numa tenda com 300m2 de 23 de Abril a 22 de Maio das 10h às 20h.
No decorrer do evento irão passar pela Tenda “Primavera com Livros” os seguintes autores:
- Dia 24 de Abril às 17 horas – Viale Moutinho
- Dia 1 de Maio às 16 horas – Vítor Hugo
- Dia 3 de Maio às 16 horas – Isabel Magalhães
- Dia 10 de Maio às 17 horas – Cristóvão de Aguiar
- Dia 15 de Maio às 17 horas – Jorge Seabra
- Dia 15 de Maio às 17 horas – Joaquim Feio
- Dia 17 de Maio às 16 horas – Alice Vieira
- Dia 22 de Maio às 17 horas – Júlio Magalhães

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Braço Tatuado, de Cristóvão de Aguiar, 2008 Dom Quixote, tem a mesma capa do livro "Morte na Picada" de Antunes Ferreira , editora Via Occidentalis.





NOTÍCIA







Depois dos "Passageiros em Trânsito" do Agualusa, esta capa plagiada pela editora "Via Ocidentalis"...
_Espero que a Dom Quixote não se deixe ficar e instaure o competente processo cível, onde requeira a consequente e necessária retirada do mercado do livro "Morte na Picada", a alteração da capa e uma idemnização equitativa a favor de Cristóvão de Aguiar.

Braço Tatuado - ISBN: 9789722034944 (anterior)

Morte na Picada- ISBN: 9789728966423 (posterior)

sábado, 26 de abril de 2008

Coimbra, 1 de Maio de 1974, por Cristóvão de Aguiar, in Relação de Bordo, 1964-1988.

Coimbra, 1 de Maio de 1974.

Nunca vi um dilúvio de gente desta natureza em toda a minha vida. Nem a procissão do Senhor Santo Cristo dos Milagres, que é a maior de todas as que se realizam, também em Maio, nas Ilhas dos Açores, se pode comparar com o que hoje assisti com as lágrimas rebentando-me com gostosura dos olhos cheios. Era um tejo transbordando de povo correndo da Praça da República até ao Estádio Universitário, na margem esquerda do Mondego.

Miguel Torga seguia perto de mim. Procurei ler-lhe no rosto o que lhe ia na alma. Não consegui. Mas a sua presença na grandiosa procissão cívica deu ao acontecimento uma garantia de seriedade patriótica- a Poesia e a Revolução de mão dadas pela avenida abaixo. Oxalá seja este himeneu duradouro.


Até o meu filho mais velho, o José Manuel, que tem pouco mais de sete anos, teve hoje o seu primeiro acto de emancipação doméstica- perdeu-se por entre a multidão e só regressou a casa ao princípio da noite! E estava todo contente, porque, segundo declarou, sumiu-se de propósito, porque conhecia as ruas que o podiam conduzir de regresso a casa. Quis também saborear o seu quinhão de liberdade.


Ajuizando pela multidão que seguia no cortejo de Coimbra e em todos os outros que vi, à noite, pela televisão, deu-me a ideia de que toda a gente deste País estava ansiando pela democracia. Mas não serão democratas a mais numa nação tão pequena? É já tempo de começar a desconfiar de tanta fartura.

IN CRISTÓVÃO DE AGUIAR, RELAÇÃO DE BORDO ( 1964-1988) Pag. 124

quarta-feira, 23 de abril de 2008

O Vale das Furnas, de José Manuel Motta de Sousa.

Colectânea
Cronistas e Viajantes
Textos e Imagens
Séc. XVI - Séc. XIX (1.ª e 2.ª Décadas)

O VALE DAS FURNAS. UM ESTRANHO SORTILÉGIO.

(...) Os primeiros visitantes depararam-se com o cenário aterrador de, em escassos metros de terra crestada e rude, brotarem das entranhas da terra água a ferver em cachão, lançando nuvens de fumo e jactos de lama, em contraste com a luxuriante e verde vegetação.

A força telúrica da Natureza em contraste com a serenidade transmitida pela paisagem doce não podia deixar de impressionar os raros visitantes que até ali se aventuravam.

Os sentimentos contraditórios que o vale desperta, estão bem patentes nas descrições dos cronistas: "quase no meio daqueles campos chãos, naquela grande e profunda concavidade estão as Furnas tão nomeadas e celebradas"; "as Furnas são chamadas nesta terra pelo parecerem assim Boca do Inferno"; "paraíso terreal"; para a parte do poente é verdadeiramente um rascunho do Paraíso terreal regado com sete ribeiras de salutíferas águas,... para a parte porém do nascente é uma verdadeira representação do inferno, porque tem umas caldeiras de polme, água, enxofre tão horrendas que não outra cousa que se compare"; "é um campo chão, deleitoso, fresco e aprazível..."; "Nova Arcádia" (sinónimo de lugar ou vale profundo em que existe um isolamento natural). (...)

...O povo das Furnas nem sempre bem compreendido, facto patente nas descrições incluídas na Colectânea, afirmou-se e afirma-se na força do seu carácter e dignidade que venceram os temores da Natureza...

O Vale das Furnas
José Manuel Motta de Sousa
Editora: Almedina
Tema: História
Ano: 2008
Tipo de capa: Brochada
ISBN 9789724033983 | 346 págs.
Peso: 0.625 Kg

Dicionário de Falares dos Açores, de Soares de Barcelos, com Prefácio de Cristóvão de Aguiar, Almedina 2008.

PREFÁCIO
Não sendo um linguista de formação académica, aceitei de bom grado o desafio de prefaciar este trabalho que agora se apresenta ao leitor menos como um livro no sentido tradicional do que como um glossário de termos portugueses antigos, em parte ainda utilizados pelos falantes das Ilhas do Arquipélago dos Açores. A um escritor empenhado, como sempre procurei ser, nada é defeso. Principalmente, e neste caso em particular, se é da linguagem das Ilhas que se trata. Os livros de ficção que tenho vindo a publicar ao longo das últimas três décadas são testemunho do meu empenhamento em dar à linguagem popular micaelense o estatuto literário que ela merece pela sua expressividade e riqueza semântica.
Propositadamente, não escrevi linguagem açoriana, visto que açoriano é um adjectivo que pouco ou nada qualifica em relação à realidade cultural do Arquipélago - nove Ilhas diversificadas entre si pelo modo de estar e de conceber o mundo e a vida. Deixo-o, por isso, atido apenas à sua significação estritamente gramatical. As próprias aves que deram o nome ao Arquipélago nem sequer são oriundas destas paragens, pelo que, à partida, houve confusão entre milhafres e açores. Dir-se-ia que os Açores receberam no baptistério águas equivocadas!
[...]
Cristóvão de Aguiar
Ilha do Pico, Maio de 2007

Dicionário de Falares dos Açores - Vocabulário Regional de Todas as Ilhas
J. M. Soares de Barcelos

Editora: Almedina
Tema: Dicionários e Gramáticas
Ano: 2008
Tipo de capa: Brochada
ISBN 9789724033761
614 págs.
Peso: 1.160 Kg

Feira do Livro de Condeixa-a-Nova, presença de Cristóvão de Aguiar, amanhã, dia 24 de Abril de 2008, 16h00.



terça-feira, 22 de abril de 2008

Lançamento do livro "Braço Tatuado" de Cristóvão de Aguiar, na Biblioteca Municipal de Vila Nova de Gaia

"Braço Tatuado" de Cristóvão Aguiar
Comemorações do Dia Internacional de Livro Infantil e do Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor
Lançamento do livro "Braço Tatuado" de Cristóvão de Aguiar
Na Biblioteca Municipal de Vila Nova de Gaia.

Cristóvão de Aguiar, hoje 22 de Abril, às 21h30, em Beja: "Acontece em Português" sobre Guerra Colonial

Beja: "Acontece em Português" sobre Guerra Colonial.

Carlos Vale Ferraz, Cristovão de Aguiar, José Manuel Mendes e Fernando Dacosta são os convidados de Carlos Pinto Coelho. "Acontece em Português" regressa, esta noite, à biblioteca de Beja.

A Biblioteca Municipal José Saramago de Beja recebe esta noite, a partir das 21.30 horas, mais uma edição do “Acontece em Português”.
Carlos Vale Ferraz, Cristovão de Aguiar, José Manuel Mendes e Fernando Dacosta são os convidados de Carlos Pinto Coelho.
“Livros e memórias da Guerra Colonial” é o mote para a conversa desta noite como afirmou, à Voz da Planície, Figueira Mestre, director da biblioteca de Beja.
Recorde-se que a iniciativa “Acontece em Português” está a levar mensalmente à Biblioteca de Beja convidados oriundos de vários países de expressão portuguesa para uma conversa com Carlos Pinto Coelho. Para o final está agendada uma grande festa da Lusofonia.

Inês Patola

Cyrano de Bergerac

Cyrano de Bergerac
Eugénio Macedo - 1995

TANTO MAR

A Cristóvão de Aguiar, junto
do qual este poema começou a nascer.

Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.

Manuel Alegre
Pico 27.07.2006