sábado, 18 de abril de 2009

Xutos e Pontapés- Sem Eira nem Beira. YouTube letra e música.


Anda tudo do avesso
Nesta rua que atravesso
Dão milhões a quem os tem
Aos outros um passou - bem

Não consigo perceber
Quem é que nos quer tramar
Enganar
Despedir
E ainda se ficam a rir

Eu quero acreditar
Que esta merda vai mudar
E espero vir a ter
Uma vida bem melhor

Mas se eu nada fizer
Isto nunca vai mudar
Conseguir
Encontrar
Mais força para lutar...

(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a comer

É difícil ser honesto
É difícil de engolir
Quem não tem nada vai preso
Quem tem muito fica a rir

Ainda espero ver alguém
Assumir que já andou
A roubar
A enganar
o povo que acreditou

Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar
Conseguir encontrar mais força para lutar
Mais força para lutar...

(Refrão)
Senhor engenheiro
Dê-me um pouco de atenção
Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Não tenho eira nem beira
Mas ainda consigo ver
Quem anda na roubalheira
E quem me anda a foder

Há dez anos que estou preso
Há trinta que sou ladrão
Mas eu sou um homem honesto
Só errei na profissão

quarta-feira, 15 de abril de 2009

sábado, 11 de abril de 2009

Casa dos Açores Norte. André Caetano, exposição das ilustrações de Cães Letrados.

Há livros e livros. Uns têm sorte, outros nem tanto. Uns morremlogo à nascença ou em idade mais ou menos adiantada, não se pode predizer por proibido; outros vogam no limbo, e podem pedir para ressuscitar noutro tempo e noutro espaço… E há os que nascem com várias estrelas nas páginas. Como o nascituro que há-de acordar para a vida com uma pregada na testa. Sinal de destino bem-fadado. Cães Letrados é uma dessas criaturas privilegiadas.
Não pelas palavras lá escritas – podem esmaecer pela usura do tempo… Até a língua que lhes escorou os passos poderá um dia sumir-se ou transformar-se de tal sorte que torne enigmática e indecifrável a leitura. A imagem, não! Uma só, diz-se, vale por mil palavras!
As ilustrações do artista André Caetano trouxeram qualidade aos dezanove contos que compõem o livro. Dezanove textos que correspondem a outros tantos cães e cadelas. As gravuras narram mais que os contos... Como dizer por palavras a tristeza da Girafa já condenada, a seriedade maternal da Pipa, o olhar traquinas do Alex, o embevecimento na leitura do cachorro Adónis, a dança alada da Tina, o olhar triste e esfomeado do Ligeiro, a feminilidade senhoril da Regina cadela, o coro afinado e a uma só voz dos Cães Cantores, e dos restantes que não fui capaz de trocar por palavras?
Porém, André Caetano, cujo auto-retrato figura na badana direita do livro, conseguiu descer, através de suas gravuras, a funduras que as palavras por si só não poderiam alcançar. Com o concurso de ambas, tornar-se-á mais fácil a tarefa!
Cristóvão de Aguiar

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Lusa: Cristóvão de Aguiar rejeita rótulo de literatura açoriana. 1 de Abril de 2009.

Ponta Delgada, 01 Abr (Lusa) - O escritor português Cristóvão de Aguiar rejeitou hoje, nos Açores, o rótulo de literatura açoriana, por considerar que ela faz parte da produção literária lusófona, que abrange todos os países de língua portuguesa.
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"O título (literatura açoriana) é equívoco, porque pode parecer que é uma literatura separada da literatura portuguesa", afirmou à agência Lusa o escritor, na opinião do qual o conceito foi criado para que alguns escritores locais se pudessem destacar, já que não tinham lugar na literatura portuguesa.

A literatura açoriana é hoje o grande tema em destaque no segundo dia do 4.º Encontro Açoriano da Lusofonia, a decorrer na ilha de São Miguel até sábado e que junta no Cine-Teatro da Lagoa vários escritores açorianos de renome como Cristóvão de Aguiar e Daniel de Sá.

Frisando que também não há literatura transmontana com Miguel Torga ou beirã com Aquilino Ribeiro, Cristóvão de Aguiar considerou que a produção literária nos Açores, ou tendo como pano de fundo os Açores, constitui "um enriquecimento da nossa língua e literatura", mas "não merece perdas de tempo em discussões que não levam a parte nenhuma".

"Há uma maneira muito fácil de fugir a todo esse problema escatológico que é chamar literatura lusófona, onde cabem todos os países de língua oficial portuguesa", defendeu Cristóvão de Aguiar, que conta com mais de 30 títulos publicados.

Natural da freguesia do Pico da Pedra, ilha de S. Miguel, Cristóvão de Aguiar é um dos nomes grandes da literatura açoriana, com um longo percurso iniciado em 1965 com a publicação do livro de poesia "Mãos vazias".

O escritor disse, ainda, que a renovação dos escritores de origem açoriana está assegurada, com nomes já na ribalta da literatura nacional, como João de Melo.

O mais recente livro de Cristóvão de Aguiar, "Cães letrados" (2008), foi apresentado e lançado hoje de manhã e, segundo a editora "Calendário das Letras", a primeira edição está esgotada, devendo sair em breve uma nova edição.

O escritor, galardoado com o Grande Prémio da Literatura Biográfica da Associação Portuguesa de Escritores, entre outros prémios, publicou anteriormente "O braço tatuado", "Ciclone de Setembro", "Grito em chamas", "Passageiro em trânsito", "Marilha", "Com Paulo Quintela à mesa da tertúlia" e "A descoberta da cidade".

Além da aplicação do novo acordo ortográfico, literatura açoriana e açorianidade será abordada a temática da tradução no decurso do encontro, que apresenta um amplo programa sócio-cultural.

Até sábado irão passar pelo 4.º Encontro Açoriano de Lusofonia cerca de 50 oradores e dezenas de participantes de Portugal, Brasil, Austrália, Bélgica, Canadá, Eslovénia, França, Espanha, Itália e Moçambique.

Lusa RTP

segunda-feira, 23 de março de 2009

APRESENTAÇÃO DA OBRA CHARLAS SOBRE A LÍNGUA PORTUGUESA, 25 de Março 2009, às 18h 30m, Almedina Estádio Cidade de Coimbra.

O Autor, Cristóvão de Aguiar, e a Almedina têm o prazer de convidar V.ª Ex.ª para a apresentação da obra Charlas sobre a Língua Portuguesa. Alguns dos deslizes mais comuns de linguagem

A apresentação realizar-se-á na quarta-feira, dia 25 de Março, pelas 18h30, na Livraria Almedina, Estádio Cidade de Coimbra.


A obra será apresentada por Regina Rocha (Linguista e professora de Português e Literatura na Escola Secundária de José Falcão, em Coimbra)

terça-feira, 17 de março de 2009

Instituto de Estudos Alemães. Encontro com o Escritor Cristóvão de Aguiar, 16 de Março, 18h, Sala 9. UC Faculdade de Letras Estudos Alemães.

APRESENTAÇÃO
O IEA é uma unidade orgânica da FLUC, que desenvolve a sua actividade nas áreas de Língua, Linguística, Literatura e Cultura dos países de expressão alemã, e do Ensino do Alemão como Língua Estrangeira. O IEA tem por objectivos principais a aquisição e transmissão de conhecimentos nas áreas de especialidade acima referidas, a formação e a actualização dos seus membros, o intercâmbio com universidades e outras instituições dos países de expressão alemã, a manutenção de uma biblioteca especializada e periodicamente renovada nos domínios que lhe são próprios. A biblioteca do IEA, com cerca de 50 000 volumes, abrange a produção literária e crítica da República Federal da Alemanha, da Áustria e da Suíça e integra ainda uma secção dedicada aos Estudos Neerlandeses.

Institute for German Studies promotes meeting with the writer ...
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promotes meeting with the writer Cristóvão de Aguiar, March 16th

segunda-feira, 9 de março de 2009

Lagoa promove 4º Encontro Açoriano de Lusofonia. Cristóvão de Aguiar estará presente na qualidade de grande autor açoriano. 31 de Março a 04 de Abril.

A Câmara Municipal de Lagoa, em cooperação com a Comissão Executiva dos Colóquios da Lusofonia, organizará o 4º Encontro Açoriano de Lusofonia, que decorrerá do dia 31 de Março ao dia 4 de Abril, no Cine-Teatro Lagoense.
O evento, que em nota de imprensa enviada ao AO online é definido como “importante para a divulgação da língua e da cultura portuguesas, bem como da especificidade cultural açoriana”, contará com a presença de 120 participantes, 55 deles oradores ligados ao ensino, à política e à cultura. Destacam-se nomes como Adriano Moreira, vice-presidente da Academia, presidente da Classe de Letras e do Instituto de Altos Estudos da Academia das Ciências de Lisboa; João Malaca Casteleiro, professor das áreas de Filologia e Linguística da Academia das Ciências de Lisboa; Evanildo Cavalcante Bechara, da Academia Brasileira de Letras; Carlos Reis, reitor da Universidade Aberta; e Ângelo Cristóvão, secretário da Academia Galega da Língua Portuguesa.
No encontro estarão também representados o Estado de Santa Catarina e da Cidade de Florianópolis, “zonas de influência cultural açoriana, onde habitam muitos descendentes de lagoenses.”
A presença de “grandes nomes da literatura açoriana”, tais como Cristóvão de Aguiar, Daniel de Sá, Sidónio Bettencourt e o historiador Mário Moura está também já confirmada.
De acordo com João Ponte, presidente da Câmara Municipal da Lagoa, este evento constitui-se como uma “renovação da parceria para a realização deste encontros aqui na Lagoa, porque de facto o balaço aqui para o município foi extremamente positivo.”
Leia esta notícia na íntegra no Açoriano Oriental de Terça-feira, dia 9 de Março

Isidro Fagundes / Ana Carvalho Melo

quinta-feira, 5 de março de 2009

“Charlas sobre a língua portuguesa: alguns dos deslizes mais comuns de linguagem”. Jornal Nova Guarda. 28-01-2009.

Novo livro de Cristóvão de Aguiar









As "Charlas" são lições e apontamentos sobre os erros mais comuns praticados pelos falantes da Língua Portuguesa. Foram publicadas, individualmente, em diversos jornais, desde o Nova Guarda, ao Diário de Coimbra, Diário Insular, Comarca de Arganil, Correio dos Açores e Ilha Maior.

As “Charlas” tiveram grande aceitação dos leitores e os mais rasgados elogios. No livro, o autor dá exemplos práticos dos erros mais facilmente cometidos pelos falantes em geral e formula a sua correcção em textos de leitura agradável e didáctica.

Cristóvão de Aguiar, com a publicação deste livro, consolida e reforça a sua faceta de pedagogo na sua obra literária, sendo este mais um contributo muito válido para a Língua Portuguesa, por parte deste autor.

“O livro já se encontra praticamente pronto, só falta um pormenor na capa. Deve, pois, sair nos princípios de Fevereiro, com a chancela da Livraria Almedina”, refere.
Arquivo: Edição de 28-01-2009

SECÇÃO: Cultura

Crítica literária das "Charlas Sobre a Língua Portugesa", de Cristóvão de Aguiar, in Açoriano Oriental de 4 de Março de 2008.






"[...]Acabo de ler um livro que nos vem lembrar que existem normas e regras para a Língua Portuguesa – “Charlas Sobre a Língua Portuguesa – alguns dos deslizes mais comuns de linguagem” (Almedina, 2009), escrito pelo professor (aposentado) e escritor (no activo) Cristóvão de Aguiar.
Estas Charlas andavam dispersas em blogosferas e em jornais continentais e açorianos e, agora, em boa hora “enfeixadas” em volume, conhecem uma nova respiração e uma outra eficácia.
Estamos perante uma série de notas, comentários, apontamentos e contributos, de inegável valor didáctico-pedagógico, sobre alguns dos erros mais comuns praticados por falantes da Língua Portuguesa.
Não sendo linguista, nem gramático, mas possuindo consciência literária, linguística e histórica, Cristóvão de Aguiar dá exemplos práticos desses erros e formula e fundamenta a sua correcção em textos de leitura muito agradável. No final de cada “lição”, o “professor” recapitula a matéria dada. E, coisa rara de acontecer entre alguns linguistas da nossa praça, o autor exemplifica e simplifica sem cair em facilitismos e, esclarecendo e contextualizando, chega a conclusões. Recorre, por vezes, ao inglês para efeitos de comparação (não é impunemente que se é germanista e se teve Paulo Quintela como Mestre), por ser uma língua mais concisa do que a nossa. E para ilustrar e contextualizar o que diz, vai contando apetecíveis histórias.
Falando de deslizes linguísticos através de terminologia adequada (vade retro a Terminologia Linguística para os Ensinos Básico e Secundário - TLEBS), o autor aproveita também para lançar olhares (críticos e irónicos) ao estado das coisas em Portugal – ao nível do social, do político e do cultural. Alguns dos comunicadores televisivos (todos eles detentores de licenciaturas) levam valente bordoada pelos deslizes… Alvo de farpas são também aqueles que insultam, na televisão, na rádio e nos jornais, a Língua Portuguesa. E não é assim que se educa um país. Não nos esqueçamos que, em matéria de português falado, quem, na pantalha, leva a primazia são os jogadores e treinadores de futebol. Literatura, cultura e escritores? Só na RTP 2, e depois da meia-noite…
Por conseguinte, estas Charlas são de uma gritante actualidade e, por isso mesmo, devem merecer a nossa leitura mais atenta. E esperemos que, para fruição nossa, as ditas conheçam sequelas."

Victor Rui Dores in Açoriano Oriental, o jornal diário mais antigo de Portugal, de 4 de Março de 2009.

terça-feira, 3 de março de 2009

Fascinação. Elis Regina. Outra das minhas músicas favoritas da infância.

Remember those days?

Fascinação
Elis Regina
Composição: F.D.Marchetti / M.de Feraudy / (Versão Armando Louzada)

Os sonhos mais lindos sonhei
De quimeras mil um castelo ergui
E no teu olhar
Tonto de emoção
Com sofreguidão
Mil venturas previ
O teu corpo é luz, sedução
Poema divino cheio de esplendor
Teu sorriso prende, inebria, entontece
És fascinação, amor.

Cyrano de Bergerac

Cyrano de Bergerac
Eugénio Macedo - 1995

TANTO MAR

A Cristóvão de Aguiar, junto
do qual este poema começou a nascer.

Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.

Manuel Alegre
Pico 27.07.2006