domingo, 26 de outubro de 2008

A melhor da semana...

- A senhora aceita um uisque?

- Não posso. Faz-me mal às pernas...

- As suas pernas incham?

- Não. Abrem-se...

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A Tabuada do Tempo, de Cristóvão de Aguiar. Crítica de Cláudia Gameiro.

O primeiro olhar foi de desafio, quase de inveja pelas palavras ditas quase em sintonia com uma música de fundo, nunca presente mas sempre desperta. Depois veio a viagem, veio a lembrança, veio a presença por se estar a pisar os mesmos terrenos, as mesmas angústias. Ser-se ilha não é ser-se pequeno, é um estado de espírito que acompanha quem amou a terra onde nasceu e aprendeu a ser-se, a ver-se, diante de uma paisagem. Nos dias que se percorrem, saborando quase sempre a instabilidade do tempo, encarna-se uma audacidade também ela temperamental e procura-se um objectivo nas palavras do quotidiano.
Para ler com uma grande vontade de saborear, nunca de entreter...
Publicada por claudiagameiro

sábado, 11 de outubro de 2008

COIMBRA 2008

ALGUNS FACTOS:
1- "Stand", depósito ilegal de automóveis legalmente inexistente. ABERTO AO PÚBLICO.

2- Instalado em "terreno para construção" Caído do céu (inscrição originária- não proveniente de qualquer artigo) depois de uma expropriação por utilidade pública?
3- Ausência de qualquer licenciamento, quer de edificação, quer de actividade comercial.

4- Cabovisão instalada e licenciada, no interior deste "terreno", nestas circunstâncias pela, Câmara Municipal de Coimbra.

5-Desvio clandestino de águas pluviais provenientes o IC2, directamente para a parede de um posto de transformação de electricidade, em zona de cheia,com manilhamento, sobreposição de terras e asfalto.

6-Não foi instaurado qualquer processo de contra-ordenação aos infractores.

7- Edificação implantada em zona de estrada, quer a nascente - IC2, quer a poente - Câmara Municipal de Coimbra.

8- Elevação do solo em 1,5m e sua total impermeabilização com asfalto em zona de cheia.

9- Remoção de terras, terraplanagem e depósito de entulhos no talude de segurança do IC2.

10- Tudo isto foi e é possível numa zona movimentadíssima da cidade de Coimbra - Estação Velha / Coimbra-B.

11- Atentado ambiental, urbanístico, à segurança, à lei em vigor, aos cidadãos lesados, à cidade e aos munícipes em geral.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

CORRUPÇÃO: A IMPRENSA LIVRE É CENTRAL NO COMBATE. Por Aguiar-Conraria in Público, 10-10-2008

Apenas me dei conta da extensão do problema quando soube que Roberto Dell’Anno tem trabalhos publicados sobre o nosso país. Quanto até um professor de uma universidade do sul de Itália se aplica a investigar a corrupção em Portugal, podemos estar certos de que o problema atingiu dimensões consideráveis. As consequências da corrupção generalizada são conhecidas: é socialmente injusta, reduz a produtividade do sector público e cria distorções na economia privada, levando a más afectações de recursos e reduções no investimento. Tudo se traduz num crescimento económico mais baixo. Os efeitos são tão graves que o Banco Mundial declarou a corrupção como o maior obstáculo ao desenvolvimento económico e social.
Sabe-se quais os ambientes por onde os corruptos se movimentam. Em primeiro lugar, para haver subornos é necessário que haja agentes do Estado com poderes discricionários. Ou seja, alguém tem o poder de tomar decisões que influenciam a vida das pessoas e empresas. Em segundo, essas decisões têm de ter um valor económico, caso contrário não valia a pena pagar subornos. Finalmente, os corruptos gostam de instituições políticas, administrativas e judiciais fracas. As nossas leis e instituições são terreno fértil para a corrupção, parecendo ter sido criadas com esse propósito. Basta pensar nos investimentos avultadíssimos que ficam à espera de uma decisão administrativa para os desbloquear. Com administrações politicamente comprometidas, com uma polícia que não investiga e com tribunais que não funcionam um cidadão fica desprotegido. Paolo Mauro, num artigo do FMI, alerta para o perigo de se cair num equilíbrio armadilhado em que todos ficariam melhor se se acabasse com a corrupção, mas em que ninguém, individualmente, lhe pode fazer frente. Para sair desta armadilha, Aymo Brunetti e Beatrice Weder, prestigiados economistas suíços, elegem a imprensa livre como elemento central no combate à corrupção. Com uma imprensa descomprometida e competitiva, quanto mais generalizada a corrupção, maior o incentivo de um jornalista para investigar e denunciar.
Infelizmente, em Portugal, o quarto poder não conta. Incrédulo, tenho assistido à saga do meu irmão José Manuel de Aguiar, advogado de Coimbra, que, usando as suas prerrogativas de munícipe empenhado, tem vindo a denunciar situações de óbvia ilegalidade e de corrupção na sua cidade. No seu blogue, “Podium Scriptae”, e depois de apresentar queixa no ministério público, apresenta documentos, fotografias, indícios de falsificação de documentos oficiais. Enfim, um sem número de indícios óbvios de corrupção espera que as autoridades ou algum dos jornais locais, como o “Diário de Coimbra” ou o jornal “As Beiras”, pegue no assunto e investigue. No entanto, uma noite de silêncio abateu-se sobre as suas denúncias. Imagino que o mesmo se passe em outras cidades do país.
Há duas semanas apercebi-me da extensão do problema quando li que o director do jornal Público foi ameaçado pelo Primeiro-Ministro antes de denunciar as peculiaridades que envolviam a licenciatura de José Sócrates. Disse o chefe de governo: “Fiquei com uma boa relação com o seu accionista e vamos ver se isso não se altera.” Esta ameaça é temível porque, obviamente, as decisões de um governo valem fortunas e não há empresa que lhes possa escapar. Sabemos agora que os mais altos responsáveis políticos pressionam os media de formas indignas de um regime democrático. Se nada acontece quando o primeiro-ministro ameaça o director de um jornal, o que não se passará por esse país fora? Também ficámos a saber que na Câmara de Lisboa comprava cumplicidades oferecendo casas a artistas e jornalistas. Entre os envolvidos, encontramos o filho de um ex-Presidente da República, um ex-ministro, um ex-Primeiro-Ministro e um ex-Presidente da República. Naturalmente que, com jornalistas cúmplices, dificilmente há jornalismo de investigação. É pena, o país agradecia.

Corrupção
Luís Aguiar-Conraria

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

INUNDAÇÃO POSTERIOR ÀS QUEIXAS.

Para conhecer em pormenor veja-se a secção Câmara Municipal de Coimbra Urbanismo, das mensagens antigas para as mais recentes estão numeradas.

Cyrano de Bergerac

Cyrano de Bergerac
Eugénio Macedo - 1995

TANTO MAR

A Cristóvão de Aguiar, junto
do qual este poema começou a nascer.

Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.

Manuel Alegre
Pico 27.07.2006