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DENÚNCIA
Esta obra que mereceu por unanimidade do júri o Prémio Miguel Torga, para o Biénio de 2005/2006, cujo galardão foi anunciado e entregue no dia 4 de Julho de 2006 e o livro lançado no dia 4 de Julho de 2007, não foi digna de qualquer menção em nenhum dos jornais de referência nacionais e da especialidade, à excepção da revista literária Os Meus Livros, designadamente, PÚBLICO, EXPRESSO, VISÃO, SÁBADO, SOL, JORNAL DE LETRAS, CORREIO DA MANHÃ, JORNAL DE NOTÍCIAS, DIÁRIO DE NOTÍCIAS, SIC, TVI,RTP (à excepção das escolhas de marcelo)etc., etc.
Meus amigos, parece-me que isto é objectivamente notícia e que reclama a atenção e a indignação de quem gosta de literatura e, sobretudo, dessa gente que tem o poder de criar best sellers e anda para aí a fazer críticas louvaminhatórias a qualquer iniciado mediático, guindado ao pódio, a troco de dinheiro e de outros interesses promocionais não literários.
Estamos perante um facto objectivo de lesa cultura.
Que canelas pensais vós mordiscar sem possuirdes a dentição completa…?
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
NOVA GUARDA, EDIÇÃO n.º 571 de 03-10-2007
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Secção: Polémica
APRESENTAÇÃO DA TABUADA DO TEMPO, NA CIDADE DO PORTO, Sábado, 10-Nov-2007, 21h
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CONVITE
Casa dos Açores do Norte, Porto - 10 de Novembro
APRESENTAÇÃO DA OBRA A TABUADA DO TEMPO - A LENTA NARRATIVA DOS DIAS
O Autor, Cristóvão de Aguiar, a Almedina e o Podium Scriptae têm o prazer de convidar V.ª Ex.ª e família para a apresentação da obra A Tabuada do Tempo - A lenta narrativa dos dias.
A apresentação realizar-se-á no sábado, dia 10 de Novembro de 2007, pelas 21h, na Casa Dos Açores do Norte, sita à Rua do Bonfim, n.º 163, Porto.
A obra será apresentada pelo Senhor Doutor Mário Mesquita.
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Secção: A Tabuada do Tempo, Lançamentos
terça-feira, 30 de outubro de 2007
MIGUEL TORGA O LAVRADOR DAS LETRAS, UM PERCURSO PARTILHADO, DE CRISTÓVÃO DE AGUIAR. THE ENGLISH VERSION OF THIS TEXT IS TO BE FOUND BELOW
Coimbra, 1.º de Maio de 1974
Nunca vi um dilúvio de gente desta natureza em toda a minha vida. Nem a procissão do Senhor Santo Cristo dos Milagres, que é a maior de todas as que se realizam, também em Maio, nas Ilhas dos Açores, se pode comparar com o que hoje assisti com as lágrimas rebentando-me de gostosura dos olhos cheios. Era um tejo transbordando de povo correndo da Praça da República até ao Estádio Universitário, na margem esquerda do Mondego.
Miguel Torga seguia perto de mim. Procurei ler-lhe no rosto o que lhe ia na alma. Não consegui. Mas a sua presença na grandiosa procissão cívica deu ao aconteci¬mento uma garantia de seriedade patriótica ─ a Poesia e a Revolução de mãos dadas pela avenida abaixo. Oxalá seja duradouro este Himeneu.
Até o meu filho mais velho, o Zé Manuel, que tem pouco mais de sete anos, teve hoje o seu primeiro acto de emancipação doméstica ─ perdeu-se por entre a multidão e só regressou a casa ao princípio da noite! Vi-o todo contente, porque, segundo declarou, sumiu-se de propósito, porque conhecia as ruas que o podiam conduzir de regresso a casa. Quis também saborear o seu quinhão de liberdade.
Ajuizando pela multidão que seguia no cortejo de Coim¬bra e em todos os outros que vi, à noite, pela televisão, deu-me a ideia de que toda a gente deste País estava ansiando pela democracia. Não serão democratas a mais numa nação tão pequena? Já é tempo de começar a desconfiar de tanta fartura.
(Do livro Miguel Torga ─ O Lavrador das Letras ─ Um percurso partilhado, a sair brevemente).
Coimbra, May 1, 1974 >
I have never seen a deluge of people of this nature in all my born life. Neither the procession of the Senhor Santo Cristo dos Milagres, the largest of all held, also in May, on one of the Islands of the Azores, might be compared with what I have seen today, with tears gushing out, willingly, from my full eyes. It was like a river Tagus overflowing of people from the Square of the Republic to the University Stadium, on the river Mondego left bank.
Miguel Torga followed close to me. I tried to read in his face what he would feel within his soul. I was not successful. However, his presence in the grand civic procession gave the event a guarantee of patriotic seriousness ─ the Poetry and the Revolution hand in hand down the Avenue. God grant that this Hymen might be lasting!
Even my eldest son, Zé Manuel, who is little more than seven years old, has had his first act of domestic emancipation ─ he got lost among the crowd and only came back home by nightfall! I saw him very happy, because, according to what he said, he did it on purpose ─ he knew the streets that could lead him back. He also wanted to enjoy his share of freedom…
Judging by the crowd that joined Coimbra procession and all the others I watched on television in the evening, it gave me the idea that everyone in this country was longing for democracy. Are there not too many democrats in so small a nation? It is high time to begin to doubt so much abundance…
(From the book: Miguel Torga ─ The ploughman of the Writing ─ A Shared Path, to be published within a few days)
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Secção: Miguel Torga
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
"MIGUEL TORGA O LAVRADOR DAS LETRAS, UM PERCURSO PARTILHADO", DE CRISTÓVÃO DE AGUIAR, ALMEDINA 2007, SAI PARA A SEMANA. CAPA EM ESTREIA ABSOLUTA
Coimbra, 21 de Novembro de 1994
A Igreja Católica está apostada em converter o herege de A Criação do Mundo. Já não lhe bastava a visita de padres, seus amigos ou conhecidos. A Hierarquia entendeu que, para um ateu da grandeza de Torga, só um bispo... E enviou ao hospital um prelado dessa categoria para o tentar converter... “Sabe, senhor doutor, Deus é Pai e bastaria uma só palavra sua para eu lhe dar a absolvição. Pense, senhor doutor, Deus é Pai, bastava uma palavrinha sua e...” “Qual Pai, senhor, não preciso da sua absolvição, nem ela me valia de nada, hei-de morrer assim, coerente com a vida que sempre levei”...
(Cristóvão de Aguiar)
Coimbra, November 21st, 1994
The Catholic Church is resolute in converting the heretical author of A Criação do Mundo. (The Creation of the World). It would not be enough the visit of priests, friends of his or mere acquaintances. The Hierarchy understood that for an atheist of a magnitude of Torga only a bishop would suit. In addition, it sent to the hospital a prelate of that status in order to try to convert the Poet… “You know, doctor, God is our Father only one word of yours would be enough for me to give you the absolution. Think, doctor, God is our Father and only one word of yours and…” “Nonsense, sir, I do not need your absolution, not even would it be of any use to me: I will die like this ─ coherent with the life I have always led”…
(Written in English by Cristóvão de Aguiar)
Coimbra, 21 de Nobiembro 1994
La Iglesia Católica resolvió convertir al autor herético de "A Criação do Mundo" (La Creación del Mundo). No sería bastante la visita de sacerdotes, de sus amigos o de meros conocidos. La jerarquía entendía que para un ateo de la magnitud de Torga solamente le satisfaría un obispo... Además, envió al hospital a un prelado de ese estado para intentar convertir al poeta… "Usted lo sabe doctor, Dios es nuestro padre, basta solamente una palabra suya para darte la absolución. Piénselo doctor , Dios es nuestro padre y solamente una palabra suya y…" "…..No, eso es Absurdo, señor, no necesito su absolución, no me serviria de nada , Moriré así ,coherente con la vida que siempre llevé"…
(La traduction en Espanol es de José António Caparros que gentilmente hay enviado por e-mail).
UM PEQUENO GRANDE LIVRO.
A NÃO PERDER!
TAMBÉM À VENDA NO BRASIL.
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Secção: Miguel Torga
A Valsa do Silêncio, de Victor Rui Dores, 2005, 341 Páginas.

Nascido da pena de Victor Rui Dores, A Valsa do Silêncio é uma fábula sobre uma personagem masculina de origem açoriana, Augusto, professor de piano, cuja profissão exerce numa grande cidade. Esta personagem solitária encontra-se com outra personagem também solitária chamada Raquel, prostituta no início da acção. Dos encontros sexuais que mantêm, vai nascendo uma relação cada vez mais profunda, embora com altos e baixos. A acção vai-se tornando cada vez mais complexa, à medida que se descobre que Augusto é casado, que a mulher o deixa, que ele conhece muitas outras mulheres sem nunca as amar, embora uma delas venha a ter uma filha dele, descobrindo por fim que ama Raquel. Raquel por sua vez segue um caminho de sucesso, pois sai da prostituição, passa a porteira de condomínio fechado, terminando por estudar Direito e ser uma distinta advogada. De professor de piano, Augusto chega a um considerado intérprete de música clássica, percorrendo várias cidades da Europa e Japão, fazendo concertos. Em relação ao amor, será que é tão bem sucedido? E quando terminará um romance há muito iniciado? Esse seu primeiro romance “haveria de ser a sua forma de reinventar a vida. Escrevê-lo-ia?” (p. 208). A aprendizagem do amor é bem mais difícil de conseguir. Sempre com a música como principal objectivo, a arte, portanto, em que o esforço merece compensação, é na solidão dos dois momentos mais cruciais do romance que Augusto aprende mais sobre ele próprio: quando se isola para preparar uma gravação em CD “como um monge medieval” (p. 164), e quando, só no Japão, permanece algum tempo, aprendendo com os sábios do Oriente todo um conhecimento milenar que escapou aos ocidentais e que para Augusto, que buscava “a perfeição das coisas artísticas” (p. 133), vai servir para reconhecer o amor que tem por Raquel, a mulher que evolui sempre, lendo muito de literatura universal e confessando ao seu diário, “a escrita é o meu lado silencioso” (p. 301), ou, “eu sou cada vez mais eu” (p. 235). Raquel vem a descobrir que também ama Augusto, apesar da sua escolha ter recaído num colega com quem vive mas que morre inesperadamente.
Augusto mantém-se uma personagem sonhadora, “um criativo impetuoso e impaciente – em eterna busca da perfeição literária e da fecundidade musical” quando terminou o romance a que chamou A Valsa do Silêncio (p. 282) que gostaria que fosse entendido por todos e “tivesse a qualidade dos clássicos, sem deixar de ser moderno”. Augusto é um homem saudoso da sua ilha, nitidamente identificada embora não nominada com a ilha Graciosa, um homem que lembra a infância duma forma muito profunda e bela, e as pessoas dessa ilha, incluindo os familiares como a tia Cleófita moradora numa casa solarenga em decadência vivendo com uma criada, Maria de Jesus, e cinco gatos siameses, e onde se bebe um licor de canela único; ou o tio Juventino, traumatizado pela guerra colonial; ou ainda o tio John, o tio da América, embarcado no Lima (p. 331). À sua ilha vai com frequência onde encontra gente bondosa e fraterna.
Raquel por outro lado parece aprender mais com os livros que lê e com as reflexões que faz no diário. Interroga-se sobre variadas questões a respeito da mulher como a mutilação genital em África, e sobre a aldeia global que hoje impera no mundo. O silêncio tem grande importância neste romance: era o que Augusto mais apreciava na música e o que era mais apreciado pelos músicos após um dia de trabalho; Raquel aprendera a amar o silêncio de que necessita até para trabalhar, e as pessoas da sua ilha tinham “a sabedoria do silêncio” (p. 336). Este romance é uma busca do AMOR: na relação homem/mulher ambos de corpo e alma inteiros e na fusão dos seres com o Universo. Essa busca é muito insistente da parte da personagem Augusto que, através da música e da literatura, ambiciona fama como superação da morte. Se a sua obra artística for suficientemente valiosa, Augusto tornar-se-á imortal.
(Maria Eduarda Rosa)
Boletim Cultural da Horta.
28 de Abril de 2005
Victor Rui Dores é Escritor, Professor, e Crítico Literário.
Como não sou crítico literário, apenas posso dizer que gostei muito.
O Podium Scriptae recomenda: "A Valsa do Silêncio", de Victor Rui Dores.
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Secção: Victor Rui Dores
sábado, 27 de outubro de 2007
ILHA MAIOR, CAPA DA EDIÇÃO N.º 653, de 23 de JUNHO DE 2006
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Secção: A Tabuada do Tempo, Jornais
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
CÂNTICO DE AMOR, POR CRISTÓVÃO DE AGUIAR
Ainda sou capaz de um cântico de amor. Não sejas tão vaidoso… Sinto que os sessenta e sete anos esbarrondados por sobre este corpo nada pesam no reino poético. Tal como a infância, o espírito não envelhece nem nunca se cansa. Nem tão-pouco a alma. Não em verso. A poesia modelada nessa linha arquitectónica sempre te foi muito madrasta. O livrinho com que te estreaste dá conta dessa indigência poética! Em prosa, dizem que sim, que vou encontrando, por entre o cascalho das palavras, uma flor ou pepita de ouro, iluminando a semântica da frase escurentada de seus complementos e outros enfadonhos acessórios gramaticais. Só no fundo da cratera poderei ir buscar as ferramentas para entretecer as asas desse canto e acordá-las para o magma e para o voo. Ou inventá-las para outro êxtase ainda mais pando. Lá fora, não. Faz frio e há nuvens escuras de onde cai uma chuviscada tristeza. Posso pedir-te um pouco de sonho emprestado. Sei que mo concedes, sobretudo aquele pedaço que tem partido comigo para igual aventura.

Para dois sonhos companheiros de viagem, o paraíso ou o inferno ficam sempre mais perto, com a vantagem de ao primeiro nunca se aproar, regra segura da saúde do sonho – anima-o uma febre alta, tornando-o num ente traquinas dentro da gente. Ao inferno tens chegado vezes sem conta!
(Cristóvão de Aguiar)
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quinta-feira, 25 de outubro de 2007
INAUGURAÇÃO DE UMA EXPOSIÇÃO DE PINTURA, POR CRISTÓVÃO DE AGUIAR.
Seriam pouco mais de uma dúzia e meia de quadros a óleo, excelentemente emoldurados, de oitenta contos para cima, sendo cento e quarenta o preço máximo, dois ou três dos quais foram vendidos a catedráticos, que têm da arte pouco mais, ou nem tanto, do que a noção do bem feito, do bonitinho, do decorativo. Pelo menos àqueles que lá estavam servindo de holofotes à sala não ouvi, e estava bem atento e de orelhas afitadas, nenhum daqueles comentários pertinentes e definitivos acerca daquela pintura nem de pintura em geral – atinham-se mais ou menos às exclamações nem mais profundas, nem mais superficiais das que minha Avó eventualmente proferiria diante de um quadro de uma abóbora-menina pintada a preceito que talvez pela naturalidade com que estava representada lhe apetecesse abrir, tirar as pevides e assá-las a seguir ─ era e sou perdido por elas, e minha Avó sabia-o, por isso nunca se esquecia de as assar, no forno, à sexta-feira, temperadas com sal e calda de pimenta – até se me estão crescendo águas na boca. Seria este o seu maior e mais sábio elogio, porque
constituiria a prova incontestável de que, diante dela, essa pintura mais não era do que uma abóbora de verdade, fugida do aboboral, sabe-se lá por que motivos, às tantas larapiada, e se fora refugiar na tela para semente...
(Cristóvão de Aguiar)
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quarta-feira, 24 de outubro de 2007
UMA VISITA AO MAR, POR CRISTÓVÃO DE AGUIAR. The English version of this text is to be found below.
Fui ver o mar. Acabo de regressar com ele aprisionado no peito. Respirei-o bem fundo e com a competente convicção para o cativar em mim. Trouxe-o também impresso na retina – olhei-me ao espelho, para confirmar ─ vi-o rebentar em inchas de uma alvura de fraldas de noiva... Estava mesmo sozinho, furioso e de sobrecenho soturno. Gosto de o surpreender assim! O porta-contentores a sair do cais não me deixa mentir. À medida que se fazia ao alto mar, a proa a fincar-se naquele chão remexido, abraçavam-se as ondas por cima, numa balbúrdia de espuma. Nessa altura já eu estava no alto da Serra da Boa Viagem, um amplo e fundo horizonte defronte dos olhos. Tinha saudades da sua voz absoluta e do seu insofrimento.Logo após o almoço, peguei dos meus dois velhos amigos, com quem ultimamente tenho passeado por aí, e partimos em direcção à Figueira da Foz. Seguimos pelo caminho velho, mais pachorrento e humanizado.

Desde que a via rápida tomou posse do cargo, foi-se pouco a pouco transformando numa estrada do lá vai um.
À moda antiga e com aqueles encantos que as auto-estradas não têm mais. Já lá não ia há muito tempo.
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terça-feira, 23 de outubro de 2007
A VISIT TO THE SEA, BY CRISTÓVÃO DE AGUIAR.
I have gone to pay a visit to the sea. I have just gotten back with it captured in my bosom. I deeply breathed it with the adequate conviction in order to captivate it inside myself. I also brought it impressed in my eyes ─ I have looked at myself in the mirror to make sure it did ─ I have seen it bursting in waves of a whiteness of angel’s trumpets… It was actually alone, infuriated and with a surly countenance. I enjoy overtaking it like this. The container sliding off the wharf does not let me lie. As the ship was making for the open sea ─ the prow piercing into that restless ground ─ the billows frisked over in a foam flurry. At that time I was already on top of Boa Viagem (Good Voyage) ridge of mountains with a large deep horizon in front of my eyes. I was longing for its absolute and restlessness voice.Just after lunch, I had taken my two old chaps with whom I have ridden here and there and started for Figueira da Foz (a city by the sea). We took the old road, more easygoing and humanised.

Since the fast lane has taken up post, the old one turned little by little into a carless road, according to the old fashioned way, but with those wonders that the fast lanes no longer possess.
I have not gone there for a long time…
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Secção: Colaboração de Cristóvão de Aguiar, English Versions
TANTO MAR
do qual este poema começou a nascer.
Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.
Manuel Alegre
Pico 27.07.2006
