sábado, 8 de março de 2008

SANTO ANTÓNIO, por Mestre Eugénio Macedo, OITAVO CENTENÁRIO DO SEU NASCIMENTO, COIMBRA - 1996.

17- CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA. ESPERO, SINCERAMENTE, QUE ESTE "STAND ILEGAL" NÃO SEJA MAIS UM VISÍVEL SINAL DE CORRUPÇÃO AUTÁRQUICA DA MINHA CIDADE

Mas lá que parece, parece... Esperemos mais uns dias.
VEJA-SE A EVIDENTE EDIFICAÇÃO EM ZONA DE ESTRADA, QUER A NASCENTE, QUER A POENTE.
COMO É POSSÍVEL ISTO ACONTECER NO SEC XXI, NA CIDADE DE COIMBRA?
A CMC, ALÉM DE NÃO TER IMPEDIDO A CONSTRUÇÃO DESTE DEPÓSITO DE VIATRAS E SUCATAS, COMO DECORRE DAS SUAS ATRIBUIÇÕES, NÃO REPÕE A LEGALIDADE COMO LHE COMPETE?

sexta-feira, 7 de março de 2008

1.º DIA DO CLUBE ACADÉMICO DE COIMBRA 1976. AZULEJO, DA CERÂMICA ESTACO.

16- COIMBRA CANDIDATA A PATRIMÓNIO MUNDIAL DA UNESCO? COM ESTES EXEMPLOS...?



















CABOVISÃO INSTALADA E LICENCIADA PELA CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA DENTRO DESTA ILEGAL ABERRAÇÃO URBANÍSTICA. CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA TEM SUSTENTADO E PROTEGIDO FORMALMENTE ESTA SITUAÇÃO, EM PREJUÍZO DE TODA A COMUNIDADE E DA LEI.

quinta-feira, 6 de março de 2008

15- URBANISMO / ESCANDALOSO: CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA. CLICAR TÍTULO PARA VER ALGUMAS ILEGALIDADES.

















VEJA-SE A ELEVAÇÃO DO SOLO EM ZONA DE CHEIA.
AUSÊNCIA DE PASSEIO PARA PEÕES.
AUSÊNCIA DE ESTACIONAMENTOS PÚBLICOS E PRIVADOS.
AUSÊNCIA DE QUAISQUER OBRAS DE URBANIZAÇÃO.
DESVIO ILEGAL DE ÁGUAS PLUVIAIS.
TOTAL DESENQUADRAMENTO DO ALINHAMENTO DOMINANTE.
AUSÊNCIA DE QUALQUER LICENCIAMENTO MUNICIPAL.
A CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA TEM CONHECIMENTO FORMAL DESTES FACTOS DESDE AGOSTO DE 2006 E AINDA NÃO INSTAUROU QUALQUER PROCESSO DE CONTRA-ORDENAÇÃO.
CABOVISÃO INSTALADA E LICENCIADA PELA CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA DENTRO DESTA ILEGAL ABERRAÇÃO URBANÍSTICA.

quarta-feira, 5 de março de 2008

domingo, 2 de março de 2008

"BRAÇO TATUADO", crítica literária de Beja Santos in semanário "O Ribatejo" 08-02-2008.

CLICAR NO TÍTULO PARA LER ARTIGO INTEGRAL DE BEJA SANTOS

[...] " Cristóvão de Aguiar combateu na Guiné entre 1965-1967. É um momento crucial em que o PAIGC começa a demolir e a rechaçar as posições no leste e norte da Guiné, cultivando e ocupando territórios onde as tropas portuguesas nem sempre podiam ir e quando iam era por curta permanência. "Braço Tatuado, Retalhos da Guerra Colonial" (Publicações Dom Quixote, 2008) é um relato poderoso de quem está a fazer a guerra na região este, acima de Bafatá.

O relato dos horrores da guerra: executar um inimigo que serviu de guia e depois escrever no relatório que foi abatido por tentativa de fuga no teatro de operações. Guerra significa também misteriosas relações de poder: ameaças de punição, desautorização, desacreditação. Os soldados podem chamar-se Barrancos, Vila Velha, Cartaxo, Pombal. O capitão chama-se Carvalho e o alferes Mendonça. Pelo nome se conhece a classe e a hierarquia. Fazem-se patrulhamentos, batidas, emboscadas e golpes de mão. Há feridos em combate e acidentados em combate. Temos depois as alquimias dos relatórios, é nessa prosa que um desastre se torna num retumbante feito militar.

Cristóvão de Aguiar fala em Mário Soares, um célebre comerciante português de Pirada que, produto das circunstâncias, tem bom relacionamento com os guerrilheiros. É através de Soares que se dão e obtêm informações. Temos depois os comportamentos bizarros, os actos de heroísmo, as manhas, os oportunismos, o autor deambula pela guerra, satiriza, caustica, observa costumes, pega nos pontos altos e obscuros da alma humana, nas cartas que não chegam, na solidão, na perda do autodomínio, na bebedeira, no inesperado suicídio. Sete anos depois a guerra acaba.

Narrativas como a de Cristóvão Aguiar lembram-nos que há feridas que se mantêm abertas. Virá o dia em que todos estes apontamentos e testemunhos serão tomados em conta como episódios de uma História de Portugal ainda desvanecida. Até lá, bons testemunhos e bons escritos como o de Cristóvão de Aguiar precisam de ser reconhecidos pelos seus contemporâneos como textos de sofrimento que as novas gerações precisam de conhecer. Em Portugal e em África, pois claro."

In semanário O Ribatejo, por Beja Santos

"Braço Tatuado", de Cristóvão de Aguiar, crítica literária de Gonçalo Mira, in Orgia Literária. 28.2.2008

CLICAR TÍTULO PARA VER ORGIA LITERÁRIA
por Gonçalo Mira.
"Braço Tatuado tem um subtítulo que é, ao mesmo tempo, uma descrição da obra: Retalhos da Guerra Colonial. Este romance de Cristóvão de Aguiar, agora publicado numa nova versão pela Dom Quixote, havia sido publicado como parte do livro Ciclone de Setembro de 1985 e depois como romance independente, já com este título, em 1990. O autor esteve, entre 1965 e 1967, na Guiné, onde viveu experiências que serviram de matéria-prima para este romance.

A guerra colonial é vista frequentemente como um absurdo, como algo que não fez sentido. Pelo menos é essa a imagem que passa dos relatos de muitos ex-combatentes. Eram homens perdidos, que não sabiam porque estavam ali nem para quê. Braço Tatuado não foge a esta visão da guerra. Contudo, será bastante mais interessante analisar esta constância do ponto de vista do estudo sobre a guerra do que do ponto de vista do estudo sobre a literatura. O que é realmente importante não é o facto de as obras terem a mesma visão, mas sim que os combatentes tenham a mesma visão. Serve isto para defender o romance de acusações de falta de originalidade. Não é isso que está em causa aqui. Primeiro, porque todos os documentos sobre a guerra (ou qualquer outro acontecimento histórico) são importantes, se forem bem feitos – o que é o caso – e nunca os há que cheguem. Segundo, porque existe, de facto, originalidade nesta obra. Existe originalidade no tom, na forma como são contados os acontecimentos, no tratamento do tempo, no tratamento da linguagem.

Ao longo do romance, vamos acompanhando os episódios mais marcantes da companhia 666, narrados na primeira pessoa pelo alferes Mendonça. Estes retratos da guerra, ou retalhos como sugere o título, não espelham outra coisa que não o já falado absurdo. Não só o absurdo de quem foi chamado para uma guerra que não queria fazer, mas também o absurdo de quem olha à distância: neste caso, nós leitores. O mérito não está em fazer-nos sentir o que os soldados sentiam, até porque isso seria, provavelmente, impossível. O mérito é o de nos fazer ver o absurdo sem dizer que é absurdo. O próprio leitor cria as suas legendas para aquelas imagens, mesmo sem perceber as personagens. E uma vez mais, isto não deve ser entendido como uma crítica à obra. Não perceber as personagens é uma incapacidade do leitor que nunca viveu uma situação minimamente semelhante àquela. É uma incapacidade perfeitamente legítima. A maioria dos leitores encontra-se nesta situação: são espectadores atentos de algo que não conseguem compreender. E se numa leitura mais superficial poderia parecer absurdo admirar algo que não se compreende, com um pouco de reflexão e predisposição, tal facto é perfeitamente aceitável. Há certas coisas que nunca compreenderemos. É inevitável. Nenhum ser humano poderá saber e compreender tudo. Mas isso não deve impedir ninguém de admirar. Essa é a grande vantagem da arte."

por Gonçalo Mira

14- Câmara Municipal de Coimbra, DEMOLIÇÃO DE STAND ILEGAL PRAZO: 90 DIAS) Despacho de 28-02-2007. Não deixe de consultar a secção Urbanismo da CMC.

CLICAR NAS IMAGENS PARA AS AMPLIAR











O douto despacho do Engenheiro Luís Godinho está a ser indevidamente protelado em detrimento dos munícipes cumpridores... Já passou um ano! BASTA!

Braço Tatuado, Jornal Público 28-02-2008.

CLICAR NA IMAGEM DA DIREITA PARA LER ARTIGO




Cyrano de Bergerac

Cyrano de Bergerac
Eugénio Macedo - 1995

TANTO MAR

A Cristóvão de Aguiar, junto
do qual este poema começou a nascer.

Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.

Manuel Alegre
Pico 27.07.2006