segunda-feira, 1 de outubro de 2007

I, ISLANDER, CONFESS MYSELF, by CRISTÓVÃO DE AGUIAR







My emigration was not as complete as those of my parents, grandparents and other closer or further relatives: A part-time or permanent Islander always has someone who is his extension who represents him on the other side of the sea. The emigration I undertook always had a metaphorical nature, as suits a writer or a poet, which does not mean it was less real or painful.
Bashful, I raised anchor from my Island in a third-class cabin, heading for Coimbra, the University City. And like real emigrants, I, too, was not able to cut the umbilical cord which she, the Island, always wrapped me in. You can say I emigrated to within, and this “within”, in the course of life, came to have a physical and psychological meaning. The physical one everybody senses as soon as I open my mouth. It is immediately clear that I am a part of the diversity which came to give unity to the well-kept house that is our way of speaking.
I have three places of writing: Coimbra, the Island, and America. In America I write like this: “The hours are more spaced. An expectant silence can be felt in the atmosphere. If it is about to snow, all of Nature shrinks. Everything quietens, waiting for it, like in writing. It stars by opening an instant which is lightened by silence. Then it condenses into flaccid word flakes, and very slowly covers the sheet of the page […]. I have been going to the cemetery to water the flowers I planted at my father’s head. I then sit on the grass, scrupulously mowed, and this, though it does not appear so, makes me place some feelings, still in tears, in their places” […]. In Coimbra: “October ran trailing an autumn drunk in colours and I, who had arrived with an intense smell of sea on my body, remember having felt lost in this expanse of land and land. On the nights in which the bells of the heart tolled in tune, I would grab myself and go to the Penedo da Saudade (the rock of homesickness). I would enter that sanctuary, not to add another verse to those that were already engraved there, but merely to loosen the eyes down the hill in front, that of the Picoto (peak of a mountain). It is filled with uneven sown lights. At a certain point, in the middle, there was a row of them so symmetrical, or was it me that gave them symmetry, for a hair’s breath like the lights of the Island’s dock. On the Island, at another time, I write like this: “All seems wrong already ─ the weather, the people who no longer fit in my affection, the house humid from not being lived-in. Then the spectres start to haunt me […] I go to the cemetery and see on the family grave the portraits of my grandparents and my aunts and uncles […]. I rake my memory and see my brothers and uncles and many others, absent to the land of emigration (some of them call it the Promise Land. Thus, I only feel well when going […]. The village where I was born still shows very living steps to my Golgotha. There, I can achieve neither the peace nor the quiet which I so desire […]

Cristóvão de Aguiar

Published in the Magazine Azorean Spirit
SATA (Air Azores) ─ Summer 2006

domingo, 30 de setembro de 2007

Miguel Torga, "Lavrador das Letras" por Cristóvão de Aguiar, in Correio da Manhã, 06-08-2007

CLIQUE NO TÍTULO PARA LER ARTIGO










Artigo introdutório da semana comemorativa do Centenário do Nascimento de Miguel Torga, promovida pelo jornal Correio da Manhã.

A próxima publicação de Cristóvão de Aguiar intitula-se: Miguel Torga o "Lavrador das Letras" e será editado pela Almedina.

BREVEMENTE.

sábado, 29 de setembro de 2007

"À Mesa d'A Brasileira" (Cultura Política e Bom Humor"), do Dr. Alberto Vilaça







Cristóvão de Aguiar é referenciado nas páginas 82, 138, 140 e 205.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Dr. Alberto Vilaça, Pequena Antologia de Poesia de Autores Portugueses Contra o Racismo e o Colonialismo "Para o Mundo de Todos os Homens"

Esta "pequena" antologia poética, editada pelo Núcleo de Coimbra do Conselho Português para a Paz e Cooperação, integra poemas de Joaquim Namorado, António Gedeão, Francisco Delgado, Egito Gonçalves, Fernando Assis Pacheco, Fiama Hasse Pais Brandão, Manuel Alegre, José Afonso (Zeca Afonso) e Cristóvão de Aguiar.

Agradeço à Natércia Vilaça, muito sensibilizado pela lembrança, a oferta desta raridade, cuja existência desconhecia.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Poema "TANTO MAR" de Manuel Alegre, dedicado a Cristóvão de Aguiar. Ilha do Pico - 27.07.2006

Clique nas imagens para as ampliar.











TANTO MAR

A Cristóvão de Aguiar, junto
do qual este poema começou a nascer.

Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.

Pico 27.07.2006
Manuel Alegre

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

IMAGENS DA CONFERÊNCIA DO DOUTOR CARLOS ANDRÉ, SOBRE A OBRA DE CRISTÓVÃO DE AGUIAR 25-SET-2007


















Ideias concertadas,Carlos André e Ana Paula Arnaut










Eloísa Alvarez, Cristóvão de Aguiar, Carlos André, António Arnaut, Alferes.

















Gostei.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

O DOUTOR CARLOS ANDRÉ DISSERTA SOB O TEMA "CRISTÓVÃO DE AGUIAR: UMA RAIZ POR ACHAR" HOJE, 25 - SET - 07, NA LIVRARIA ALMEDINA-ESTÁDIO



LIVRARIA ALMEDINA ESTÁDIO CIDADE DE COIMBRA,HOJE DIA 25 de SETEMBRO, ÀS 21H00.
A DISSERTAÇÃO DO PROFESSOR DOUTOR CARLOS ANDRÉ TAMBÉM TERÁ COMO MOTE OS LIVROS RAIZ COMOVIDA, PASSAGEIRO EM TRÂNSITO E A TABUADA DO TEMPO

MARCELO REBELO DE SOUSA ANUNCIOU "A TABUADA DO TEMPO", PRÉMIO MIGUEL TORGA - CIDADE DE COIMBRA, NO PROGRAMA “AS ESCOLHAS DE MARCELO”, 23 - 09 - 07

CLICAR NO TÍTULO PARA VER APRESENTAÇÃO

domingo, 23 de setembro de 2007

O SAUDOSO CARLOS MIRANDA ESCREVEU SOBRE "CICLONE DE SETEMBRO", DE CRISTÓVÃO DE AGUIAR, NA ÚLTIMA PÁGINA DO JORNAL "A BOLA" - 1986

Ciclone dos Violinos ou o Ciclone de Setembro, onde Cristóvão de Aguiar descreve, magistralmente, a guerra de África e recorda, saudosamente, os violinos.












[...] Só que, a certa altura, cheguei à segunda parte – Os Ventos de Guerra. E então compreendi.
Cristóvão de Aguiar retrata a sua passagem pela guerra de África. E o livro deixou de ser de cabeceira para ser de todos os possíveis momentos.
Muito se tem escrito sobre um certo virar de costas dos nossos escritores ao tema da guerra colonial. Um certo mas não completo, pois a bibliografia da guerra de África, aos poucos e poucos, tem crescido o seu bocado, e com algumas obras de grande categoria.

Confessamos, no entanto, que nenhum dos escritores nos terá impressionado tanto como o Cristóvão de Aguiar, um depoimento forte, impressionante, cruel, onde nos é revelada muita coisa que, até aqui, só nos tinha sido contado por familiares ou amigos.

Sim, Ciclone de Setembro é um dos grandes livros da actual literatura portuguesa. E continuo a pensar que faltou alguma coisa quando, em algumas das críticas que lhe foram dedicadas, não se fez especial referência, não se destacou esta segunda parte Guerra de África.[...]


Carlos Miranda
In Jornal A Bola
1 de Novembro de 1986

In Livro de Homenagem a Cristóvão de Aguiar - 2005

sábado, 22 de setembro de 2007

ONÉSIMO TEOTÓNIO ALMEIDA ERROU NA REVISTA "OS MEUS LIVROS" QUANDO SE REFERE A CRISTÓVÃO DE AGUIAR

Na revista “Os Meus Livros”, número 55, Onésimo Teotónio Almeida, refere-se a obras de autores açorianos que escreveram sobre África e comete uma “imprecisão”, quando se refere, na página 45, que Cristóvão de Aguiar escreveu sobre a guerra em 1990, com o Braço Tatuado. Omite, como ele bem sabe, que o Braço Tatuado, foi autonomizado, com pequenas alterações, do Romance Ciclone de Setembro, publicado em 1985, e escrito muito antes dessa data e que se integrava na segunda parte do referido romance ou que lhe queiram chamar.
Trago este assunto à colação, pois esta “imprecisão” não é inócua.
No mesmo artigo, também se refere à Antologia da Guerra Colonial, publicada pelo seu amigo João de Melo, em 1988, e na qual se omite, dolosamente, por motivos pessoais e competitivos, o maior romance sobre a guerra colonial que é o Ciclone de Setembro, de Cristóvão de Aguiar. (Vide o artigo de “A Bola”, escrito por Carlos Miranda, de Maria Eduarda Vassalo Pereira em “Colóquio Letras”, de Miguel Serrano, em “O Diário” e de Victor Rui Dores, em o jornal “Signo”.)
Estou certo de que essa omissão do Cristóvão comprometeu qualquer valor que essa obra pudesse ter.
Era isso que se esperava de um Crítico Literário e de um Professor Universitário, que trouxesse algo de novo para além de louvaminhar os seus amigos e fingir que respeita os seus "adversários".
Enfim, enredos de canada...

Cyrano de Bergerac

Cyrano de Bergerac
Eugénio Macedo - 1995

TANTO MAR

A Cristóvão de Aguiar, junto
do qual este poema começou a nascer.

Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.

Manuel Alegre
Pico 27.07.2006