sexta-feira, 6 de março de 2015
Cristóvão de Aguiar, Cinquenta anos de vida literária. Casa Museu Guerra Junqueiro, 18 de Abril de 2015, pelas 15H00.
Cristóvão de Aguiar
Cinquenta anos de vida
literária
Casa-Museu Guerra Junqueiro
18 de abril de 2015
15:00
Programa Provisório:
15:00
Sessão de abertura
Sr. Vereador da Câmara Municipal do Porto (CMP), Dr. Paulo Cunha e Silva.
Sr. Presidente da Direcção da Casa dos Açores do Norte (CAN), Dr.
Ponciano Oliveira.
Pianissimo / Primeiro momento musical (guitarra clássica e guitarra
elétrica) – Menuet Robert de Visée, interpretado por Anna Elisa Araújo e
Nuno Alexandre Araújo. (7 minutos)
Forte – Cristóvão de Aguiar: Açoriano de raiz, Português de língua pelo Sr.
Dr. Manuel Tomás Gaspar da Costa (15 a 30 minutos).
Andante – Escritoterapia: do estigma de vida ao refrigério da ilha por
Maria do Rosário Girão Ribeiro dos Santos (sobre a Obra poética do
Escritor). (15 a 30 minutos)
Allegro / Segundo momento musical – Menuet de Johann-Philipp Krieger,
interpretado por Anna Elisa Araújo e Nuno Alexandre Araújo. (7 minutos)
Pausa (10m)
Largo / Momento audiovisual – Palavras... para quê? (Idalete Maria Silva
Dias e Grupo “À conversa com...”). (30 minutos)
Adagio / Terceiro momento musical – Chanson Catalane de Miguel Llobet,
interpretada por Anna Elisa Araújo. (7 minutos)
Presto / Momento de Leitura de extratos vários da obra multifacetada de
Cristóvão de Aguiar (Grupo “À conversa com...”). (15 a 30 minutos)
Prestissimo / Quarto momento musical – Rujero (primeiro andamento das
quatro árias de dança do compositor Gaspar Sanz (interpretado por Anna
Elisa Araújo. (7 minutos)
Fortissimo – Momento de lançamento dos dois primeiros volumes da
reedição da Obra Completa de Cristóvão de Aguiar – Amor Ilhéu. Prosa
poética, Sonetos e outros poemas e Raiz Comovida – Edições
Afrontamento, Porto, 2015. Palavras do Autor.
Sessão de encerramento pelo Sr. Secretário Regional da Cultura, Prof.
Doutor Avelino Freitas de Menezes
Porto de Honra
Rancho Folclórico do Porto faz uma breve evocação de Antero de Quental
no 173º aniversário de nascimento – 18 de Abril de 1842.
Com a participação do Escritor Açoriano Manuel Tomás Gaspar da Costa,
do Grupo “À conversa com...” (Estudantes Finalistas do Curso de línguas e
Literaturas Europeias do Instituto de Letras e Ciências Humanas da
Universidade do Minho)
Anna Elisa Silveira Araújo
Atanásio Pereira Xavier
Idalete Maria Silva Dias
Liliana Pereira Fernandes
Manuel José Silva
Maria do Rosário Girão Ribeiro dos Santos
Maria Rosa da Silva Oliveira
Megumi Im
Nuno Alexandre Henriques Araújo
Susana Maria dos Santos Pereira Martins
Zélia Iolanda Pinto da Silva Marques
Curriculum Vitae
Cristóvão de Aguiar nasceu no Pico da Pedra, Ilha de São Miguel, em 8 de
setembro de 1940. Aí fez os seus estudos elementares, na Escola de Ensino
Primário da freguesia. Concluídos os exames do 2.º grau e de admissão aos
liceus, matricula-se no então Liceu Nacional de Ponta Delgada, cujo curso
complementar de Filologia Germânica conclui em julho de 1960. Durante os
últimos anos do liceu, colabora, em verso e prosa, nos jornais locais. Parte
nesse mesmo ano para Coimbra, onde ingressa no Curso de Filologia
Germânica da Faculdade de Letras da sua Universidade. Em janeiro de 1964,
interrompe o curso universitário por ter sido chamado a frequentar o Curso de
Oficiais Milicianos, em Mafra, que termina em agosto, com a promoção a
Aspirante. Após uma curta passagem pelo Regimento de Infantaria 15, em
Tomar, é mobilizado para a guerra colonial, na então província da Guiné,
para aonde parte, em abril de 1965, com a sua companhia de caçadores. Um
mês antes do embarque, publica um livrinho de poemas, Mãos Vazias, que
pouco ou nada abona em seu favor. Regressa da Guiné, cansado e casado
com um filho, em janeiro de 1967, e após um ano e meio de luta interior
contra a doença e o desânimo consegue concluir as cadeiras do Curso de
Filologia Germânica, indo de imediato lecionar para a então Escola
Comercial e Industrial de Leiria. Aí permanece um ano e meio, regressando a
Coimbra para escrever a sua tese de licenciatura, O Puritanismo e a Letra
Escarlate, que apresenta em junho de 1971, obtendo assim o grau de
licenciado em Filologia Germânica. A experiência da guerra forneceu-lhe
material para um livro posterior, integrado inicialmente em Ciclone de
Setembro (1985), de que era uma das três partes, e autonomizado, depois,
com o título de O Braço Tatuado (1990). Foi durante quinze anos redator da
revista Vértice, de Coimbra (1967-1982), tendo, nesse último ano, organizado
um número duplo, especial, sobre a cultura açoriana. Depois do 25 de abril,
colaborou na então Emissora Nacional com a rubrica semanal “Revista da
Imprensa Regional” (1974-1975), que suscitou muita polémica e alarido nos
meios eclesiásticos e reacionários da época. De 1972 até 2002 foi Leitor de
Língua Inglesa da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de
Coimbra, estando neste momento aposentado. Ao longo da sua carreira
literária, ganhou os seguintes prémios: Ricardo Malheiros da Academia das
Ciências de Lisboa (1978), com o livro Raiz Comovida I, A Semente e a
Seiva; Grande Prémio da Literatura Biográfica da APE /CMP (1999), com
Relação de Bordo I (1964-1988), Diário ou nem tanto ou talvez muito mais;
Prémio Miguel Torga / Cidade de Coimbra (2002), com o original Trasfega,
casos e contos e, quatro anos mais tarde, com A Tabuada do Tempo, a lenta
narrativa dos dias, com data de 2006. Foi agraciado pelo Presidente da
República, Dr. Jorge Sampaio, com o grau de comendador da Ordem do
Infante Dom Henrique (3 de setembro de 2001). Publicou em 2014 O
Coração da Memória. Na Festa da Amizade. Em Memória de José Medeiros
Ferreira.
Publicado por Lapa às 17:31:00 1 comentários
Secção: HISTÓRIA DE PORTUGAL, Lançamentos, Raiz Comovida
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TANTO MAR
A Cristóvão de Aguiar, junto
do qual este poema começou a nascer.
Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.
Manuel Alegre
Pico 27.07.2006
do qual este poema começou a nascer.
Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.
Manuel Alegre
Pico 27.07.2006