quarta-feira, 23 de abril de 2008

O Vale das Furnas, de José Manuel Motta de Sousa.

Colectânea
Cronistas e Viajantes
Textos e Imagens
Séc. XVI - Séc. XIX (1.ª e 2.ª Décadas)

O VALE DAS FURNAS. UM ESTRANHO SORTILÉGIO.

(...) Os primeiros visitantes depararam-se com o cenário aterrador de, em escassos metros de terra crestada e rude, brotarem das entranhas da terra água a ferver em cachão, lançando nuvens de fumo e jactos de lama, em contraste com a luxuriante e verde vegetação.

A força telúrica da Natureza em contraste com a serenidade transmitida pela paisagem doce não podia deixar de impressionar os raros visitantes que até ali se aventuravam.

Os sentimentos contraditórios que o vale desperta, estão bem patentes nas descrições dos cronistas: "quase no meio daqueles campos chãos, naquela grande e profunda concavidade estão as Furnas tão nomeadas e celebradas"; "as Furnas são chamadas nesta terra pelo parecerem assim Boca do Inferno"; "paraíso terreal"; para a parte do poente é verdadeiramente um rascunho do Paraíso terreal regado com sete ribeiras de salutíferas águas,... para a parte porém do nascente é uma verdadeira representação do inferno, porque tem umas caldeiras de polme, água, enxofre tão horrendas que não outra cousa que se compare"; "é um campo chão, deleitoso, fresco e aprazível..."; "Nova Arcádia" (sinónimo de lugar ou vale profundo em que existe um isolamento natural). (...)

...O povo das Furnas nem sempre bem compreendido, facto patente nas descrições incluídas na Colectânea, afirmou-se e afirma-se na força do seu carácter e dignidade que venceram os temores da Natureza...

O Vale das Furnas
José Manuel Motta de Sousa
Editora: Almedina
Tema: História
Ano: 2008
Tipo de capa: Brochada
ISBN 9789724033983 | 346 págs.
Peso: 0.625 Kg

3 comentários:

Ms Dragonfly disse...

hi :)

Anónimo disse...

O DR. Já leu o JL desta semana?

Rui Caetano disse...

Um excelente dia de Liberdade. Viva ABRIL.

Cyrano de Bergerac

Cyrano de Bergerac
Eugénio Macedo - 1995

TANTO MAR

A Cristóvão de Aguiar, junto
do qual este poema começou a nascer.

Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.

Manuel Alegre
Pico 27.07.2006