quarta-feira, 26 de setembro de 2012

SPORTING: OS CINCO VIOLINOS, IN CICLONE DE SETEMBRO de CRISTÓVÃO DE AGUIAR, página 102. 1985. Editorial Caminho.

[…] “És do Sporting ou do Benfica?
                Fiquei meio embatucado, mas, ao verificar que ele esperava com sofreguidão a minha resposta, tornei-me adepto dos leões mais para lhe agradar que por convicção. Mais radiante não poderia ter ficado. A minha adesão, que com o tempo se tornou em lagartite aguda, vinha acrescentar  a família leonina da pensão, já de si a mais numerosa e aguerrida, mas sem fanatismos…
                Assim investido do meu novo estatuto de sportinguista, escutei a segunda parte do relato do Freitas com outro propósito e outra fé. Nunca os cinco violinos tocaram tão maravilhosamente a partitura da sinfonia que se desenvolvia na dianteira como naquela tarde de domingo, decerto em homenagem ao novel apoiante… Até o Azevedo, o melhor Keeper português de todos os tempos, no dizer acalorado do Estanislau, defendeu um penalty, indecentemente marcado pelo liner  e confirmado pelo árbitro do desafio. Garantiu depois o Estanislau que o Rogério havia chutado a bola para o lado contrário do guarda-redes. Ao aperceber-se do facto, em pleno voo, o Azevedo virou-se no ar e ainda conseguiu agarrar o esférico quase a entrar, a meia altura, rente ao poste esquerdo da baliza.
O último golo do Sporting – um golão, como exemplificou o Estanislau, no quarto, por entre as camas—surgiu pouco antes do apito final: A bola vem por alto, é cabeceada em direcção a Albano, finta dois adversários, dá um toque para Vasques, Vasques avança, tenta desmarcar-se, passa a Jesus Correia, lateraliza para Travassos, tenta rematar, a bola embate num back benfiquista, ressalta, vem parar a Peyroteo, há perigo, Peyroteo avança, entra na grande área, vai rematar, remata fortíssimo e… go… gooooolo do Spor…ting, golo sem defesa de Peyroteo; Sporting três, Benfica um; bola no centro do terreno, Espírito Santo reinicia a partida, atrasa para Francisco Ferreira… e neste momento dá o árbitro por findo o desafio entre os dois maiores do futebol português…” […]

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Catarse de Cristóvão e Francisco de Aguiar, versão inglesa.


Student : Virginia Henry Martins
Teacher Dra Maria do Rosário Girão Ribeiro dos Santos
29 March 2012

The beginning of Catharsis

The computer’s already set up in my new apartment. The e-mail address hasn’t changed. As soon as the technician went out the door, I flew to the inbox to check if I had any mail. I did. As you would expect, my first message was from you...I’m enjoying living in my new apartment. I have more or less everything in place, I just have to plug in the hi-fi. I’m tired but happy. I’m now heading out to the graduation party for the final year students at my School.

The letter I’ve just read left me encouraged that you’re fitting in well to your new place, “the corner of your own.”At the same time it had the effect of bringing back a multitude of memories, half faded but still there, linked with houses and respective moves and the complications involved. (...) Your change of address and move to a new city must have been the best and wisest decision that you’ve made in the last few years. It was becoming unbearable and depressing to live for almost four decades in the same city, where you suffered so much both physically and psychologically! [...] Our home is a reflection of us, or as the English proverb puts it: “An Englishman’s home is his castle...”And your new house, situated out of reach of tragic memories, unpolluted by bitter tongues and negativity, will end up being your place of refuge. ...Don’t hang pictures of the ghosts that haunt you on the walls. Organise your belongings carefully. It’s a very calming job. Put your books within close reach of your hands and your head. They’ll make you pleasant company, quiet (even better), who knows if they won’t even lavish you with special affection, precisely because by nature they are blind, deaf and dumb. When you’re feeling particularly lonely, you know you have them there at your beck and call and, at any time, you can ask them the silliest questions, they’ll not be offended, nor will they be grumpy if your visits are quite far apart. They don’t water the flower of jealousy. Nor do they listen to evil gossip. By nature and as part of their role, they’re tolerant and never protest. If some nasty grievous memory comes knocking unexpectedly at your door, turn it away quickly and excuse yourself: go for a walk, go swimming, drag out a happy memory and ask it to get rid of the destructive one...I’m sure this house move and new city will be the beginning of a new phase in your life. Enjoy it to the full. When you open your door, don’t forget to wipe your feet, so that no last particles of troubled memories can get in. Hard? Of course! But the impossible is not and never was an inhabitant in free will’s kingdom. You must remember that you phoned me the evening before the move. Of course you’ll remember that. The sadness in the tone of your voice didn’t deceive me. I felt worried: I could foresee a last minute relapse...I suffered with you, I couldn’t let you tell from my voice, the sudden worry that had invaded my body. [...]Some of our closest family members had a tendency to fall prey to serious psychological upsets every time they moved house. Do you remember Maria Manuela, Mané, Aunt Maria da Ascensão’s daughter? Before setting sail for America, she moved house seven times! To paraphrase the poet Manuel Alegre, you could say she was looking for the home that doesn’t exist...

I was lucky enough not to have inherited that family trait: just the ghost of the house at Alto da Granja pursued me for some time, especially in dreams and nightmares. In fact, with half a dozen outings up above there, early morning, going for a run, I faced the spectre that was gnawing away at my noblest entrails and, bit by bit, the spectre was wiped out of my emotional memory. I was left exorcised, free of the impertinent apparition.

Before that, and still a student, I had moved rooms and street at least three times and it didn’t faze me. My house on the island, looking over the sea and opposite its other twin sister, was like an ersatz or, if you prefer, a placebo.” (Cristovão de Aguiar e Francisco de Aguiar, Catharsis. Epistolary Dialogue in the form of a novel, Lápis de Memórias, April 2011, pp11-14)

quarta-feira, 6 de junho de 2012

quarta-feira, 30 de maio de 2012

EDITORIAL: UM DESRESPEITO TOTAL PELO CIDADÃO. por Luís Fernandes.

Ontem recebi aqui um pedido de divulgação, em jeito de apelo, de José Manuel Aguiar.

Como ressalva de interesses não conheço este senhor nem a parte que, em oposição, o contradita. Pelo que li e por conhecer o seu blogue “Podium Scriptae”, sei que é advogado na cidade. Depois da respectiva cláusula de independência –que me permite mostrar que estou completamente fora deste assunto e que tudo o que vou escrever é com completa autonomia- vamos tentar analisar os factos. Então, sendo advogado –o que torna este caso ainda mais paradigmático-, de que se queixa Dias de Aguiar? Tão só que a Câmara Municipal de Coimbra cumpra um despacho de 22 de Julho de 2011 –não vou descrever aqui de que se trata por, para o caso, ser irrelevante. O que está em causa é que um munícipe de nome José Manuel Aguiar –que por acaso até é advogado, volto a repetir-, pelos vistos, viu o seu direito ser reconhecido em despacho regulamentar. Acontece que a acção executiva, que é da responsabilidade da mesma edilidade, ao que parece, num completo desrespeito total pelo cidadão e aparente modorra, não executa a ordem que, pasme-se, advém dos seus próprios serviços.

Pelo costume, ou melhor, pelo mau costume, normalmente quando temos conhecimento de casos análogos que se passam com os outros nossos vizinhos assobiamos para o lado como se isso não nos dissesse respeito. Um dia, mais tarde ou mais cedo, poderemos ter um problema idêntico connosco, com a nossa família. Poderemos invocar a solidariedade de alguém se não nos importámos quando o “outro” estava em dificuldades? Não estou aqui armado em moralista, ou padre de paróquia –com todo o respeito por estes. O que digo e afirmo é que a Câmara Municipal é nossa. Isto é, os seus membros institucionais, desde a Assembleia Municipal até ao Executivo são eleitos por nós. Mais, os seus funcionários são públicos – o que quer dizer que, pelo procedimento administrativo, mesmo visando a conveniência individual privada, acima de tudo, nas decisões, deve prevalecer o interesse geral de toda a comunidade- e são pagos por todos nós. Logo, sempre que os direitos de um qualquer cidadão estejam a ser violados, se nós fôssemos verdadeiros “civitas”, entenderíamos esta afronta como se fosse a nós mesmos e não permitiríamos que acontecesse. Não tenhamos dúvidas de que as maiorias dos incumprimentos dos muitos serviços públicos acontecem porque nós deixamos que seja assim. Se todos, em espírito solidário, partilhássemos um pouco das dificuldades de todos, as nossas, quando acontecessem, seriam do mesmo modo partilhadas colectivamente e mais leves nas nossas costas.

Em resumo, o que quero dizer é que este desleixo, esta desconsideração, este “deixa correr” da edilidade perante o cidadão José Manuel Aguiar também nos atinge.

Assim sendo, a bem de um relacionamento que se pretende salutar e com base no princípio da confiança, e pugnando por um direito legítimo, solicitamos com urgência que a Câmara Municipal de Coimbra mande cumprir o estipulado.

António Luís Fernandes Quintas



segunda-feira, 28 de maio de 2012

Região distingue 47 personalidades no Dia dos Açores (vídeo) - Notícias - RTP Açores

Região distingue 47 personalidades no Dia dos Açores (vídeo) - Notícias - RTP Açores

IMPOSIÇÃO DE INSÍGNIAS AUTONÓMICAS NO DIA DOS AÇORES

Imposição de insígnias autonómicas no Dia dos Açores

O Bispo Emérito de Macau D. Arquimínio da Costa Rodrigues, o escritor Cristóvão de Aguiar, o realizador Zeca Medeiros e o jornalista Mário Mesquita foram quatro das nove individualidades hoje distinguidas com a Insígnia Autonómica de Reconhecimento, a segunda mais importante das insígnias honoríficas dos Açores.


A imposição das insígnias autonómicas teve lugar esta segunda-feira na vila da Povoação, durante a sessão solene comemorativa do Dia da Região, organizada conjuntamente pelo Governo dos Açores e pela Assembleia Legislativa.


Com a Insígnia Autonómica de Reconhecimento foram igualmente reconhecidos José Maria Teixeira Dias (professor), José Renato Medina Moura (antigo deputado regional), Luiz Antônio de Assis Brasil (escritor brasileiro), Ricardo da Piedade Abreu Serrão Santos (biólogo e investigador) e, a título póstumo, Sacuntala de Miranda (socióloga).


É a seguinte a lista completas das 47 personalidades e instituições distinguidas este ano com insígnias honoríficas:


Insígnia Autonómica de Reconhecimento (9):


A Insígnia Autonómica de Reconhecimento destina-se a distinguir os atos ou a conduta de excecional relevância de cidadãos portugueses ou estrangeiros que valorizem e prestigiem a Região no País ou no estrangeiro, ou que para tal contribuam, bem como para a expansão da cultura açoriana ou para o conhecimento dos Açores e da sua história e que se distingam pelo seu mérito literário, científico, artístico ou desportivo.


- Arquimínio Rodrigues da Costa (natural de S. Mateus, ilha do Pico, foi Bispo de Macau entre 1976 e 1998. Foi agraciado em 1984 pelo Governo Português com o grau de Grande Oficial da Ordem de Benemerência, em 1986 com o título de Doutor Honoris Causa em Filosofia pela Universidade da Ásia Oriental de Macau e em 1988 pelo Presidente da República com o grau de Grã-Cruz da Ordem de Mérito.


- José Maria Teixeira Dias (professor, lecionou nas extintas Escola Técnica e Escola do Magistério de Ponta Delgada e também na Universidade dos Açores; foi deputado à Assembleia da República e em Vila Franca do Campo exerceu funções de presidente da comissão administrativa da câmara, de vereador e de deputado à assembleia municipal).


- José Martins de Medeiros (também conhecido por Zeca Medeiros; natural de Vila Franca do Campo, é músico, ator, autor e realizador de televisão; como realizador e guionista, foi responsável por 17 projetos, dos quais se destacam as séries Xailes Negros e o Barco e o Sonho).


- José Renato Medina Moura (deputado regional durante quatro legislaturas e dirigente regional do PSD, primeiro, e, depois, do CDS/PP; durante mais de três décadas dirigiu também o jornal As Flores).


- Luiz Antônio de Assis Brasil (brasileiro de Porto Alegre, é romancista, ensaísta e cronista; tem cerca de duas dezenas de livros publicados, um dos quais aborda a ida de povoadores açorianos para o sul do Brasil e que já passou para o cinema).


- Luís Cristóvão Dias de Aguiar (escritor, natural do Pico da Pedra, é autor, entre outros livros, de Raiz Comovida, Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de Lisboa, Relação de Bordo, Grande Prémio da Literatura Biográfica APE, e Trasfega, Prémio Nacional Miguel Torga).


- Mário António da Mota Mesquita (jornalista e professor, natural de Ponta Delgada, foi Diretor de alguns dos principais jornais nacionais; membro fundador do PS, foi Deputado à Assembleia Constituinte e à Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Lisboa; é membro do Conselho Executivo da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento).


- Ricardo da Piedade Abreu Serrão Santos (biólogo e investigador, foi Diretor do Departamento de Oceanografia e Pescas durante 14 anos e é Pró-Reitor da Universidade dos Açores desde 2003).


- Sacuntala de Miranda (a título póstumo; socióloga, natural de Ponta Delgada, deixou publicados vários estudos; a sua empenhada intervenção cívica e política valeu-lhe a prisão e o exílio).



Insígnia Autonómica de Mérito


A Insígnia Autonómica de Mérito visa distinguir atos ou serviços meritórios praticados por cidadãos portugueses ou estrangeiros no exercício de quaisquer funções públicas ou privadas. Tem três categorias.


Insígnia Autonómica de Mérito Profissional (8):


- Adriano Paim de Lima Andrade (a título póstumo; médico, natural da ilha Terceira, foi responsável pela introdução nos Açores da cirurgia laparoscópica).


- Alberto Rodrigues (a título póstumo; engenheiro mecânico, nasceu no Funchal mas ficou ligado a uma longa lista de empreendimentos que concebeu e cuja construção dirigiu por quase todas as ilhas dos Açores).


- Álvaro Graco da Cunha Gregório (médico, natural da Graciosa, foi Diretor do Serviço de Medicina e Presidente do Conselho de Administração do Hospital de Angra do Heroísmo).


- Jorge Garcia Gago da Câmara (a título póstumo; médico, natural de Santa Maria, onde exerceu toda a sua carreira de clínico geral).


- José Leal Armas (a título póstumo; médico veterinário, natural da Terceira, foi o responsável pelo Programa Pecuário dos Açores).


- José Conde (a título póstumo; professor de Oncologia, ocupou vários cargos de prestígio no Instituto Português de Oncologia; em 1989 foi condecorado pelo Presidente da República com o grau de oficial da ordem militar de Santiago de Espada).


- José Gabriel Coelho Gil (médico, natural da Terceira, criou em 1979 o primeiro Serviço de Cardiologia nos Açores, no Hospital de Angra do Heroísmo, do qual foi também diretor).


- Maria Cecília do Amaral e Simas (professora e empresária, fundou em 1972 o Externato Particular da Madalena).



Insígnia Autonómica de Mérito Industrial, Comercial e Agrícola (8):


- Alfredo Pacheco Vieira (empresário, natural da Ribeirinha, concelho da Ribeira Grande, conseguiu em 1948 o primeiro Alvará Industrial para a produção de blocos).


- Augusto Botelho de Sousa Cymbron (empresário, foi eleito em 2006 Presidente da Associação Nacional de Revendedores de Combustível; foi dirigente regional e nacional do CDS).


- Carlos Alberto Noia Rafael (natural do Corvo, é empresário em New Bedford, nos Estados Unidos, onde possui uma unidade de transformação de pescado e uma frota de mais de duas dezenas de navios).


- José da Costa Franco (empresário, natural dos Mosteiros, concelho de Ponta Delgada, é proprietário da Riviera, considerada uma referência no comércio micaelense).


- Manuel Eduardo Vieira (natural da Silveira, concelho de Lajes do Pico, é empresário na Califórnia, onde é considerado o “rei da batata-doce”, produzindo anualmente 50 milhões de quilos daquele tubérculo).


- Manuel Joaquim Costa Leite (a título póstumo; fundou na Ribeira Grande a fábrica de leite que hoje ostenta o nome Fromagerie Bell; foi Presidente da Associação Nacional das Indústrias de Laticínios).


- Costa & Martins, Lda. (empresa faialense, fundada em 1912).


- Fundação Rebikoff-Niggeler (instituição sem fins lucrativos sedeada no Faial, atua na área da produção de filmes científicos e na investigação; é proprietária do Lula, o único submarino científico a operar em Portugal).


Insígnia Autonómica de Mérito Cívico (19):


- Carlos Alberto de Menezes Moniz (natural da Terceira, é músico, cantor, compositor, encenador e apresentador).


- Fernando Cabral Teixeira (padre, natural de São Pedro do Nordestinho, concelho de Nordeste; foi ordenado sacerdote há 50 anos e é responsável pela Casa do Gaiato desde 2006).


- João Ângelo de Oliveira Vieira (cantor e improvisador popular, natural de S. Bartolomeu dos Regatos, Terceira).


- José Orlando de Noronha da Silveira Bretão (a título póstumo; advogado, natural de Angra do Heroísmo, envolveu-se no mundo do teatro e na pintura com várias coleções públicas e privadas e foi destacado membro das principais acadeemias terceirenses).


- Manuel António de Melo Pimentel (a título póstumo; padre, natural das Furnas, São Miguel, lançou na Diocese de Angra as “sementes” do Movimento de Apostolado de Adolescentes e Crianças; a sua ação pedagógica teve também forte influência em várias gerações de sacerdores e em diferentes movimentos católicos de leigos).


- Manuel Barbosa (a título póstumo; advogado e professor, natural de Ponta Delgada, ilha de São Miguel, fundou e dirigiu o Externato Ribeiragrandense, que durante 25 anos foi o único estabelecimento de ensino secundário na Ribeira Grande).


- Mário Machado Fraião (natural da Horta, está ligado ao teatro amador, ao cinema e à poesia; foi cofundador e diretor do semanário Tribuna das Ilhas).


- Max Brix Elizabeth (a título póstumo; natural de Santa Maria, deixou o seu nome ligado à fotografia, tendo participado ativamente na vida social, cultural e política da ilha; foi sócio-fundador e presidente da Associação Cultural Maré de Agosto).


- Associação Faialense de Bombeiros Voluntários (com sede na Horta, foi fundada há 100 anos).


- Clube Juvenil Boa Viagem (com sede na freguesia da Conceição, concelho de Angra do Heroísmo, ganhou notoriedade sobretudo na prática do basquetebol feminino, modalidade em que já foi campeã nacional).


- Clube Vasco da Gama da Bermuda (clube fundado em Hamilton, em 1935, tem como objeto principal o desenvolvimento e preservação da língua e cultura portuguesa).


- Federação dos Bombeiros dos Açores (fundada em 1988, congrega todas as associações de bombeiros e entidades públicas, sociais e privadas que mantêm corpos de bombeiros no arquipélago).


- Grupo de Teatro A Jangada (fundado em Santa Cruz das Flores em 1981, este grupo de teatro já contou com a participação de 200 atores amadores).


- Judo Clube de São Jorge (fundado em 2002, conta atualmente com cerca de 120 atletas, alguns campeões nacionais).


- Kairós, Cooperativa de Incubação de iniciativas de Economia Solidária, CRL (foi fundada em 1985 com o objetivo de incubar empresas de economia solidária dirigida a pessoas em situação de pobreza e esxclusão social; já formou cerca de 1.600 pessoas e emprega atualmente 90).


- Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca do Campo (fundada por volta de 1552, mantém desde essa altura atividade ininterrupta; serce cerca de 600 utentes e conta com um quadro de 104 colaboradores).


- Santa Casa da Misericórdia do Nordeste (fundada há 100 anos, serve cerca de 400 utentes e possui uma escoa profissional).


- Sociedade Filarnmónica Euterpe de Castelo Branco (com sede na freguesia de Castelo Branco, foi fundada há 100 anos; possui também um grupo etnográfico).


- Sociedade Filarmónica Marcial Troféu da Povoação (com sede na vila da Povoação, foi fundada há 100 anos).



Insígnia Autonómica de Dedicação (3):


- Gui Heber Bettencourt Louro (a título póstumo; natural da Graciosa, foi Presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa e deputado à Assembleia Regional).


- José Garcia (a título póstumo; padre, natural do Salão, ilha do Faial; deixou o seu nome ligado à reconstrução da Sé Catedral de Angra e à construção da Igreja de Nossa Senhor da Fátima do Lajedo, em Ponta Delgada).



- Rubens de Almeida Pavão (natural de Ponta Delgada, São Miguel, exerceu funções docentes e administrativas em escolas e delegações escolares dos concelhos de Ponta Delgada e Ribeira Grande; foi também presidente da Cáritas dos Açores).

Na fotografia Zeca Medeiros, que recebe as insígnias muito à custa da obra do Cristóvão que raramente citou, com o presidente do Governo Regional dos Açores Carlos César.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Cristóvão e Francisco de Aguiar em Francês "Catarse"

 L’incipit de Catarse

L’ordinateur est déjà installé dans mon nouvel appartement. L’adresse électronique ne change pas. Le technicien à peine parti, j’ai entrepris tout de suite de voir mon courrier. Il y en avait. Comme l’on pouvait prévoir, le  premier message que j’ouvris était de toi… J’aime habiter dans mon nouvel appartement. À vrai dire j’ai tout en ordre, il me faut juste installer la chaîne stéréo. Je me sens fatigué, mais de bonne humeur. Je vais maintenant à la fête des finalistes de mon Lycée.

La lettre que je viens de lire m’a été agréable, car tu t’adaptes bien à ton nouveau petit coin, the corner of your own1. En même temps, cette lettre m’a donné l’occasion de me rappeler une foule de souvenirs, à moitié oubliés, mais latents, liés aux maisons et aux déménagements respectifs et à leurs complications […]. Ton changement de maison et de ville a dû être la meilleure et la plus sage décision que tu aies prise ces dernières années. Il devenait insupportable et déprimant d’habiter, durant quatre décennies environ, dans la même petite ville où tu as tant souffert, physiquement et psychologiquement ! […] La maison est notre miroir, ou, comme le dit un proverbe anglais : An Englishman’s home is his castle2 … Et ta nouvelle maison, située loin des souvenirs massacrants, non souillée par des amertumes ou des esprits, deviendra ton refuge… N’accroche pas aux murs les portraits des fantômes qui te tourmentent. Range tes affaires lentement, cette tâche est un calmant, mets tes livres à portée de la main et de l’esprit. Ils te tiendront une agréable compagnie, silencieusement (mieux encore), qui sait s’ils ne t’offriront pas une intimité affectueuse, précisément parce qu’ils sont naturellement aveugles, sourds et muets. Dans un resserrement plus aigu de solitude, tu sais qu’ils sont là à ta disposition et tu pourras, à tout moment, leur poser les questions les plus absurdes, ils ne se fâcheront pas ni ne bouderont si tes visites sont espacées.  Ils n’arrosent pas la fleur de la jalousie et écoutent encore moins les mauvaises langues. Grâce à leur nature et à leur rôle, ils sont tolérants et ne se plaignent jamais. Si quelque souvenir des plus vifs vient subitement frapper à ta porte, mets-le dehors et sors : marche, va à la piscine, évoque un souvenir agréable et demande-lui d’expulser le mauvais… Je suis sûr que ce changement de maison et de ville sera le commencement d’une nouvelle phase dans ta vie. Savoure-la en toute plénitude. Lorsque tu ouvriras la porte, n’oublie pas de nettoyer tes pieds, pour qu’aucune poussière obstinée de ta mémoire perturbée ne puisse y entrer. Difficile? Sans aucun doute! Mais l’impossible n’est pas, ni n’a jamais été, domicilié dans le royaume de la volonté. Tu dois te souvenir que tu m’as téléphoné la veille de ton déménagement. Tu t’en souviens sans doute.  Touchée par l’ombre ta voix ne m’a pas trompée. Cela m’a perturbé : j’ai pressenti une rechute de dernière heure… Je me suis contenu juste à temps, je ne pouvais pas te le révéler dans l’intonation de ma voix, qu’une inquiétude soudaine m’avait envahie […]. Chaque fois qu’ils déménageaient, certains membres de notre famille la plus proche étaient enclins à souffrir de graves troubles psychologiques. Tu te souviens de Maria Manuela, surnommée Mané, la fille de tante Maria da Ascensão ? Avant de partir en Amérique, elle a déménagé sept fois! Pour paraphraser le poète Manuel Alegre, on dirait qu’elle était à la recherche de la maison qui n’existe pas

J’ai eu de la chance de ne pas être entré dans un tel tourment héréditaire : seul le fantôme de la villa de l’Alto da Granja m’a poursuivi pendant quelque temps, surtout dans mes rêves et dans mes cauchemars. Au final, avec une demi-douzaine de sorties en haut, tôt le matin, pour faire du jogging, j’ai affronté le spectre qui me rongeait les viscères les plus nobles et, peu à peu, le spectre de la mémoire affective s’est éteint. Je fus exorcisé de l’apparition impertinente.

Avant cela, et alors que j’étais encore étudiant, j’ai changé de chambre et de rue au moins trois fois et cela ne m’a pas surpris. Ma maison sur l’île, qui donnait sur la mer et qui se trouvait en face d’une autre sœur jumelle, me servit d’ « ersatz », ou si tu préfères, de placébo. »

 (Cristóvão de Aguiar e Francisco de Aguiar, Catharsis. Dialogue épistolaire en forme de roman, Lápis de Memórias, avril 2011, pp.11-12-13-14).

Fonte:



Em colaboração com os Colóquios da Lusofonia EM 2012 os estudantes de Mestrado, coordenados pela incansável Rosário Girão (Universidade do Minho, Departamento de Estudos Românicos no seu Mestrado de Tradução e Comunicação Multilingue) estão a trabalhar traduções em Francês de vários excertos de autores açorianos contemporâneos (ou o princípio ou o fim de cada obra selecionada) pelo que aqui publicaremos essas traduções depois de enviadas para os autores apreciarem. Chrys Chrystello AICL
Étudiante : Virginia Henry Martins
28.3.12

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Insígnias Autonómicas de Reconhecimento para Cristóvão de Aguiar, dia 28 de Maio de 2012

A cerimónia oficial do Dia dos Açores, que decorre na próxima segunda-feira, dia 28 , Segunda-Feira do Espírito Santo, terá lugar, este ano, na Vila da Povoação, ilha de S. Miguel.

Nestas cerimónias, organizadas conjuntamente pela Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores e pelo Governo Regional, com o apoio da Câmara Municipal da Povoação, serão agraciadas com insígnias regionais de mérito diversas personalidades e instituições da Região, em cerimónia que contará com as intervenções dos presidentes do parlamento açoriano e do Governo Regional.

O Dia dos Açores, que se destina a comemorar a açorianidade e a Autonomia, foi instituído pelo parlamento açoriano em 1980 (Decreto Regional nº 13/80/A, de 21 de Agosto).

Serão homenageadas várias personalidades a título póstumo, e também figuras como Renato Moura, das Flores, o realizador da RTP Açores, Zeca Medeiros, ou o escritor Cristóvão de Aguiar, Ricardo Serrão Santos, que dirigiu o Departamento de Oceanografia e Pescas, na Horta, por mais de 14 anos, Luíz António de Assis Brasil (Porto Alegre), empresários como José da Costa Franco (estabelecimento comercial Riviera, em Ponta Delgada) e instituições como a Kairós ou a Federação de Bombeiros dos Açores.

(Fonte: Assembleia Legislativa Regional dos Açores)


Insígnia Autonómica de Reconhecimento
Destina-se a distinguir os actos ou conduta de excepcional relevância de cidadãos portugueses ou estrangeiros que:
É constituída por três peças (pescoço, peito e roseta).

quarta-feira, 23 de maio de 2012

INCRÍVEL AINDA IMPUNEMENTE ABERTO AO PÚBLICO: DESPACHO de 22-07-2011 / URBANISMO DA CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA

1- Análise
1.1. Relativamente ao solicitado em 8-07-2011, pela chefe da DLDF, Engª Lilibeh Salinas, foi efectuada deslocação ao local a 18-07-2011, informando-se:
1.1.1. Até esta data, não foi dado cumprimento ao teor do despacho datado de 26-07-2010, conforme se pode verificar nas fotos abaixo.


2. PROPOSTA
2.1 Por não se verificar cumprida a ordem de demolição determinada por despacho de 26-07-2010 propoe-se que se determine:
2.1.1.A DEMOLIÇÃO COERCIVA DA OBRA por conta dos munícipes, nos termos do estipulado no n.º4 do artigo 106.º do DL n.º 555/99 com a redacção dada pelo DL n.º26/2010 de 03/03 e alteração dada pela Lei n.º 28/2010 de 02/09 (RJUE)
2.1.2. A POSSE ADMINISTRATIVA DO IMÓVEL, como determina o n.º1 do artigo 107.º do RJUE.
2.1.3 Remeter cópias do processo ao GJC para iniciar procedimento de CRIME DE DESOBEDIENCIA, nos termos do art.º 348.º do Código Penal, de acordo com o n.º1 do art.º 100.º do RJUE.
 2.2 Mais se propõe:
2.2.1 A notificação prevista no n.º 2 do artigo 107:º, aos Sr.ºs Asdrúbal Antunes Mendes dos Santos e Joaquim Manuel Dias Costa, (notificação ao dono da obra e demais titulares de direitos reais do acto administrativo que tiver determinado a posse administrativa.

2.2.2 Esclarecer os proprietários que ser-lhe-ão cobradas as quantias relativas às despesas realizadas, incluindo quaisquer indemnizações ou sanções pecuniárias que a CM tenha de suportar para execução da demolição. e que se não forem pagas voluntariamente, no prazo de 20 dias a contar da notificação para o efeito, são cobradas judicialmente em processo de execução fiscal, servindode título executivo certidão, passada pelos serviços competentes, comprovativa das despesas efectuadas, de acordo com o estipulado no art.º 108.º do RJUE.

sábado, 19 de maio de 2012

Please Don't Eat With Your Mouth Open: How many times have you asked / been asked The Que...

Please Don't Eat With Your Mouth Open: How many times have you asked / been asked The Que...: There's one question that, as a single girl, you get asked almost repeatedly. No matter who you talk to, no matter their relationship to y...

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Sabugal: Eugénio Macedo marca presença na Escola Secundária

Na próxima sexta-feira, 18 de Maio, o mestre escultor, pintor e paisagista Eugénio Macedo, com inúmeras obras dispersas por todo o concelho sabugalense, vai estar presente num colóquio na Escola Secundária do Sabugal.

O mestre Eugénio Macedo é autor de imensas obras no concelho do Sabugal, entre elas a Estátua do “Bombeiro”, no Sabugal; Escultura de Nossa Senhora da Graça; D. Sancho, em Alfaiates; Monumento ao Agricultor, em Vila Boa; Estátua de São Bartolomeu, nas Quintas de São Bartolomeu; Painel que representa a freguesia, em Vale das Éguas, Painel granítico em relevo com motivo religioso, em Malcata, entre muitas outras.
Destaque-se que a primeira “obra” em granito que Eugénio Macedo fez, no Concelho, foi o “Touro” que se encontra junto à Praça de Touros Municipal do Soito.
Este colóquio dirige-se aos alunos, mas está igualmente aberto a todos aqueles que queiram participar. Terá início às 9h30, na Sala 9 da Escola Secundária do Sabugal, onde será feita uma pequena apresentação, explicação das suas obras, debate e oficina, com encerramento previsto para as 12h30.

terça-feira, 15 de maio de 2012

A UNIÃO Jornal online. Biblioteca troca livros dia 22 de Maio.

Mais de três centenas de livros de autores portugueses vão estar disponíveis para troca no próximo dia 22 de Maio, às 10hh0, na Praça Francisco Ornelas da Câmara, numa iniciativa promovida pela Câmara Municipal da Praia da Vitória, através da Biblioteca Silvestre Ribeiro.
A iniciativa, intitulada “Dar Uma Nova Casa ao Seu Livro” e preparada para assinalar o Dia do Autor Português, permitirá que cada visitante troque livros que possui por livros disponíveis na banca montada na Praça Francisco Ornelas da Câmara naquele dia.
Os livros à disposição são exemplares repetidos do acervo da Biblioteca Municipal Silvestre Ribeiro.
Estarão disponíveis livros de Alice Vieira, Clara Pinto Correia, Luísa Dacosta, José Jorge Letria, Cristóvão de Aguiar, Teófilo Braga, Raúl Brandão, Luís de Camões, Camilo Castelo Branco, David Mourão-Ferreira, Almeida Garrett, Alexandre Herculano, Agustina Bessa-Luís, José Rodrigues Miguéis, Vitorino Nemésio, Fernando Namora, Eça de Queiroz, Aquilino Ribeiro, Miguel Torga, Pe. António Vieira, entre outros.
Segundo a organização, a cargo da Biblioteca Municipal Silvestre Ribeiro, estarão disponíveis romances, contos e ensaios de autores portugueses, assim como exemplares de literatura infantil e juvenil.
Com esta iniciativa, a Câmara Municipal da Praia da Vitória assinalará o Dia do Autor Português, além de procurar promover a leitura de textos portugueses que marcam a Literatura nacional.

sábado, 12 de maio de 2012

URBANISMO Câmara Municipal de Coimbra: Director de urbanismo constituído arguido. in Campeão das Províncias online.

O director de urbanismo da Câmara de Coimbra, António José Cardoso, foi constituído arguido, no âmbito de um inquérito do foro criminal, aberto pela Polícia Judiciária, destinado a esclarecer os contornos da «queda» de dois chefes de divisão, soube, hoje, o “Campeão”.

O vereador Paulo Leitão e um arquitecto que trabalha na autarquia já tinham sido constituídos arguidos, sendo que todos desfrutam da presunção de inocência.
Cabe ao Ministério Público, através do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Coimbra, proceder à dedução de acusação ou ao arquivamento dos autos.
Desde 20 de Janeiro [de 2012] que a PJ tem procedido à recolha de documentação na edilidade e inquirido pessoal, na sequência de assuntos noticiados pelo nosso Jornal relacionados com hipotéticos embargos de edifícios de empresas num complexo da sociedade iParque (maioritariamente pertencente à Câmara).


CMC: Dois dos três directores de urbanismo constituídos arguidos  

Dois dos três directores de urbanismo que houve na Câmara Municipal de Coimbra (CMC), no horizonte de nove anos, foram constituídos arguidos.
O actual titular da Direcção Municipal de Administração do Território (DMAT), António José Cardoso, desempenha o cargo há dois anos e meio, a ele tendo ascendido mediante escolha do actual presidente da CMC, João Paulo Barbosa de Melo, que foi vereador do urbanismo sob a liderança de Carlos Encarnação (2009-10).
António José sucedeu a Luís Lemos, que, por sua vez, substituíra José Eduardo Simões, cuja comissão de serviço para o triénio 2003-05 não foi renovada.
Presidente da Académica/OAF há sete anos e meio e vice-presidente no biénio 2003-04, José Eduardo foi titular da DMAT ao mesmo tempo que exercia funções no clube.
O outrora director de urbanismo, que trabalhou sob a alçada do então vereador João Rebelo, acabou por ser dispensado pelo antigo presidente Carlos Encarnação, apesar de este ter entendido, durante três anos, que não havia impedimento para a acumulação de funções por parte de José Eduardo.
Acusado, pelo Ministério Público (MP), de corrupção passiva para acto ilícito (dita corrupção própria), corrupção passiva para acto lícito e abuso de poder, Simões está provisoriamente condenado, pela Vara Mista de Coimbra, a quatro anos e sete meses de prisão, sendo que 55 meses permitem ao arguido usufruir de suspensão da execução da pena, caso seja punido pelo Tribunal da Relação e a medida não exceda cinco anos.
A Eduardo Simões era imputado, pelo MP, favorecimento de promotores imobiliários a troco de donativos para a Académica/OAF.
A avaliar pela informação recolhida pelo “Campeão”, António José Cardoso não está em risco de vir a ser alvo de dedução de acusação por suspeita de prática de corrupção.
A abertura do inquérito foi noticiada, a 20 de Janeiro de 2012, em primeira-mão, através da edição electrónica do nosso Jornal, que divulgou mais pormenores sobre o assunto na última edição impressa daquele mês.
A 15 de Setembro de 2011, o “Campeão” indicou, através da edição impressa, que um complexo da sociedade iParque fez «cair» dois chefes de divisão na CMC, Lilibeth Salinas (Fiscalização) e Luís Godinho (Gestão Urbanística). A notícia relacionou o episódio com o facto de o titular da DMAT se ter demarcado de uma proposta no sentido de embargo das obras de instalação da empresa Innovnano (Grupo CUF) em Antanhol.
No contexto de uma reestruturação orgânica encetada pela Câmara, Lilibeth Salinas e Godinho declinaram permanecer nos cargos, tendo sido substituídos, respectivamente, por José Teles de Oliveira e Rafael Madeira.

Duas obras, da responsabilidade de empresas que se instalaram no complexo tecnológico da iParque, estiveram na iminência de sofrer embargo, em 2011, e numa delas ocorreu um acidente de trabalho.
Os inspectores da Polícia Judiciária interessaram-se, nomeadamente, pela situação de Lilibeth Salinas, hoje em dia a usufruir de licença sem vencimento, porquanto a engenheira (e estudante de Direito) desempenhou apenas durante nove meses o cargo de titular da Divisão de Licenciamentos Diversos e Fiscalização, tendo sucedido a Fátima Ramos, que pedira para ser substituída.
Uma notícia publicada, a 28 de Julho de 2011, pelo “Campeão”, acerca da referida proposta de embargo, teve o condão de tornar inconciliáveis as posições de Lilibeth Salinas e Luís Godinho, por um lado, e do director de urbanismo, António José Cardoso, por outro.
Ao invocar um propósito pedagógico de transformação da mentalidade dos funcionários camarários para lidarem com potenciais investidores, António José preconizou uma “gestão de topo com uma postura diferente”.


quinta-feira, 26 de abril de 2012

Externato Menino Jesus: Faleceu a D. Elisa Villares, fundadora do Externato Misto, Menino Jesus.

Externato do Menino Jesus: Faleceu a fundadora

A fundadora do Externato do Menino Jesus, de Montes Claros, figura proeminente no panorama educativo de Coimbra, faleceu, hoje, devido a doença, soube o “Campeão”.
Elisa Villares Morgado de Carvalho Oliveira, mãe da psiquiatra Cristina Oliveira, fundou aquela instituição de ensino para crianças em 1958.

terça-feira, 27 de março de 2012

Missiva enviada ontem ao DIAP de COIMBRA. NOVOS FACTOS DO STAND/SUCATEIRA da ESTRADA DE EIRAS NUMA DAS ENTRADAS PRINCIPAIS DE COIMBRA

Ex.mo Senhor

Procurador Adjunto

Do D.I.A.P. de Coimbra


José Manuel Gomes Dias de Aguiar, ADVOGADO, denunciante e devidamente identificado no processo à margem epigrafado,
vem
solicitar à apreciação de V.Exa os seguintes factos:
1.º    
Não obstante o processo camarário em crise relativo ao stand/sucateira da Estrada de Eiras, em Coimbra, que é comprovadamente ilegal, permanece aberto ao público em prejuízo da legalidade e da comunidade envolvente.
                                                                                                                                                                                  
2.º    
A referida construção ilegal é no entendimento do participante causadora de perigo para a comunidade envolvente. Sendo que, ao arrepio do parecer das Águas de Coimbra em que omite o desvio ilegal de águas pluviais canalizadas do IC2 directamente para um Posto de Transformação de electricidade, confinante com o edifício de habitação n.º 126 da Estrada de Eiras. Não obstante ser ostensivo o PERIGO que dele ressalta.
3.º    
Este facto, conjugado com as já comprovadas dilações excessivas nos presentes autos de inquérito protagonizadas pela Câmara Municipal de Coimbra consubstancia, na humilde opinião do ora participante um favorecimento ilícito aos proprietários com relevância para o inquérito que foi arquivado em 16/03/2009.
4.º    
Na verdade, foi proferido despacho do processo 4783/2006, da Divisão de Licenciamentos Diversos e Fiscalização da Câmara Municipal de Coimbra, em 3/05/2010, em que se propunha a demolição e a reposição do terreno pelos proprietários num prazo de 60 dias.
5.º    
O facto é que só em 3/08/2011 ultrapassado em mais de um ano o prazo de 60 dias concedido foi proferido proposta de posse administrativa com demolição por parte da Câmara Municipal de Coimbra à custa dos proprietários, permanecendo descarada e impunemente aberto ao público sem qualquer intervenção visível por parte da Câmara Municipal de Coimbra a actividade de comercialização de viaturas e sucatas não obstante o processo de contra-ordenação n.º 31/07 mencionado no douto págs. 162 in fine do presente inquérito.
                                                          
6.º    
Prazos de novo largamente excedidos  em beneficio dos proprietários, sendo certo que essa dilação consubstancia um beneficio de valor elevado para os mesmos que continuam a explorar comercialmente uma actividade ilegal. Perplexidade acentuada com o facto de depois nos presentes autos terem sido inquirido o titular do processo que não pode ignorar por esta via que a não actuação causava um prejuízo aos participantes, nomeadamente Coimbras Condóminus Unip., Lda e à comunidade em geral.


Termos em que respeitosamente solicito a V. Exa que conheça estes factos e que tome as diligências necessárias.
Cordialmente,
 
Dr. Dias de Aguiar


quinta-feira, 22 de março de 2012

URBANISMO: "CMC: Funcionário constituído arguido." In Campeão das Províncias.

Escrito por C P Sexta, 16 Março 2012 19:02    

Um funcionário da Câmara Municipal de Coimbra acaba de ser constituído arguido, no âmbito de um inquérito do foro criminal, aberto pela Polícia Judiciária, que quer esclarecer os contornos da «queda» de dois chefes de divisão da área do urbanismo, soube o “Campeão” de fonte autárquica.
Desde 20 de Janeiro [de 2012] que a PJ tem procedido à recolha de documentação na edilidade e inquirido pessoal.
O funcionário indiciado pela prática de actividade delituosa não exerce funções de chefia.
A 15 de Setembro de 2011, o nosso Jornal indicou, através da sua edição impressa, que um complexo da sociedade iParque fez «cair» dois chefes de divisão na CMC, Lilibeth Salinas (Fiscalização) e Luís Godinho (Gestão Urbanística). A notícia relacionou o episódio com o facto de o titular da Direcção Municipal de Administração do Território (DMAT), António José Cardoso, se ter demarcado de uma proposta no sentido de embargo das obras de instalação da empresa Innovnano (Grupo CUF) em Antanhol.
No contexto de uma reestruturação orgânica encetada pela Câmara, Lilibeth Salinas e Godinho declinaram permanecer nos cargos, tendo sido substituídos, respectivamente, por José Teles de Oliveira e Rafael Madeira.
Duas obras, da responsabilidade de empresas que se instalaram no complexo tecnológico da iParque, estiveram na iminência de sofrer embargo, em 2011, e numa delas ocorreu um acidente de trabalho.
Os inspectores da PJ interessaram-se, nomeadamente, pela situação de Lilibeth Salinas, hoje em dia a usufruir de licença sem vencimento, porquanto a engenheira (e estudante de Direito) desempenhou apenas durante nove meses o cargo de titular da Divisão de Licenciamentos Diversos e Fiscalização, tendo sucedido a Fátima Ramos, que pedira para ser substituída.
Uma notícia publicada, a 28 de Julho de 2011, pelo “Campeão”, acerca da referida proposta de embargo, teve o condão de tornar inconciliáveis as posições de Lilibeth Salinas e Luís Godinho, por um lado, e do director de urbanismo, António José Cardoso, por outro.
Ao invocar um propósito pedagógico de transformação da mentalidade dos funcionários camarários para lidarem com potenciais investidores, António José preconizou uma “gestão de topo com uma postura diferente”.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

UM TEXTO COM MAIS DE 3 ANOS... Ministério Público de Coimbra promove prescrições e não investiga. UMA POUCA VERGONHA. VIOLA DE FORMA GROSSEIRA O DEVER DE OBJETIVIDADE, PROTEGENDO CRIMINOSOS.













Ex.ma Senhora
Procuradora Adjunta
Do D.I.A.P. de Coimbra

AAA---, com os sinais nos autos à margem epigrafados, vem, depois de ter sido notificado do despacho de arquivamento requerer e expor o seguinte:

1- O despacho de arquivamento ancora a sua decisão no facto de o participante não ter credibilidade e não ter arrolado testemunhas para prova do por si alegado, o que só por lapso manifesto terá ...ocorrido, uma vez que o ora denunciante apresentou as seguintes testemunhas, cuja audição requer para um esclarecimento cabal dos factos denunciados.

2-
A) ………………..
B) ………………..
C) ………………...
D) ……………….. ( Estas testemunhas pronunciar-se-ão sobre a data de construção do “Stand” e a construção e edificação posterior da Cabovisão no aludido terreno para construção.)

3- Acresce que, compulsados os autos, o ora participante verificou que, não obstante ter juntado aos presentes autos as participações apresentadas junto da Câmara Municipal de Coimbra, onde se afirma que a CABOVISÃO se encontra edificada no interior do Stand Ilegal, ora controvertido, em data posterior à existência do mesmo.

4- O ora participante considera de relevante interesse para a descoberta da verdade material, saber a que título e em que data foi licenciada a edificação da Cabovisão pela Câmara Municipal de Coimbra, que documentos apresentou, qual o terreno que arrendou e suas confrontações e o contrato que celebrou com os dois arguidos do presente processo.

5- Salvo grande respeito por melhor opinião, no que diz respeito aos documentos apresentados pela testemunha-------------------, concretamente a escritura de partilhas datada de 1936. Não esclarece cabalmente atenta a expropriação por utilidade pública a situação que pretende provar.

6- Senão vejamos,
A que título se faz uma inscrição originária, não proveniente de qualquer artigo, quando em coerência com o afirmado deveria ter sido apresentada a expropriação e aquela aquisição teria de ser derivada e destacada do artigo original.

7- Os arguidos mentem quando afirmam estar de boa-fé e que tudo lhes foi “sendo devidamente autorizado”…
Que autorizações? Que muro e que demarcação é que lhes foi autorizado? Que documentos apresentaram para ancorar as sua afirmações? Em contradição manifesta com todos os despachos emanados pelas autoridades competentes e que objectivamente infirmam as declarações dos arguidos e que promovem quer a desocupação, quer a demolição do já construído.

8- Os arguidos mentem ao afirmar que colocaram a rede e que se conformaram com a decisão final das estradas de Portugal, tanto mais que lavraram um protesto que consta dos presentes autos.

9- Os arguidos faltam à verdade quando afirmam que colocaram a rede de vedação na presença de elementos das Estradas de Portugal.

10- Aliás o documento junto aos autos das estradas de Portugal refere-se ao “Stand” que já existia ilegalmente onde a Cabovisão e o escritório do “stand” Ilegal estavam implantados ocupando, também, zona de estrada.

11- O documento das estradas de Portugal não se refere ao alargamento a que alude o ponto 1) da queixa-crime apresentada pelo ora participante.

12- Como poderá não haver dolo intenso quando os arguidos, que alegam desconhecimento, submetem a licenciamento urbano uma construção ilegal que tem quase o dobro da área titulada nas certidões apresentadas? Como podem ignorar que celebraram contrato com a Cabovisão cujo objecto era o mesmo artigo que agora apresentam como “stand”?

13- Que para além deste facto alegando, também, de boa-fé e uma falsa ingenuidade, ocuparam, terraplenaram o talude segurança do IC2. Sobre este facto que é bem visível através das imagens de satélite do Google Earth, que se junta para prova do alegado.

14- Atenta esta factualidade ora descrita, sou de parecer que estas ilegalidades têm contornos bem mais graves do que a queixa dos presentes autos inicialmente expressava e que reclama uma investigação cabal, tanto mais que a Cabovisão obteve autorização municipal para edificar as suas instalações com a mesma certidão matricial com que os ora arguidos agora requereram o licenciamento desta construção, sendo que a Cabovisão era arrendatária dos arguidos e seus cônjuges.

15- Se a CABOVISÃO foi licenciada:
QUEM FORAM OS TÉCNICOS QUE OMITIRAM A EXISTÊNCIA DO STAND ILEGAL À DATA DO LICENCIAMENTO DA CABOVISÃO, O MANILHAMENTO E DESVIO DE AGUAS PLUVIAIS PROVENIENTES DO IC2, A SOBREPOSIÇÃO ILEGAL DE TERRAS, COM A ELEVACAO DO SOLO A MAIS DE 1,5m E A SUA TOTAL IMPERMEABILIZAÇÃO COM ASFALTO, EM ZONA DE CHEIA?QUE DOCUMENTOS APRESENTOU A CABOVISAO PARA OBTER O LICENCIAMENTO? QUAIS AS CONFRONTAÇÕES DESSE TERRENO? Que titularidade de direitos apresentou?
Como pode a Câmara Municipal de Coimbra desconhecer que aquele artigo já se encontra previamente licenciado a favor da Cabovisão que foi excluída destes processos quer crime quer de licenciamento urbano?COMO PUDERAM ESTES FACTOS SER OMITIDOS PELOS TÉCNICOS E TODOS OS INTERVENIENTES NO PROCESSO DE LICENCIAMENTO JUNTO DA CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA?
QUEM SAO OS RESPONSÁVEIS DA ZONA PELA FISCALIZAÇÃO DE OBRAS QUE FECHARAM OS OLHOS A TAMANHA ILEGALIDADE, NAQUELA ZONA CENTRAL E MOVIMENTADA DE COIMBRA?
QUEM ERA O RESPONSÁVEL DO URBANISMO NA CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA À DATA DOS FACTOS QUE SUBSCREVEU TAMANHA ILEGALIDADE?

16- A que título é que o departamento de fiscalização da Câmara Municipal de Coimbra ainda não encerrou o “Stand”, nem instaurou qualquer processo de contra-ordenação?
A que título é que após todas estas denúncias feitas por mim próprio e pelo meu condomínio, há mais de 17 meses, se converteram num simples processo de pedido de licenciamento, originário, promovido por um dos arguidos deste processo?

17- Os arguidos ao terem prestado falsas declarações no registo, agiram com dolo pois bem sabiam que prejudicavam o Estado, que praticavam um crime contra a realização de justiça, falseando a confiança nesses documentos públicos, bem sabiam que assim conseguiam eximir-se ao pagamento dos impostos que seriam devidos, caso tivessem declarado a realidade edificada e que não conseguiriam obter o registo naquelas circunstâncias por falta de licenciamento urbano, requisito que é fundamental.

18- Não ignoravam ser senhorios da Cabovisão da qual recebiam elevada renda mensal.

19- Todos estes factos, supra mencionados, são relevantes na minha opinião para determinar os eventuais ilícitos criminais praticados pelos arguidos do presente processo e outros contra os quais se venha a verificar responsabilidade criminal.

20- O arguido ----------------afirma nos processos: NUIPC 1111/07.7TACBR( gab5); NUIPC 641/07.5TACBR-2G.
“Que explora o stand há mais de doze anos”. Pelo que desde já se requer que se extraiam certidões das suas declarações onde consta, por documento por ele subscrito esta afirmação em manifesta contradição com os elementos constantes dos presentes autos de inquérito. O que na minha humilde opinião se afigura relevante para também determinar o dolo intenso com que prestou falsas declarações à data do registo do terreno na Conservatória do Registo Predial em dezembro de 2003.

21- Este mesmo arguido também não podendo ignorar a situação da Cabovisão, ainda assim excluiu a área de implantação da Cabovisão na planta que submeteu a licenciamento constante dos presentes autos, para mais uma vez obter licenciamentos e vantagens que sabe não ter direito.

Atento o supra exposto requeiro que V.Exa, se digne reabrir o inquérito e investigar estes factos que não foram tidos em consideração no presente inquérito e que se consideram de relevantíssimo interesse para a descoberta da verdade material.
E. D.

Requerimento de Prova:
Requer-se que V.Exa se digne ordenar junto da Câmara Municipal de Coimbra a junção aos presentes autos do processo de licenciamento das instalações da Cabovisão.

Junta: 6 documentos e cópia.

Legenda:
A) Documento 1: Imagem Google Earth referente ao terreno em 2005.
B) Documento 2: Imagem Google Earth referente ao terreno em 2006. Vide alargamento, terraplanagem, e exposição de veículos no talude de segurança do IC2.
C) Documento 3: Manilhamento de águas pluviais proveniente provenientes do IC2 em zona de cheia.
E) Documento 4: Ocupação de servidão a posto da EDP, que onera o prédio confinante.
F) Documento 5: Fotografia tirada na porta de saída do prédio habitacional confinante, onde se pode verificar que os arguidos não colocaram qualquer “rede na presença de elementos das Estradas de Portugal” e que procederam à demolição do “escritório do stand”, deste modo prejudicando toda a comunidade envolvente e não só.
D) Documento 6: Acta do condomínio do participante enviada à Câmara Municipal de Coimbra, onde se participam contra-ordenações actuais e que foi simplesmente apensado ao processo de licenciamento requerido pelo arguido --------------. Não tendo mais uma vez a Câmara Municipal intervindo.

Cyrano de Bergerac

Cyrano de Bergerac
Eugénio Macedo - 1995

TANTO MAR

A Cristóvão de Aguiar, junto
do qual este poema começou a nascer.

Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.

Manuel Alegre
Pico 27.07.2006