sexta-feira, 31 de julho de 2009

O escultor Eugénio Macedo junto do cartaz que anuncia a homenagem a Agostinho da Silva. Figueira de Castelo Rodrigo - 2009.

NÓS - 1969, Duarte & Ciríaco, Canções Populares. Lado A - Naufrágio, de Cristóvão de Aguiar.





















SONOPLAY - SON. 100.002 - 1969

Lado A
Naufrágio (música popular/letra de Cristóvão Aguiar)

"Canção de Embalar" (popular)

Lado B
Estrada Real (Duarte Brás/Fausto José)

Trova A Este Vilancete (Ciríaco/F de Sousa/Séc. XVI)

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Stand/sucateira continua ilegalmente aberto ao público. Câmara e autoridades continuam a fechar os olhos...


Eugénio Macedo esculpe ao vivo monumento dedicado a Agostinho da Silva, em frente da casa da cultura de Figueira de Castelo Rodrigo.

O monumento está a ser esculpido, ao vivo, na Praça Serpa Pinto em Figueira de Castelo Rodrigo e depois será colocado em Barca D´Alva, onde perpetuará um dos mais insignes filhos da região.
Parabéns aos autarcas que apoiam este evento e, em especial, ao mestre Eugénio Macedo. O maior artista que conheço.
Clique Para Conhecer Melhor Agostinho da Silva

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Cozinha de escritores: SINOPSE DO EVENTO

Ao longo do tempo, Coimbra - cidade do conhecimento e da universidade – teve o privilégio de acolher prestigiados nomes da literatura portuguesa.
De igual modo, são várias as referências encontradas em obras literárias a refeições memoráveis descritas por grandes escritores portugueses.
É com este espírito de simbiose entre a literatura e a gastronomia que a Turismo de Coimbra, E.M.se orgulha de apresentar a primeira edição de “Cozinha de Escritores – Semana Gastronómica deCoimbra”.
Partindo da descoberta de referências gastronómicas em obras dos escritores Eça de Queirós,Miguel Torga e Cristóvão de Aguiar foi realizada uma selecção de pratos tradicionais portugueses que serão reinventados com a mestria dos chefes de cozinha dos mais de 20 restaurantes da cidade de Coimbra que decidiram aderir à iniciativa.
Assim, de 3 a 12 de Julho, a população residente e visitante de Coimbra poderá degustar preciosas iguarias gastronómicas que já deliciaram Eça, Torga e Aguiar, em contacto directo com as respectivas passagens literárias onde surgem mencionadas.
Os restaurantes aderentes estão dispersos por Coimbra e serão devidamente identificados por sinalética exterior alusiva ao evento. Cada um dos espaços disponibilizará aos clientes uma ementa especial com algumas das criações seleccionadas, durante os 12 dias consecutivos desta semana gastronómica. Ao almoço e ao jantar será possível degustar refeições intemporais, numa viagem pelo mundo literário de obras marcantes dos séculos XIX, XX e XXI.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Câmara m. de Coimbra continua a ignorar o perigo e mantém Stand/ sucateira ilegal aberto ao público. Águas pluviais vazam numa parede de um PT.

CLIQUE NAS FOTOGRAFIAS PARA AS AMPLIAR INUNDAÇÃO DE 25 DE OUTUBRO DE 2006, AGRAVADA PELA CONSTRUÇÃO ILEGAL
































Perigo! Carlos Encarnação permite este crime em plena cidade de Coimbra.

Fotografias tiradas hoje. Sucateira ilegal aberta ao público, prejudicando consumidores e pondo em perigo o meio envolvente.

Se não é corrupção, é favorecimento ilícito, prevaricação ou o que lhe queiram chamar...

Chega de tanta falta de respeito pelos munícipes, pelo ambiente e pela segurança nesta zona habitacional de Coimbra.

A MANUTENÇÃO DESTA ILEGALIDADE CONSUBSTANCIA, NA MINHA HUMILDE OPINIÃO, A PRÁTICA DE VÁRIOS CRIMES.

MP ACHA TUDO NORMAL?


BASTA DE TANTO FAVORECIMENTO E PREVARICAÇÃO DA LEI.
Imagens da inundação e da força das águas, agravadas pela elevação do solo e a total impermeabilização do Stand/Sucateira

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Auto-epitáfio de Cristóvão de Aguiar.

“ a vida, passei-a a escrever
e a emendar o que escrevia ,
apa­gou-se-me agora o ser,
que na vida eu já não cabia”

In A Destreza das Dúvidas, 13-07-2009

Stand/sucateira ainda continua ilegal e dolosamente aberto ao público. Fiscalização da Câmara "fecha os olhos"...

CLIQUE NO TÍTULO PARA VER MAIS

terça-feira, 7 de julho de 2009

A "Maria dos Caracóis", deu-se ao trabalho de copiar esta magnífica passagem do Relação de Bordo I (1964-1988) de Cristóvão de Aguiar.

Coimbra, 24 de Agosto de 1988 -
O telefone emude­ceu. O carteiro não toca se­quer uma vez. O vento não pára. Os remédios não reme­dei­am. A dor de cabeça não esmo­rece. O Sol esqueceu-se do ofício e meteu folga. O silêncio não se constrói nem me destrói. A música não apazigua. Os jornais gri­tam que não querem ser li­dos. A espe­rança não esperneia. O calor tem frio. O frio tem fome. A fome tem sede. A sede está farta. As ideias embran­que­ceram. As pa­lavras en­louqueceram num hospí­cio de bolor esverdeado. O livro está atravessado no útero e não pede para nascer. Os amigos estão mor­rendo. A guerra nasce das entra­nhas do ouro ne­gro. Os filhos não se deixam filhar. As filhas idem aspas, mas as­pando. A poesia vi­rou car­raça em pêlo de cadelinha. A li­teratura teve mais sorte e caiu numa pane­linha. A chuva es­queceu-se de se molhar. O corpo é um copo sem espírito de be­bida. Os olhos suici­da­ram-se. A boca caiu na li­xeira. As horas não oram. Os minu­tos não minutam nem deixam minutar a minuta de um sonho. O Sol sujou-se. O céu caiu de susto. O pe­sa­delo não se assustou. O sonho sustou-se. Os olhos cabe­ceiam de sono. As mãos pe­di­ram memória a juro porque não pagam juros de mora. As pernas colunizaram-se sobre os pés. Os pés pediram tré­guas e não sa­pateiam. A sapateia dançarilha no chão do longe. O longe é uma parte da partilha ainda es­parti­lhada.A saudade é uma Ilha rodeada de ti. A Ilha veio pernoitar em tua cama e lá se deixou noivar. Os mortos não se cansam de vi­ver nem os vivos de apo­drecer. A morte anda a cavalo nos pon­tei­ros do relógio. O relógio faz que anda, mas, no íntimo, galopa. Os dias resfol­gam nos cavalos da noite. A noite de­bate-se no cre­púsculo caído. As nuvens entupiram os caminhos da viagem. A viagem per­deu o navio e dei­xou-se fi­car no cais. O comboio não pára no apeadeiro que me coubeO bi­lhe­te que tirei tem uma data falsa. Todas as datas são falsas sobretudo as dos ani­ver­sários. Ani­ver­sariar é o modo conjuntivo desconju­gado num tempo in­definido. Conti­nuo es­perando di­ante do espelho que a minha ima­gem espe­lhada se metamor­foseie na tua para nela me aposentar. O amor não se cansa. Assim seja!

Cristóvão de Aguiar in “Relação de Bordo” (volume 1)

Cyrano de Bergerac

Cyrano de Bergerac
Eugénio Macedo - 1995

TANTO MAR

A Cristóvão de Aguiar, junto
do qual este poema começou a nascer.

Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.

Manuel Alegre
Pico 27.07.2006