sexta-feira, 10 de junho de 2011

Fernando Monteiro Fernandes,Inauguração das exposições “O Povo que Somos” e “Um Ferreiro, na Terra do Ferro”. Com o Apoio do Município da Guarda

No próximo dia 13 de Junho, Segunda-feira, pelas 18h00, serão inauguradas, na Galeria do Paço da Cultura da Guarda, as exposiçõese “Um Ferreiro, na Terra do Ferro” – Exposição de Escultura de Fernando Monteiro Fernandes e “O Povo que Somos” – Exposição de Pintura de Sandra Santos.

Fernando Monteiro Fernandes trabalha o ferro com mestria na sua oficina na Vila do Soito, onde nasceu, e apresenta-nos um conjunto de obras escultóricas dotadas de imensa originalidade e denotando uma incrível inspiração, talento e trabalho valoroso. O ofício de ferreiro, herdou-o dos bisavós, avós, e pais, que produziam utensílios agrícolas, na altura em que havia vários ferreiros no Soito.
Actualmente é o único. Começou por fazer candeeiros e outros objectos utilitários, mas depressa surgiu a “sua arte”; peças únicas que surgem da observação do quotidiano e da sua imaginação. Usa desperdícios de ferro e ferramentas já gastas. Inspira-se nos Descobrimentos, Religião, Poesia… Embora o ferro seja o material mais usado, a madeira e o granito são também matérias-primas que trabalha.
A pintura de Sandra Santos, segundo Carlos Santos “aludindo a temáticas simples, numa pintura pensada e sentida, a artista vai procurando transferir para a tela alguns temas identificativos das raízes do povo português; numa abordagem aproximada dos seus quadros deparamo-nos com uma concepção que parece abstracta e geométrica no traçado, todavia, quando nos afastamos e vislumbramos a obra na sua totalidade, apercebemo-nos que as linhas sóbrias e as formas minimalistas desembocam numa profusão de trabalhados intencionais, composições formais que proporcionam diferentes leituras consoante o distanciamento do observador.
Os jogos de luz/sombra criam uma atmosfera alucinante onde coabitam em harmonia figuras humanas e animais, seres vivos e inanimados que encontram paridade e equilíbrio em combinações plásticas vestidas de cores vibrantes.
No seu trabalho é notória a sua teimosia em querer reinventar o mundo, desconstruindo-o e recriando-o, numa busca incessante pela verdade das formas orquestrada ao sabor de uma expressão plástica que nos transporta para a irrealidade.”
As exposições estarão patentes até dia 27 de Agosto de 2011 e podem ser visitadas de

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Apresentação do novo e polémico romance "Catarse" de Cristóvão de Aguiar e Francisco de Aguiar na BPARAH (rectificada)

Ponta Delgada, 7 de Junho de 2011
Apresentação de `Catarse´ de Cristóvão de Aguiar e Francisco de Aguiar na BPARAH (rectificada)

Catarse, a última obra de Cristóvão de Aguiar, escrita em parceria com seu irmão Francisco será apresentada na próxima quinta-feira, dia 9 de Junho, na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo. A sessão, que contará com a presença de Cristóvão de Aguiar, terá lugar às 17h00, na Sala de Reservados do Palácio Bettencourt.
Cristóvão de Aguiar tem sido um escritor inconformado e irreverente, por vezes incómodo, estatuto que assume e cultiva. Com este novo título, Catarse, ambos os autores concorrem para reforçar este estatuto e vão bem mais longe, surpreendendo o leitor e levando-o até ao confronto com o tratamento contundente de temas que muitos prefeririam que se mantivessem encobertos.
Nascido em 1940 na ilha de São Miguel, licenciado em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Cristóvão de Aguiar foi distinguido com o Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de Lisboa, por Raiz Comovida, sua primeira obra em prosa; com o Grande Prémio da Literatura Biográfica APE, por Relação de Bordo; e com dois Prémios Miguel Torga, pelos livros Trasfega e A Tabuada do Tempo.
A sua obra compreende ainda os títulos Ciclone de Setembro, Grito em Chamas, Passageiro em Trânsito, O Braço Tatuado, Marilha, Com Paulo Quintela à Mesa da Tertúlia, A Descoberta da Cidade e outras histórias, Emigração e Outros Temas Ilhéus, Retalhos da Guerra Colonial, e a tradução de A Riqueza das Nações, de Adam Smith.
Em 2001, foi agraciado pelo Presidente da República com a Ordem do Infante D. Henrique. Em 2005, foi homenageado pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e pela Reitoria da Universidade, que publicou o livro Homenagem a Cristóvão de Aguiar - 40 anos de vida literária.
Francisco de Aguiar, seu irmão mais novo, nasceu na ilha de São Miguel em 1952. Frequentou o Liceu de Ponta Delgada até ao terceiro ano. Emigrou em seguida com os pais para a Nova Inglaterra, onde completou a High School. Foi operário em fábricas e foi bancário. Matriculando-se na Universidade de Brown, licencia-se em Inglês /Português. É professor diplomado de Inglês e de Francês segunda Língua para as escolas secundárias norte-americanas. Entre 1981 e 1985 foi Leitor de Língua Inglesa na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde já havia concluído o curso anual de Português e Cultura Portuguesa. Este é o primeiro livro que escreve e publica.

Cyrano de Bergerac

Cyrano de Bergerac
Eugénio Macedo - 1995

TANTO MAR

A Cristóvão de Aguiar, junto
do qual este poema começou a nascer.

Atlântico até onde chega o olhar.
E o resto é lava
e flores.
Não há palavra
com tanto mar
como a palavra Açores.

Manuel Alegre
Pico 27.07.2006